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A três dias da greve – que parece estar se estruturando com força – contra a reforma da Previdência, o PSB resolveu, formalmente, fechar questão contra ela e sinalizar a passagem para a oposição.
Longe de qualquer prurido ideológico, a decisão é reveladora do que vai se acentuar à medida em que for se aproximando o período eleitoral: ficar ao lado de Michel Temer é partir para o deprimente “jogo da baleia azul” político: é suicídio eleitoral.
No embalo, a bancada “rifou” o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, filho do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Diz a Folha que “Fernandinho, como é conhecido, representa apenas o próprio Temer e seu pai”.
Como João Doria resolveu brincar disso, com sua esdrúxula convocação para que a população “vá às ruas” para defender a degola da Previdência, os tucanos – salvo (e em parte) Geraldo Alckmin – ficaram amarrados ao barco.
Não é crível que Temer, como anunciou, vá retaliar os partido em que não conseguiu a maioria para votar a reforma da Previdência. Se o fizer, vai piorar as coisas.