Quinze anos de prisão para Vaccari, ex-tesoureiro do PT. Já são 41 os condenados pela Lava Jato.
Quanto a esse escândalo, a Justiça funciona. Há escassez em relação a outros atores.
E há notórios excessos; Gilmar Mendes, ministro do Supremo, segue pré-julgando.
Acusa inclusive a OAB de "conspirar" em favor do PT. Como resposta levou bordoada da Ordem dos Advogados do Brasil nos seguintes termos:
-"Comportamento incompatível" com cargo... "intolerante"..."postura grosseira e arbitrária"... "ato grotesco"... "magistrado que não se fez digno do ofício...".
É conhecida a excelente formação jurídica do ministro. Assim como sua compulsão para antes de julgamentos, e publicamente, condenar adversários.
Gilmar condenou antes do julgamento do "mensalão"; o do PT: "quadrilha", "gansgters", "bandidos".
Agora pré-julga a "cleptocracia", trata a OAB como "aparelho de partido" e ataca quem ouse discordar dos seus pré-julgamentos.
Mas perceba-se: às vezes a crítica de Gilmar Mendes é branda, ou desconhecida, quando não inexistente.
Gilmar foi subsecretario geral da Presidência e Consultor Jurídico no governo...Collor.
A investigação Era Collor/PC levou a mais de 400 empresas e 100 grandes empresários indiciados pela Polícia Federal. Monumental a roubalheira. Além de PC Frias, nem um único preso.
O que diz o ministro Gilmar sobre aquele governo?... "Difícil comparar...tempos diferentes... hoje é mais grave".
Hoje, ao contrário de então, ao menos um dos bandos está condenado e preso.
Gilmar Mendes foi Subchefe na Casa Civil e Advogado Geral da União no governo Fernando Henrique...
Tempos da compra de votos para a emenda da reeleição....da Privatização da Telebras, de célebres diálogos nos grampos do BNDES:
-...vamos agir no limite da irresponsabilidade...consórcios borocoxôs...fazer os italianos na marra...usar a bomba atômica...
Negócio de R$ 22 bilhões, aquele. A "Bomba Atômica" era o presidente Fernando Henrique.... Sem CPI. E nem um preso.
Se conhece opinião de Gilmar Mendes sobre peripécias bilionárias daquele governo, hoje oposição?
Por 17 meses, até a semana passada, Gilmar segurou julgamento das doações empresarias para campanhas eleitorais. Derrotado no Supremo disse: seu ato teve "a mão de Deus".
Alguém precisa informar a Gilmar Mendes: ministro do Supremo é poderosíssimo, mas não é O Ser Supremo. Não é Deus.
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