Que pudores posso ter
se o teu toque me desmonta.
Esse toque visceral,
imoral, e imperfeito.
Mas que percorre o meu corpo suado
e te transforma nas sendas
do meu pecado
Que pudores posso ter
se a tua boca insana
me estremece nessa cama
fazendo o inimaginável no meu ser
Que pudores posso ter
se me engoles por inteiro
e me devoras de janeiro a janeiro
nos inarráveis momentos de amor
sem hora marcada para acontecer
Que pudores posso ter?
© Magno R Almeida
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998