O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse à Procuradoria-geral da República que políticos do PMDB e do PSDB articularam o "Pacto Caxias", pró-governo Temer, para barrar a Lava Jato.
Eles se referiam a Duque de Caxias, patrono do Exército conhecido como Pacificador, por ter acabado com a instabilidade política com as revoltas regionais durante o Império.
Segundo ele, próprio senador Romero Jucá – que caiu do Ministério do Planejamento após sugerir em áudio o impeachment de Dilma Rousseff para "estancar" a Lava Jato – teria lhe confidenciado "sobre tratativas com o PSDB nesse sentido facilitadas pelo receio de todos os políticos com as implicações da Operação Lava Jato".
O PSDB possui três ministérios no governo interino, incluindo o da Justiça, responsável, dentre outros, pela Polícia Federal.
Ele ainda relata que o presidente do Senado, Renan Calheiros, deixou claro que seria a "esperança única" do PSDB para tomar as medidas que podem impedir os avanços da operação.
"Quando Renan Calheiros diz que 'eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer alguma coisa', 'eles' refere-se especificamente ao PSDB, embora o temor dos políticos da Operação Lava Jato seja generalizado; que 'fazer alguma coisa' refere-se a um pacto de medidas legislativas para paralisar a Operação Lava Jato, que incluía proibir colaboração premiada de réu preso, proibir a execução provisória de sentença penal condenatória e modificar a legislação dos acordos de leniência", relatou, segundo reportagem de Fausto Macedo e Mateus Coutinho.
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