Autor: Fernando Brito

Escapou-me ontem comentar a matéria do Estadão sobre os "Grupos anti-Dilma vão ao Congresso exigir a 'rejeição' à taxação de grandes fortunas".
Não tanto porque esta turma é contrária a qualquer ideia de justiça social e acha Miami o centro do cultura humana.
Mas porque ela revela que, além de Rogério Chequer, outro líder do movimento é Colin Butterfield, executivo do grupo Cosan, sócio brasileiro da Shell.
A decisão de colocar a rejeição à taxação dos bilionários – tema que a gente mostrou ontem aqui que é "proibido" – está causando rebuliço com alguns dos (poucos) grupos que não querem ser revelados como defensores dos bilionários.
Veja o o que "enfiaram" no documento do sonhado impeachment:
" Um dia depois da marcha organizada pelo Movimento Brasil Livre em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff chegar ao Congresso Nacional será a vez dos grupos oposicionistas que compõem a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos se reunirem "…), com políticos de oposição. Eles exigirão, entre outras coisas, a rejeição à taxação de grandes fortunas e impostos sobre heranças, pautas que não constavam entre as reivindicações dos grupos que foram às ruas em abril e maio nos protestos…"
E quem é o articulador do "no meu não, pobretão"?
Segundo fica claro na declaração de um dos que se recusaram ao "contrabando" no texto, é Colin Butterfield.
"Colin (Butterfield, um dos líderes do Vem Pra Rua) me ligou e pediu para eu participar, mas resolvi ficar longe de tudo. Estou sabendo por você que eles têm essa proposta (de pedir a rejeição da taxação a grandes fortunas)", disse o líder do Quero Me Defender, Cláudio Camargo."
E quem vem a ser este brasileiro de nome inglês?
Diretor da Cosan Alimentos, empresa do grupo de usineiros que controla a venda de açúcar.
Um doce, não é?
Depois de Chequer, ex-especulador de fundos nos Estados Unidos, um diretor da sócia da Shell…
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