POR FERNANDO BRITO
A Folha divulga os termos da sentença de Sérgio Moro em que o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, uma das maiores empreiteiras do país é "condenado" a ficar em casa, de tornozeleira, até novembro do ano que vem e a devolver R$ 51 milhões pelos roubos de que participou na Petrobras.
Pessoa era apontado como o "chefe do clube das empreiteiras" pelo Ministério Público, mas, como foi um dos primeiros a delatar, o Dr. Sérgio Moro de outra visão, a de que não entendia "que o condenado dirigia a ação dos demais executivos".
Será que alguém duvida que, pelas apontadas fraudes nas obras do Comperj, da Refinaria Abreu e Lima e na Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, todas de valores bilionários, o Dr. Pessoa distribuía para os outros e nada pegava para si?
Já dizia o ditado: "quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo ou não tem arte". Alguém já ouviu falar de empreiteiro bobo?
Será que alguém acha que o Dr. Pessoa vai se encalacrar nos bancos para obter os R$ 51 milhões da multa fixada pelo Dr. Moro?
Mas, convenhamos, Ricardo Pessoa teve a esperteza de ser um dos primeiros a aproveitar a promoção "Seja ladrão, aponte o dedão e ganhe o perdão" em que transformaram a delação premiada.
Ainda bem que o Brasil está sendo moralizado.
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