Intrigada com o fato de que panetones permanecem intocados nas ceias de Natal, a editoria da Revista de Domingo de O Globo se lançou, como é de seu feitio, num ousado projeto de jornalismo investigativo para encontrar algum brasileiro que não despreze a iguaria.
"Para aumentar nossas chances de sucesso, o setor de inteligência do jornal desenvolveu um algoritmo capaz de cruzar dados de cidadãos que não se ofendem com a estética de uma camiseta regata, torcem para o Vasco, têm o cartão Diners Club e bebem Pepsi Light", explicou o jornalista Pedro Motta Gueiros. " Debalde.
O fracasso foi maior do que o de nossa cobertura dos eventos de junho", lamentou-se, acrescentando que os cinco meses de trabalho conseguiram apenas reforçar a convicção de que as UPPs são uma excelente política de governo e que Beltrame é um homem de muito boa figura.
Sempre pró-ativa, a editoria de ciências do jornal demonstrou que o contato da massa do panetone com as frutas cristalizadas – especialmente maçã, cidra e uva passa – produz um amálgama cuja aridez só se compara a determinadas regiões desérticas do norte africano, ou ao asfalto de Bangu em janeiro.
"Não conseguimos confirmação oficial, mas tudo indica que a combinação de panetone com goles de Sidra Cereser pode vir a ser classificada como arma química pela ONU", informou Roberto Kaz, demonstrando o poder letal do preparado em cinco galinhas que, até então, viviam felizes nas cercanias do metrô de Botafogo.
Patricia Kogut, da editoria de TV, aproveitou a ocasião para declarar que o programa em que Ana Maria Braga fritou rabanadas "é uma obra-prima".
Do The i-Piauí Herald
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