Não vejo possibilidade real disso acontecer
Óbvio que Dima/PT será vidraça, apesar de poder usar a carta "Paulo Preto" em debate, como fez antes: seu maior concorrente, o PSDB de Aécio, é protagonista de escândalos que ainda estarão na memória coletiva neste 2014 e nem o dique representado pela mídia conseguirá barrar tudo.
Mas Dilma é situação. Vamos aos outros.
O programa do PSDB - se é que pode ser chamado assim - foi resumido como algo menos que um rascunho pelo próprio Nassif, adepto ferrenho da neutralidade. Ou seja, o famoso, quase mitológico "choque de gestão" PSDBista, mesmo em sua versão mineira, não vai ser astro principal da campanha tucana, e quem dá o sinal é o próprio Aécio, que mandou passear o marqueteiro do "vamos conversar?", mote tão simpático quanto inócuo, e já avisou que vai mudar a tônica do discurso. Quanto à mudança ter ocorrido por decisão do próprio Aécio ou de "forças ocultas" tucanas ou mesmo ainda mais ocultas, não importa; ou quem manda de verdade são os falcões, ou Aécio aderiu a eles.
Quanto a Eduardo Campos/PSB, a situação muda um pouco de figura. Mesmo que não tenha a ganhar adotando uma postura belicosa, é preciso mais substância que o simples "dá pra fazer mais". Mais o quê? De concreto, apenas beijou a cruz, digo, o tripé (econômico). Veio para apresentar um neo-PSDB, ou seja, "responsável" mas com um véu social, a exemplo do que o PSDB um dia teve - só não vai explicar em horário eleitoral o porquê do aumento anual do salário mínimo por lei ser um problema para ele ou seus financiadores de campanha. Enfim, ainda que a vantagem que sua cara nova lhe traz (no cenário nacional) não possa suportar uma postura encrenqueira, ele contará com...
... Marina Silva. Depois de muito choramingar por ter seu partido "bloqueado" por seu próprio sono em berço esplêndido, já que teve dois anos para coleta de assinaturas, entrou no PSB em jogada política que, ao menos para o grande público, não fez sentido algum. Nem com toda a boa vontade do mundo dá para aceitar como "diferente" o ingresso no PSB sem falar com as bases e mesmo correligionários de um grupo tido como "horizontal", e em um partido que Campos ora transforma em "pragmático". Daí Marina ter queimado parte de seu capital político, embora ainda não demonstre ter percebido: o desejo de "mais protestos" em 2014 é típico de alguém que ainda se vê à parte da política. Enfim, para se mostrar diferente ainda que tenha agido igual Marina fará disparar a metralhadora em 2014, mas focada no "chavismo do PT ".
Dito isso, acredite em campanha propositiva quem quiser. O resto são os aerotrens de Levy Fidelix - que de bobo só tem o discurso: quem assim pensa, não sabe o que é o Fundo Partidário.
Comentário ao post "Os votos para 2014"
Nenhum comentário:
Postar um comentário