Vão numa linha correta os dois pacotes econômicos lançados nesta 4ª feira (ontem) pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. O primeiro, anunciado pelo Banco Central (BC), combina uma injeção de mais R$ 25 bi no sistema de crédito bancário com afrouxamento dos controles para a concessão de empréstimos e normas voltadas para o financiamento de imóveis e veículos.
O segundo é a série de providências detalhadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que desburocratizam o cipoal de documentos ainda necessário para obtenção de financiamento habitacional e agilizam a concessão do crédito à casa própria.
Além do efeito prático dos dois pacotes, o melhor é que com eles a presidenta Dilma, em bom momento, sinaliza que seu governo segue com coerência a política econômica adotada desde sempre e resiste aos apelos dos fundamentalistas do PSDB, do mercado e mesmo dos assessores econômicos da agora candidata a presidente da República, Marina Silva, que pregam um choque recessivo pós-eleição.
Oposição é que quer um choque e tarifaço pós-eleição
Toda a op0sição quer corte de gastos, aumento de juros, reajuste de tarifas públicas e aumento do superávit, o que levaria nossa economia à recessão e ao desemprego. Com essas medidas de agora, a presidenta Dilma sinaliza claramente que não há o menor risco, nem possibilidade de seu governo adotar medidas nessa linha.
Pelo contrário, fica evidente que a política econômica mestra vai continuar a buscar sua sustentação e apoio no mercado interno, nos investimentos do pré-sal e nas concessões públicas, até porque a inflação está caindo e os problemas maiores do país são manter o crescimento do emprego e da renda, buscar expandir seu mercado externo e suas exportações e diminuir suas importações – começando pela produção de mais óleo e gás no pais e mais refino da gasolina e demais combustíveis.
Com este horizonte, evidencia-se que reduzir os custos diretos e indiretos da economia tem sido uma obsessão do Governo. Tanto pela via das desonerações e da redução de impostos, quanto pela garantia do crédito para investimentos com a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) do BNDES, mais os investimentos em educação e inovação e, de novo, na infraestrutura em geral.
Com baixo crescimento deprimir a demanda interna é uma insanidade
Num momento de baixo crescimento internacional, deprimir a demanda interna via choque de juros e corte de gastos, como querem tucanos e o pessoal de Marina Silva é uma insanidade. Precisamos é precisamos e impulsionar nosso mercado interno com toda força no investimento em infraestrutura econômica e social. Como demonstra o 1º pacote divulgado pelo BC ontem, há margem para crescimento do crédito e nossa divida interna está sob controle, assim como os gastos públicos.
Já sem crescimento – como defende o pessoal da oposição – não há saída já que caem a arrecadação, os investimentos, os gastos públicos e só se aumenta a dívida interna. Passada a eleição, o que o país precisa de fato fazer é rever sua política de juros e cambial, onde temos pouca margem de manobra mas precisamos atuar e agir.
Aí, além disso, fazer as reformas política e tributária, e tomar medidas gerenciais-administrativas para garantir um bom ambiente de negócios e uma gestão pública eficiente e transparente, e tomar medidas microeconômicas – como as que o governo acaba de anunciar – para melhorar nosso sistema de regulação e garantias do crédito no pais
O novo governo, a presidenta Dilma Rousseff, num 2º mandato precisa incorporar o país e a sociedade no ministério, para sustentar um novo ciclo de desenvolvimento. E é só acompanhar a presidenta no que fala e faz: ela se compromete exatamente a isto, a mobilizar a sociedade para sustentar as reformas que o país exige e necessita para viabilizar uma revolução educacional, tecnológica, urbana e nos serviços públicos que o país exige.
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