Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma afirmam que nunca na história desse país se combateu tanto a corrupção como nos últimos 12 anos e que os casos de corrupção não são mais varridos para debaixo do tapete como em outros governos, os fatos comprovam a veracidade dessa afirmação.
Por Dayane Santos
Apesar da sistemática atuação da mídia de espetacularização das operações da Polícia Federal, além de factoides e mentiras para criar a falsa ideia de impunidade, os dados divulgados ontem sexta-feira (8) pela Controladoria Geral da União (CGU), mostram que desde 2003, ou seja, desde o governo Lula, o Poder Executivo expulsou 5.659 servidores, equivalente a cerca de 472 servidores por ano em 12 anos. Desses, 4.729 foram demitidos; 426 tiveram a aposentadoria cassada; e 504 foram afastados de suas funções comissionadas.
Só em 2015 o governo da presidenta Dilma Rousseff, puniu 541 agentes públicos por envolvimento em atividades ilícitas – média de 45 servidores por mês -, sendo que a principal causa de punição para as expulsões foi a comprovação da prática de atos relacionados à corrupção, com 332 das penalidades aplicadas ou 61,4% do total. Em 2014, foram 550 servidores expulsos, sendo 363 por corrupção.
Ao todo, foram registradas 447 demissões de servidores efetivos (número recorde no comparativo dos últimos cinco anos); 53 cassações de aposentadorias; e 41 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Vale lembrar que esses dados não incluem os empregados de empresas estatais, como Caixa Econômica, Correios, e Petrobras.
Já o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 138 dos casos. Também figuram entre as razões que mais afastaram servidores proceder de forma desidiosa e participação em gerência ou administração de sociedade privada.
Sem varrer para debaixo do tapete
Os números são resultado de uma política de fortalecimento e autonomia dos órgãos de controle e combate à corrupção.
Enquanto a oposição e seus aliados bravateiam que o PT e as forças progressistas "aparelharam" os órgãos de fiscalização, a realidade mostra que Lula e Dilma garantiram a atuação livre da Polícia Federal, que tem efetivado suas investigações, seja contra servidores do governo, autoridades da República e empresários.
A nomeação de procuradores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo de críticas da oposição e da grande imprensa que papagueava a tese de que tais indicações transformariam os órgãos judiciais em "marionetes". No entanto, todos foram escolhidos em listas tríplices indicadas pelos seus respectivos órgãos. E tais indicados hoje são responsáveis por diversas investigações, inclusive tendo personalidades ligados ao PT como alvo.
Quando comparamos essas e outras ações com o cenário do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, que ao assumir a presidência extinguiu a Comissão Especial de Investigação, criada pelo seu antecessor, Itamar Franco, e instaurou o engavetador-geral da República, Geraldo Brindeiro - que, até 2001, tinha mais de 4 mil processos mofando em suas enormes gavetas -, vemos que muita coisa mudou.
Com Lula e Dilma, a corrupção não foi varrida para debaixo do tapete, como fizeram os governos do PSDB. Evidentemente, ainda estamos longe do ideal, pois prevalece em muitos setores os malfeitos, os corruptos e corruptores e maus administradores. Porém, os governos progressistas dos últimos 12 anos investigaram, puniram, demitiram como nunca na história desse país.
Do Portal Vermelho
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