por Luiz Carlos Azenha
Houve terrorismo por parte das autoridades europeias encarregadas de impor a austeridade, sob o olhar severo da chanceler Angela Merkel, que comandou a vilificação dos gregos como perdulários e preguiçosos — "mediterrâneos" está para a direita europeia como "nordestinos" está para a brasileira.
Provavelmente houve manipulação de pesquisas com o objetivo de modificar o resultado, da mesma forma que houve no referendo revogatório de Hugo Chávez em 2004 — uma delas, produzida por uma empresa de Washington, previa derrota chavista por 60% a 40%, mas deu o inverso.
Ainda assim, os eleitores gregos votaram OXI de forma maciça: 60% a 40%.
Saul Leblon, na Carta Maior, produziu uma importante reflexão antes mesmo de saber o resultado.
Porém, acrescentamos que existe uma diferença essencial entre o Syriza e o partido que no papel deveria conduzir a resistência ao neoliberalismo no Brasil, o PT. Este último tornou-se co-gestor da austeridade e, portanto, corre o mesmo risco enfrentando pelos antigos partidos gregos de esquerda e pelo PSOE espanhol: sumir do mapa.
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