Candidato do PSB (Partido Socialista Brasileiro) às eleições presidenciais, Eduardo Campos precisará passar por Aécio Neves (PSDB) para encarar Dilma Rousseff.
É um dos vários paradoxos em que mergulhou sua candidatura.
Campos procurou situar sua candidatura como o de continuidade do governo Lula. Trata a gestão Dilma como um acidente de percurso que teria prejudicado o lulismo.
Na eventualidade de passar para o segundo turno, necessitará do apoio de Aécio Neves – e vice-versa. Mas, para passar para o segundo turno, teria que mirar as críticas em Aécio, o que pouco faz.
Eleito, governaria com Aécio ou seria a continuidade do lulismo?
O discurso de Campos ainda não conseguiu resolver esse dilema.
Em entrevista ao Portal iG, Campos procurou sublinhar melhor as diferenças com Aécio. Este apoiou Fernando Henrique Cardoso; ele, apoiou e fez parte do governo Lula. É muito pouco para consagrar-se como alternativa a Aécio.
Campos é reconhecidamente um grande gestor. Montou sistemas de planejamento e monitoramento da administração estadual que mereceram do empresário Jorge Gerdau uma comparação consagradora: é do nível dos melhores CEOs de empresas privadas.
Especialmente na questão da segurança pública montou um programa inovador, abordando todos os ângulos da questão – desde a repressão propriamente dita à educação.
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