Achei que todos iam se deliciar e comentar o surpreendente Pulo do Gato que o Governo Dilma deu. Primeiro conseguindo do seu poderoso parceiro dos BRICS um empréstimo que levou as ações da Petrobras nos USA subirem na média diária em 7% em relação ao dia anterior, na direção contrária de todas as outras petroleiras, que o conjunto trabalhou negativo todo o dia de hoje.
Poucos se deram conta que a Presidente Dilma deu uma entrevista a Bloomberg (um rede de mídia conservadora de negócios) exatamente no mesmo dia que a Petrobrás fechava um empréstimo de US$3,5 bilhões com o banco de desenvolvimento do governo Chinês. Ou seja, declarações que todos sabíamos que o balanço será apresentado até o fim do mês de Abril, que a Petrobrás está dando lucro real e vai distribuir aos seus acionistas, alavancou a Petrobrás num mercado que não é tão poluído pela imprensa brasileira agradando a imprensa norte-americana.
Apesar de todos gastarem mais tempo falando dos problemas de relacionamento falsos ou verdadeiros de Dilma, poucos deram ênfase na importância dos movimentos da Presidente.
Estes movimentos, a obtenção do empréstimo Chinês e a sinalização da recuperação da Petrobrás, chegam num momento sensível, pois a Petrobrás vinha sendo ameaçada por investidores estrangeiros de sofrer duras retaliações para receber empréstimos adiantados pela não apresentação do balanço, isto tirava a capacidade de manobra e comprometia em muito a saúde financeira de uma empresa que aumenta a produção dia a dia.
A tranquilidade da Petrobrás, lastreada pelo empréstimo Chinês, e mais, por futuros negócios sinalizados por nosso parceiro do BRICS, vai naturalmente recuperar seus valores das ações, e importante, todo aquele discurso do tipo "o PT e a Dilma faliram a Petrobrás" vão mais cedo do que muitos pensaram perder totalmente a razão que nunca tiveram.
A segurança que dá ao sentir que a maior economia do mundo garante o investimento futuro da Petrobrás e a estabilidade do mercado vai refletir em outras operações que trarão o Brasil de novo ao crescimento talvez muito mais rápido do que todos pensam.
Estamos gerando de novo superávits na balança de pagamentos (ainda pequenos, mas com tendência ao aumento), em breve a Petrobrás poderá a voltar a investir fortemente, e mais boas notícias virão pela frente.
Por outro lado as manchetes dos Jornais e Revistas, por mais que não desejem, terão que apresentar a corrupção dos outros, como as achadas nos escãndalos do HSBC e do CARF, desnudando a corrupção em setores próximos a oposição. Enquanto isto as delações premiadas da Lava Jato começam a apresentar sinais de repetição e cansaço e ficando limitadas aos atores que já estão na festa.
Talvez ainda haja uma ou mais surpresas agradáveis para o governo Dilma. Mas parece que apesar da maré ter sido alta, ela já começou a baixar.
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