Eleição 2014 - Eduardo Campos se aliou ao atraso em Pernambuco pela “nova política” no Brasil


Por Gregório Silva*, de Recife, especial para Escrevinhador

É infortúnio afirmar que política não é futebol. Observar as movimentações, estratégias e táticas é um exercício instigante. Pena, também, que a esquerdinha brasileira não joga como o time do Chile, que ao observar o modelo de jogo da Espanha, atacou. A Espanha perdeu para ela mesma. Perdeu para o modelo e a permanência no errôneo modelo.

A política com p minúsculo tem uma movimentação própria, às vezes presumíveis, às vezes surpreendentes. O rei sem trono Eduardo Campos não consegue emplacar o filho na Presidência da Juventude do seu partido… É o jogo neste feudo.

A política com p minúsculo ficou igual à plástica do futebol plástico. Um jogo de patrocínios canalizados por grupos econômicos com interesses próprios, que utilizam a regra do jogo como meio para adquirir um poder exclusivo de administrar o Estado. Quando as regras são alteradas com o jogo acontecendo, dá a moléstia dos cachorros.

Em Pernambuco, esse jogo é mais claro. A candidatura de Eduardo Campos é uma tragédia. Começa e logo vem uma greve da Polícia Militar e um assessor de comunicação publica uma foto do candidato em um jatinho; outro no twitter escreve “vai ter coca Aécio” e é demitido.

Paulo Câmara, candidato imposto por Campos ao governo de Pernambuco, concede uma entrevista e faz propaganda da construção de três hospitais e seis UPAs.

Logo depois, o ex-secretário de saúde de Pernambuco, Antonio Carlos Figueira, foi questionado sobre os detalhes dessas ações na área de saúde. E afirmou que não sabia da construção dessas unidades de saúde…

E por último, para ficar aqui, com a frase “podemos apoiar qualquer um ou nos abster”, a prima Marília Arraes deixa transparecer o nível de contradição interna que vive o PSB hoje.

Pode isso, Arnaldo? Pode. Pode porque a regra é clara quando se vende e se compra o patrimônio político como quem compra e vende o voto. É a lógica do mercado: se tem quem compre, tem quem venda. Nas eleições, são moedas distintas como cargos e tempos de TV.

Eduardo Campos representa uma tragédia porque se aliou com o que é mais atrasado do Velho Mundo, em nome da “nova política” no Brasil. Leia a matéria completa »

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