AJUSTE FISCAL: PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE!
1. Um desdobramento problemático dos ajustes fiscais produzidos na Europa após a crise de 2008 tem sido a estagnação ou queda da produtividade das economias que adotaram estes ajustes. Mesmo os ajustes menos agressivos que vieram da crise, como no Reino Unido, tiveram esse desdobramento.
2. As exceções à regra têm sido e continuam sendo os Estados Unidos e a Alemanha, talvez pela atratividade e segurança que têm para os capitais financeiros, que migram. Mas o fundamental, nestes dois casos, é que desde a resposta a crise, imediatamente após a implosão financeira de 2008, foram adotadas medidas e estímulos ao crescimento da produtividade com suas repercussões na competitividade das suas economias.
3. Mas nos demais acaso da Europa, o ajuste fiscal gerou reações econômicas defensivas no setor privado e um foco único no setor público. E a produtividade estagnou, quando não caiu, e a competitividade, naturalmente acompanhou. Com a rigidez do Euro, que impede a flexibilização cambial como forma de dar competitividade ao comércio exterior e a atração de capitais, esta estagnação se espalhou.
4. Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França e até a Inglaterra, etc. Na América do Sul esse processo foi reforçado pela queda dos preços das commodities e em especial do petróleo. A resposta populista em casos como Venezuela e Argentina trouxe de volta a estagflação tão comum nos anos 70 e 80.
5. O Brasil inicia um processo de ajuste fiscal - inicialmente com maior rigor de caixa e medidas legais em discussão no Congresso Nacional. Até pela natureza do ministro da fazenda, com origem no mercado financeiro, só há um foco: ajuste fiscal pelo lado das despesas e das receitas.
6. Essa é a mesma receita adotada nos países europeus e que os têm feio afundar em relação à produtividade e a competitividade. Mas no caso do Brasil não há a rigidez do Euro e a válvula de escape é o câmbio e a inflação. É verdade que estes ajudarão o ajuste fiscal, mas não a produtividade e a competitividade da economia. Muito pelo contrário.
7. Como o ajuste fiscal está apenas no começo, seria básico que, simultaneamente, o governo adotasse medidas de apoio e incentivo ao desenvolvimento tecnológico e outras medidas que evitem prosseguir o desmoronamento da competitividade da economia, que vem ocorrendo nos últimos anos e que num quadro de ajuste fiscal exclusivo pode ser perigosamente acentuado.
1. Um desdobramento problemático dos ajustes fiscais produzidos na Europa após a crise de 2008 tem sido a estagnação ou queda da produtividade das economias que adotaram estes ajustes. Mesmo os ajustes menos agressivos que vieram da crise, como no Reino Unido, tiveram esse desdobramento.
2. As exceções à regra têm sido e continuam sendo os Estados Unidos e a Alemanha, talvez pela atratividade e segurança que têm para os capitais financeiros, que migram. Mas o fundamental, nestes dois casos, é que desde a resposta a crise, imediatamente após a implosão financeira de 2008, foram adotadas medidas e estímulos ao crescimento da produtividade com suas repercussões na competitividade das suas economias.
3. Mas nos demais acaso da Europa, o ajuste fiscal gerou reações econômicas defensivas no setor privado e um foco único no setor público. E a produtividade estagnou, quando não caiu, e a competitividade, naturalmente acompanhou. Com a rigidez do Euro, que impede a flexibilização cambial como forma de dar competitividade ao comércio exterior e a atração de capitais, esta estagnação se espalhou.
4. Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França e até a Inglaterra, etc. Na América do Sul esse processo foi reforçado pela queda dos preços das commodities e em especial do petróleo. A resposta populista em casos como Venezuela e Argentina trouxe de volta a estagflação tão comum nos anos 70 e 80.
5. O Brasil inicia um processo de ajuste fiscal - inicialmente com maior rigor de caixa e medidas legais em discussão no Congresso Nacional. Até pela natureza do ministro da fazenda, com origem no mercado financeiro, só há um foco: ajuste fiscal pelo lado das despesas e das receitas.
6. Essa é a mesma receita adotada nos países europeus e que os têm feio afundar em relação à produtividade e a competitividade. Mas no caso do Brasil não há a rigidez do Euro e a válvula de escape é o câmbio e a inflação. É verdade que estes ajudarão o ajuste fiscal, mas não a produtividade e a competitividade da economia. Muito pelo contrário.
7. Como o ajuste fiscal está apenas no começo, seria básico que, simultaneamente, o governo adotasse medidas de apoio e incentivo ao desenvolvimento tecnológico e outras medidas que evitem prosseguir o desmoronamento da competitividade da economia, que vem ocorrendo nos últimos anos e que num quadro de ajuste fiscal exclusivo pode ser perigosamente acentuado.
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