Chegamos à 13ª edição do Manual das Eleições na semana decisiva da disputa presidencial mais tensa da história recente do País. O debate da TV Globo nesta quinta-feira 29 representa para o ex-presidente Lula mais uma oportunidade de consolidar a sua vitória já no primeiro turno. A Jair Bolsonaro, é a última chance de criar um fato novo a 3 dias da eleição. Do lado petista, apurou CartaCapital, a postura do ex-presidente será diferente daquela adotada no embate da TV Bandeirantes no mês passado. Naquela ocasião, Lula optou em não rebater as acusações feitas por Bolsonaro. Desta vez, o petista reagirá às declarações sobre corrupção. Bolsonaro tem repetido em seus discursos que os governos do PT foram os mais escandalosos da história e reforça, sempre que pode, que Lula é um ex-presidiário. Segundo o deputado federal Paulo Teixeira, Lula "com certeza" será mais reativo hoje. Isso significa que o ex-presidente deve citar casos de corrupção que envolvem Bolsonaro e os filhos. Passados o funeral da rainha Elizabeth II e o discurso na ONU, há uma leitura de que, para além dos ataques recorrentes ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, o debate de hoje é a única brecha para Bolsonaro tentar levar a eleição para o segundo turno. As pesquisas dos principais institutos do País apontam um viés de crescimento de Lula nos últimos dias e indicam chances reais do ex-presidente vencer o pleito sem a necessidade de um confronto direto com Bolsonaro. A última divulgada foi a Exame/Ideia. Nela, constatou-se ainda que 63% dos brasileiros querem as eleições decididas no primeiro turno. Na Globo, Lula deve ser o principal alvo dos ataques e críticas de Bolsonaro e Ciro Gomes. O cenário é semelhante a do debate no SBT, ao qual o ex-presidente não compareceu – uma decisão acertada, segundo a campanha do petista. Muito próximo da vitória em primeiro turno e com uma distância considerável para Bolsonaro, é muito improvável que Lula veja o cenário se alterar após o debate desta noite. É o que alguns analistas têm chamado de eleição entediante, sem mudanças bruscas no quadro. A Bolsonaro já não resta mais evitar a derrota, apenas adiá-la. |
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