Em referência à matéria veiculada pelo jornal O Globo, em 13/07/2014, intitulada "TCU analisa negócio da Petrobras na África", a Petrobras repudia veementemente a informação de que há equívocos ou irregularidades na operação e vem esclarecer que :
1. Não existiu avaliação interna de técnicos da empresa apontando o valor de US$ 7 bilhões para os ativos na África.
Houve uma apresentação do banco Sul Africano Standard Bank, a partir de um contato inicial em agosto de 2011, na qual reconhecia que o valor dos ativos da Petrobras na África situava-se na faixa de US$1,7 a 3,4 bilhões (100% dos ativos). O banco sinalizou ser possível a façanha de elevar esses valores, considerando um prêmio superior a 500%, em uma oferta de ações na Bolsa de Londres. Mas tal avaliação não tinha qualquer base em fluxo de caixa, que é a metodologia utilizada pela Petrobras na avaliação de todos os seus negócios, além de contrariar a estratégia da Petrobras de não realizar nova emissão de ações após a capitalização ocorrida em setembro de 2010, conforme Fato Relevante do Plano de Negócios 2011-2015, de 22 de julho de 2011.
2. No acordo de Acionistas negociado entre a Petrobras, com 50% e o BTG, com 50%, os sócios se comprometem com um plano de investimentos no horizonte de 5 anos, e não existem obrigações de compra ou venda de cada parte, mas existem sim direitos de preferência, bastante comuns em associações. Importante ressaltar que a Petrobras não garante o sócio em qualquer situação, e o risco regulatório na Nigéria, que continua presente, é incorrido por ambos os sócios na mesma proporção.
3. É fato que as operações na Nigéria são lucrativas e já distribuíram dividendos de US$ 300 milhões para os sócios após a entrada do BTG, enquanto as demais atividades na África, que são exploratórias, já demandaram investimentos de aproximadamente US$ 200 milhões em 3 poços no Benin e Gabão, que não resultaram em descobertas.
Finalmente, a Petrobras informa que, até o momento, não foi notificada sobre abertura de processo no TCU, mas reitera seu compromisso de disponibilizar as informações e explicações necessárias às autoridades competentes, incluindo os órgãos de controle e requerimentos do Congresso.
Obs: A reportagem "TCU analisa negócio da Petrobras na África" (versão online) foi publicada pelo veículo no último domingo (13/07). Enviamos, também, a pedido do jornal, uma versão reduzida da carta aqui publicada.
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