Espanto, e enorme, provocam-me sempre as acusações de que um que outro deputado, senador ou governador, quando da campanha eleitoral, cometeu irregularidades, como distribuição de pirulitos de mastruço, tapioca com murici, sanduíche de codorna, dentre outros, e por isso deve sofrer a cassação do diploma de eleito. Consultei um de meus botões - especialista em "Comigo não, violão!" - e o tal botão alertou-me para o fato de que tudo são veleidades, pois qualquer político é, antes de tudo, impelido por altruísmo.
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- Mas, meu caro, eu mesmo já ouvi falar num tal de "Vale voto" - uma moeda a ser trocada empós a certeza da eleição do distribuidor - e olhe que há também o "tijolo amigo", a "dentadura segura", além doutras artimanhas que, uma vez...
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- Não terminei a frase, pois, o tal botão recolheu-se a uma de suas casas, deixando-me o livro "A cidade ilhada", de Milton Hatoum. Nada entendi. Também quem me mandou ter tão somente o Diploma do Curso de Datilografia?
por Carlos Augusto Viana - coluna É - Diário do Nordeste
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