Dilma Roussef x Aécio Neve (PT x Psdb) por que o que mais os distingue está fora do debate?
Certamente as diferenças seriam maiores ou menores conforme o tema: economia, inclusão social, educação, saúde, transportes, infraestrutura, política fiscal, política financeira, política ambiental, cambial, gestão, etc.
Mas restam poucas dúvidas que um tema oporia um e outro governo de forma radical, em cento e oitenta graus: suas políticas exteriores.
De um lado, Dilma e seus parceiros bolivarianos, suas provocações aos Estados Unidos, a questão do Oriente Médio, do Irã, as declarações sobre o terrorista EI na ONU, a Rússia no caso da Ucrânia, etc.
Do outro lado, Aécio que, para facilitar, adotaria posturas e políticas diametralmente opostas em todos estes temas e focos. As declarações dos ex-diplomatas e principais assessores em política externa de Aécio não deixam qualquer margem a dúvidas. E dizem, falam e escrevem sobre isso de forma transparente.
E por que a política externa e as relações exteriores estão fora da campanha eleitoral? Há três possibilidades para tentar entender esse aparente mistério.
Uma é que ambas as candidaturas imaginam que a questão das relações exteriores está fora das preocupações e do acompanhamento das pessoas. Que não tira nem dá um voto.
As outras duas explicações são defensivas. Dilma não toca nesse assunto por temor ao desgaste, especialmente em setores de classe média. Aécio não toca nesse assunto porque assessores políticos imaginam que isso pode situá-lo na cabeça do eleitor no campo de influência dos Estados Unidos o que sinalizaria para a direita.
Aliás, essa também não foi a preocupação de Marina, em seu documento e discurso de apoio a Aécio. O fato é que aquilo que mais antagoniza as duas candidaturas está fora do debate, fora da campanha. Compreensível pelas razões? Ou estranho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário