Por que o governo chegou a este ponto da crise?
Aldo Rebelo - Porque houve uma subestimação da política por parte do governo.
Do governo ou da presidente?
Eu disse do governo, que não deu a devida importância ao processo político.
Isto levou a esta crise?
Sim, porque o Brasil tem de ser governado tendo como base uma política que seja fruto da concertação das forças políticas. A governabilidade do país tem de reunir todas as forças.
O problema central está na política então?
O país é muito grande e complexo para ser governado por um único partido.
O sr. quer dizer que o PT quis controlar todo o governo, sem partilhar poder?
Não quero dizer nada, o que quero dizer eu já disse.
Voltando à questão de o governo ter subestimado a política, a presidente sempre foi criticada por isto.
Vejo agora que ela deu um grande passo para a valorização da política, tem conversado e dialogado mais com seus aliados.
Os processos do mensalão e do petrolão também contribuíram para esta crise?
Muito. Os dois processos tiveram impacto muito grande na crise política.
Há atores que trabalham com a hipótese de queda da presidente. Ela corre este risco?
Não. Não vejo reunidas nas forças que têm interesse em remover o governo e a presidente da República capacidade ou condições de levar isto à frente.
Quem tem condições de unir o país para superar a crise?
Ela, a presidente, ainda é quem tem condições de reunir o país numa transição deste momento difícil. Para mim, ela tem todas as condições para encerrar seu mandato em 31 de dezembro de 2018, encerrar sua vida política, pois creio que não será mais candidata, e passar a presidência ao sucessor.
Dilma considera tentativa de golpe as articulações por um processo de impedimento.
Na minha opinião, qualquer tentativa de interromper este processo é uma aventura que a sociedade brasileira não vai permitir porque é prejudicial ao interesse público e do país.
O sr. diz que a presidente tem condições de superar a crise, mas até agora não tem conseguido. Como fazer isto?
Precisa dar dois passos importantes: Aprovar o ajuste fiscal e reconquistar a maioria parlamentar. Ela tem uma base muito fragmentada, mas pode reconstruí-la. E será fundamental para aprovar a CPMF. Creio que conseguirá, porque terá o apoio de governadores e prefeitos.
Mas o momento mostra um governo frágil?
É verdade. Mas trabalho na perspectiva de que o governo vai recuperar a confiança. E recuperar também o apoio dos aliados. Ninguém sério neste país vai entrar nesta aventura do impeachment.
A oposição não é séria?
Falo dos aventureiros. Não vejo nenhuma força majoritária querendo derrubá-la. Aí ela vai governando.
Do governo ou da presidente?
Eu disse do governo, que não deu a devida importância ao processo político.
Isto levou a esta crise?
Sim, porque o Brasil tem de ser governado tendo como base uma política que seja fruto da concertação das forças políticas. A governabilidade do país tem de reunir todas as forças.
O problema central está na política então?
O país é muito grande e complexo para ser governado por um único partido.
O sr. quer dizer que o PT quis controlar todo o governo, sem partilhar poder?
Não quero dizer nada, o que quero dizer eu já disse.
Voltando à questão de o governo ter subestimado a política, a presidente sempre foi criticada por isto.
Vejo agora que ela deu um grande passo para a valorização da política, tem conversado e dialogado mais com seus aliados.
Os processos do mensalão e do petrolão também contribuíram para esta crise?
Muito. Os dois processos tiveram impacto muito grande na crise política.
Há atores que trabalham com a hipótese de queda da presidente. Ela corre este risco?
Não. Não vejo reunidas nas forças que têm interesse em remover o governo e a presidente da República capacidade ou condições de levar isto à frente.
Quem tem condições de unir o país para superar a crise?
Ela, a presidente, ainda é quem tem condições de reunir o país numa transição deste momento difícil. Para mim, ela tem todas as condições para encerrar seu mandato em 31 de dezembro de 2018, encerrar sua vida política, pois creio que não será mais candidata, e passar a presidência ao sucessor.
Dilma considera tentativa de golpe as articulações por um processo de impedimento.
Na minha opinião, qualquer tentativa de interromper este processo é uma aventura que a sociedade brasileira não vai permitir porque é prejudicial ao interesse público e do país.
O sr. diz que a presidente tem condições de superar a crise, mas até agora não tem conseguido. Como fazer isto?
Precisa dar dois passos importantes: Aprovar o ajuste fiscal e reconquistar a maioria parlamentar. Ela tem uma base muito fragmentada, mas pode reconstruí-la. E será fundamental para aprovar a CPMF. Creio que conseguirá, porque terá o apoio de governadores e prefeitos.
Mas o momento mostra um governo frágil?
É verdade. Mas trabalho na perspectiva de que o governo vai recuperar a confiança. E recuperar também o apoio dos aliados. Ninguém sério neste país vai entrar nesta aventura do impeachment.
A oposição não é séria?
Falo dos aventureiros. Não vejo nenhuma força majoritária querendo derrubá-la. Aí ela vai governando.
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