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por Carlos Chagas


MUNDO SEM LEI

Saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, faz muito tornou-se discussão diletante e inócua. A verdade é que os dois existem, num moto contínuo onde um sai do outro.

Grave, mesmo, é verificar como a nação tecnologicamente mais poderosa do planeta desvirtuou-se  a ponto de seu governo autorizar, estimular e promover, através de suas avançadas estruturas da ciência e da  inteligência, a morte da lei e dos princípios democráticos inerentes à sua própria existência.

Osama Bin Ladem era um assassino monstruoso, algoz de centenas de milhares de vítimas, fanático. Se quiserem, o filho predileto de Satanás. Merecia ser caçado pela eternidade. Para isso serviu, melhor do que tudo, o aparato econômico e militar dos Estados Unidos.

Mas executar o bandido sem julgamento, depois de preso, já com a decisão tomada de dar-lhe um tiro na cabeça – convenhamos, trata-se da inversão dos valores que diferenciam uma nação civilizada de um aglomerado de trogloditas. Foi no que se transformaram os senhores dos Estados Unidos  ao determinar o assassinato do inimigo número um da Humanidade.

Que nazistas e stalinistas assim agissem, demonstrou a História sua condenação perpétua. Mas aqueles  que se apresentam  como baluarte da democracia e da liberdade, de jeito nenhum. Levá-lo a julgamento num tribunal de Nova York constituía solução ética e lógica. Mesmo prevendo-se sua inexorável condenação à pena capital.

Sinal dos tempos travestidos que vivemos foi a reação da sociedade americana às primeiras notícias do desenlace do episódio: jovens e velhos nas ruas, urrando como animais, festejando a morte  já anunciada de Bin Ladem como quem celebra a conquista de um campeonato de futebol.

Ficou óbvia, neste início de século, a transformação do poder público em poder celerado. Dirão alguns ingênuos e outro tanto de truculentos que tinha de ser assim mesmo. A palavra de ordem era “fazer justiça”, como disse o presidente Barack Obama. Que tipo de justiça ele não explicitou. Jamais, porém, a justiça devida ao ser humano, mesmo o mais vil de todos, prerrogativa decorrente de instituições que a civilização aprimorou através dos tempos. Até  um criminoso como Bin Laden dispunha  do direito a uma sentença, assim como  o governo de Washington, da obrigação de encaminha-lo a um julgamento imparcial.

O argumento ouvido de áulicos e sabujos dos atuais  detentores do poder mundial  é de que se Bin Laden não fosse logo eliminado serviria de mártir para a banda podre do islamismo, provocando manifestações, atentados e, depois de condenado e executado,   peregrinações ao seu túmulo. Por essas razões os russos sumiram com o cadáver de Adolf Hitler e os próprios americanos tentaram por décadas esconder os restos  mortais de Che Guevara. Não adiantou nada.

Está o mundo estarrecido, ainda que com medo de demonstrar, diante da negativa dos mais elementares direitos do homem, por decisão dos governantes da  nação imperial.  Assistimos um sofisticado esquadrão da morte e seus mentores  agindo como detentores absolutos da ciência do Bem e do Mal. Tratou-se apenas de um exemplo, entre tantos  registrados desde que o terrorismo assumiu proporções inimagináveis. Igualaram-se aos terroristas, no entanto, os responsáveis pelo assalto à cidadela onde se escondia o adversário. Não há evidências nem depoimentos de que os comandos americanos mataram Bin Ladem em defesa  própria, no meio de um tiroteio. Entraram para matar. Tanto que já sabiam o que fazer com o defunto: joga-lo no  mar, para que dele não restasse o menor vestígio.

Está o mundo sem lei, quando um dia imaginou-se que sem ela não haveria salvação. Não há  mesmo.

Razão alguma existiria para esse espetáculo de vergonha encenado no Paquistão, como da mesma forma nenhum argumento justificou a carnificina tantas vezes promovida  pelos irracionais  chefiados por Bin Laden. O resultado é que agora parte  do Islã   julga-se na  obrigação de prosseguir na matança e na revanche capaz de gerar no Ocidente  mais ódio,  mais vingança e menos lei. Regride a Humanidade, sabe-se lá até que ponto, valendo  voltar ao mote inicial deste desabafo: importa pouco  saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha...

EUA

A nação terrorista, torturadora e falida.

Este triste espetaculo do assassinato do terrorista Osama Bin Laden foi uma tentativa frustrada dos EUA tentar demonstrar força, poder. Quiseram dizer:
"Nós podemos tudo". 

Mas, na realidade o que fizeram foi escancarar a fraqueza e covardia que são único. Ninguém, nenhuma nação, povo, tribo etecetera chega as pés da corja yanque.

Paladinos da moral e ética, defensores da democracia, dos direitos humanos?...

Hipócritas-mor!

Repugnante um povo que admite a tortura. 

Não existe degradação maior, algo mais, nojento, abominável, horroroso, monstruoso que a tortura.

Um torturador é uma aberração humana.

Uma nação torturadora é uma aberração universal...

EUA uma carniça imunda que infesta, inpesta a humanidade com o mau cheiro que exala e se espalha pelo mundo atraves dos meios de comunicação.

Me envergonho de pertencer a mesma especie animal desta laia "civilizada"...

Terrorismo yanque

Oficialmente a Casa Branca ( home blood ) informou que Osama Bin Laden não estava armado e também não seO Fim da Caçada escondeu atrás de mulher alguma. 

O que significa: 
o terrorista Obama mandou executar covardemente o desarmado terrorista Osama.

Quando afirmo que os EUA é antes de tudo covarde, tem puxa-saco babão e entreguista que fica todo oriçado.

Corja!
   

A nação terrorista II

Osama foi o terrorista mais odiado e perseguido pelos norte-americanos...

Obama é o terrorista mais amado e protegido pelos norte-americanos...

Prestando atenção, a diferença é...uma letra morta.
Sponholz

Osama Bin Laden

[...] A biografia do líder terrorista mais odiado pelo EUA

Filho de um milionário saudita, foi o grande aliado do país na expulsão da forças soviéticas do Afeganistão na década de 80 do século passado. Desde então, Osama começou a financiar grupos islâmicos. Em 1993, seu nome esteve envolvido no primeiro atentado ao World Trade Center. Em diversos momentos, ele falava em guerra santa e, em um vídeo, conta como arquitetou o atentado às torres gêmeas.

Sucessão

[...] de Bin Laden

Bin Laden já estava isolado. 

O perigo está em seu provável sucessor, Aymán Al-Zawahiri, ideólogo da Al Qaeda, considerado o homem que radicalizou o finado líder terrorista nos anos 80 e o afastou das linhas menos violentas da “Yihad” do Afeganistão. Ele havia se envolvido no assassinato do Presidente Anuar el Sadat. Preso e torturado pela polícia egípcia, Al-Zawahiri delatou que a cabeça do magnicídio era um oficial do Exército egípcio, Isam Al-Qamari, que qualificou como “uma pessoa nobre no sentido estrito dessa palavra” em suas memórias. Três anos depois, foi posto em liberdade e se transferiu para a Arábia Saudita, antes de ir para o Paquistão e o Sudão. Desses países, comandou a Yihad Islâmica Egípcia, um grupo que realizou violentos ataques contra civis, provocando, com isso, seu virtual desaparecimento. Al-Zawahiri viajou para os EUA para arrecadar fundos para sua Guerra Santa, até que esse grupo se fundiu em 1998 com Al-Qaeda.

A nação terrorista

Vivissíma

por Carlos Chagas


O PERIGO DAS SOLUÇÕES MEDIEVAIS

A temperatura no planeta vai subir, se a razão estiver com Raul Solnado, aquele humorista português que logo depois da Revolução dos Cravos vaticinou a inevitabilidade de se  aguardar a conta do florista. Mais do que necessidade, era obrigação que os Estados Unidos caçassem Osama Bin Ladem de forma implacável, responsável  por um dos  mais aviltantes massacres da História. O problema é que os americanos não fizeram como os israelenses, que capturaram Adolf Eichmann, levaram-no a julgamento e, depois, à condenação capital. Preferiram repetir o episódio Che Guevara, que assassinaram depois de preso. Ajudaram a criar um mito que permanece até hoje.


Em vez de levar Osama para ser julgado em Nova York, optaram pela solução aparentemente mais simples: um tiro na cabeça, com o acréscimo de terem dado fim ao cadáver, jogado no mar. Assim, imaginaram seus estrategistas evitar a materialização de um suposto mártir para boa parte do mundo muçulmano, afastando peregrinações ao local da prisão, do julgamento ou à sepultura, na hipótese de uma inevitável resistência armada.

Enganam-se não apenas na interpretação do Direito, inscrito na sua  própria Constituição, mas também na previsão das reações. Acabam de criar outro mito, desta vez envolvido por imenso potencial de violência e de vingança a que se dedicarão milhões de seguidores do Corão. Não deixam dúvidas as  próprias instruções de Washington a cidadãos americanos que se encontram fora do país: devem ficar todos nos hotéis e residências,  sem sair às ruas. Mas por quanto tempo? A previsão é de explosões sem conta não só no Oriente Médio, mas em todos os continentes. Até de atentados em pleno território dos Estados Unidos.

Numa palavra, precipitaram-se, optando pela solução medieval do assassinato. Ainda mais porque acompanhada de manifestações de euforia da multidão, em suas principais cidades, festejando nas telinhas a execução, mais do que a prisão. Como estarão reagindo  adeptos, simpatizantes ou meros espectadores do lado de Osama Bin Ladem? Tomara que não sobrevenham novos capítulos de carnificina, mas garantir, ninguém garante.

Terrorista

[...] número 1 mata um para atingir outros

Enio

Osama Bin Laden morto?

[...] e jogado ao mar pelos yanques por respeito ao islã?...

Sinceramente, tenho cá minhas dúvidas...

E duvido apenas pelo seguinte, se os terroristas americanos não conseguiram captura-lo com vida. Porque se tiverem conseguido prende-lo vivo...com certeza o Osama Bin Laden sofrerá as piores e mais monstruosas torturas que um ser vivo seja capaz de suportar. Os covardes dos States são especialistas nesta aberração.

Aí terei dó!

 

Terroristas torturam e matam outro

Há um detalhe sobre a morte do Osama Bin Laden que por enquanto está sendo muito pouco comentado.
Vejam a foto abaixo com atenção:
Não é necessário ter qualquer base técnica, cientifica para afirma:
Ele foi capturado vivo...
Torturado e morto!

O terrorismo vive

Barak Obama - presidente dos EUA - anunciou com alegria a morte de Osama Bin Laden. 

Reportagens pipocaram em rádios, jornais, tvs e principalmente na web comemorando a morte do " Terrorista ".

É, a nação terrorista matou e comemorou a morte de um inimigo. E continuará matando e comemorando a morte dos "inimigos", porque está é a natureza deles. Os yanques são antes de tudo covardes.Depois de tudo julgam-se - assim como a Alemanha nazista - uma raça superior.

É com tristeza que vejo muitos se iludirem com os "democratas" norte-americanos, heróis, paladinos da moral e ética universal, defensores dos direitos humanos.

Hitler, líder nazista  pregava e propagava a teoria que os arianos eram superiores a alguns - judeus, negros, ciganos etcetera...-.

Obama, líder norte-americano prega e pratica assassinatos porque julga que os EUA são superiores a todos os outros que sejam mais fracos que eles.

Quero ver eles invadirem, declararem guerra - bélica ou comercial - é a Russia ou a China.

EUA, nação covarde!

EUA, nação terrorista!

Ah, só uma coisinha. A morte do Osama Bin Ladem não me comove nadica de nada.  

Obama releases birth certificate

Wednesday morning – the long-form version for which birthers have been clamoring. But it hasn't quieted them. Dentist and lawyer Orly Taitz, seen here in her San Clemente office in this 2009 file photo, ...

O exemplo de Bush

Barack Obama viu que, se não fizesse guerra, como seu antecessor, perderia a eleição. Está bombardeando até o palácio de despachos do presidente da Líbia, por não ser submisso às ordens de Washington.

Impunidade
Então, Kadafi deve ser fuzilado como Saddam Hussein, não o ex-presidente do Egito, porque apenas empobreceu seu povo e foi subserviente aos Estados Unidos?

Vidas
Engraçado é que antes de declarar guerra à Líbia, Barack Obama, de olho na reeleição, justificou sua intervenção pelo interesse de preservar vidas árabes. E as que estão sendo fuziladas por reis, xeques e prepostos árabes de Washington? Não devem ser preservadas? E as dezenas de milhões de iraquianos assassinados pela máquina militar americana, sob o pretexto mentiroso de que o presidente do país detinha armas de destruição em massa?

Divisão
Isto quando ora se sabe que no ano anterior à declaração da guerra, a Inglaterra já tinha assegurado pelo governo dos Estados Unidos sua participação no petróleo do país que seria invadido e quase totalmente destruído?

Guantánamo

[...] uma das maiores derrotas de presidente Barak Obama

ublicado em 25-Abr-2011
Image
Barack Obama
Enquanto a imprensa internacional repercute o escândalo divulgado pelo Wikileaks, dos prisioneiros ilegais mantidos em Guantánamo (uma baía de Cuba ocupada desde 1903 pelos EUA) pelo governo dos Estados Unidos, numa violação inédita e permanente dos direitos humanos mais elementares, no Afeganistão quase 500 presos, a maioria vinculada aos Talibãs, fogem de uma prisão em Kandahar.

O que os EUA fazem em Guantánamo lembra os regimes fascistas. Está aí uma prova da ineficácia da política norte-americana que viola permanentemente as leis e tratados internacionais e a sua própria legislação penal.

A manutenção da situação em Guantánamo, para o presidente Barack Obama, é uma de suas piores derrotas. Embora durante a sua campanha eleitoral (2008) acenasse com a possibilidade de desativar a prisão, já se passou mais da metade de seu mandato e ele até já se lançou candidato à reeleição (2012).

Uma vergonha mundial


O presidente Barack Obama não foi capaz, no entanto, de cumprir seu compromisso de campanha e fechar a prisão, um símbolo da violação dos direitos humanos pelos EUA e uma vergonha mundial.

O Wikileaks publica, agora, a ficha de mais de 700 presos e gráficos da prisão - aliás, um segredo de polichinelo. Uma vergonha, repito, e uma desmoralização de todo o discurso pró-direitos humanos dos EUA. Tudo uma farsa.

Como, aliás, é a intervenção na Líbia e o silêncio sobre a Síria, onde o povo é metralhado todos os dias e barbaramente assassinado por pistoleiros do regime, desde que há mais de um mês a onda de rebeliões nos países arábes chegou a Damasco.

Reino animal

Chamam alguém de macaco, dizem que é racismo. Chamam alguém de cachorro, não é racismo...
Dá para explicar,ou tá dificil?...
MUNDO

EUA: republicana compara Obama a macaco

Montagem 

por Leonardo Boff

GERAL

A neurótica segurança presidencial norteamericana


Muitos de nós na América Latina sob as ditaduras militares temos conhecido o que significou a ideologia de segurança nacional.

A segurança do Estado era o valor primeiro. Na verdade, tratava-se da segurança do capital para que este continuasse com seus negócios e com sua lógica de acumulação, mais do que propriamente da segurança do Estado.
Esta ideologia, no fundo, partia do pressuposto de que todo cidadão é um subversivo real ou potencial. Por isso, devia ser vigiado e eventualmente preso, interrogado e se resistisse, torturado, às vezes até a morte. Destarte, romperam-se os laços de confiança sem os quais a sociedade perde seu sentido. Vivia-se sob um pesado manto de desconfiança e de medo.
Digo tudo isso a propósito do aparato de segurança que cercou a visita do Presidente dos Estados Unidos Barack Obama ao Brasil
Ai funcionou em pleno a ideologia da segurança, não mais nacional, mas presidencial. Não se teve confiança na capacidade dos órgãos brasileiros de garantir a segurança do Presidente. Acompanhou-o todo o aparato norte-americano de segurança. Vieram imensos helicópteros de tamanho tão monstruoso que havia escassos lugares onde pudessem aterrissar. Lemusines blindadas, soldados revestidos com tantos aparatos tecnológicos que mais pareciam máquinas de matar que pessoas humanas. Atiradores especiais colocados nos telhados e em lugares estratégicos junto com o pessoal da inteligência. Cada canto por onde passaria a “corte imperial”, as ruas próximas, casas e lojas foram vigiadas e vistoriadas.
Foi cancelada, por razões de segurança, o discurso previsto ao público, no centro do Rio, na Cinelândia. Os que foram convidados a ouvir seu discurso no Theatro Nacional tiveram que passar por minuciosa revista prévia.
O que revela semelhante cenário? Que estamos num mundo doente e desumano. 
Leia a íntegra do artigo Aqui

Dilma Rousseff

Quem conhece aposta nela

Miguel Jorge – O Estado de S.Paulo

Ela, afirmativa, direta, incisiva. Ele, evasivo, repetitivo – acima de tudo, e como se estivesse permanentemente em campanha eleitoral, um bom marqueteiro de si mesmo. Não é preciso ser um grande observador para apontar que essa foi, claramente, a principal diferença entre os discursos dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, há duas semanas, em Brasília.
Enquanto o norte-americano insistiu em abordar, de forma vaga, questões cruciais para o comércio bilateral entre os dois países, Dilma criticou abertamente as velhas práticas protecionistas dos Estados Unidos e defendeu relações comerciais mais justas e equilibradas. O dela, um discurso coerente com a posição do Brasil no contexto de uma nova realidade geopolítica global. O dele, uma prova de que Obama é um orador dos bons – descontraído, à vontade. Mas, e daí?
A presidente brasileira mencionou as barreiras ao etanol, aço, suco de laranja, algodão e carne bovina, enviando, nas entrelinhas, um recado objetivo: esta é uma via de mão dupla e envolve atores econômicos importantes no cenário mundial. Se um deles quer algo (e Obama quer vender para gerar empregos nos Estados Unidos), oferece algo em troca.
Ainda sobre os discursos de Dilma e Obama: enquanto a presidente brasileira defendeu uma reforma fundamental na governança global, com ampliação do Conselho de Segurança da ONU, o norte-americano foi reticente. Em nenhum momento ele acenou positivamente para a aspiração brasileira de ter um assento permanente no Conselho de Segurança – em vez do “sim” com que a Índia foi brindada em novembro do ano passado, a pretensão do Brasil mereceu o “apreço” do líder norte-americano.
De qualquer forma, quem conhece a presidente Dilma, quem já trabalhou com ela, não se surpreendeu com a sua boa estreia nas altas rodas da diplomacia internacional. Pode-se argumentar que lhe falta carisma, mas não se pode negar que lhe sobram coerência e firmeza na defesa dos interesses nacionais. Desenvolvimentista, a presidente age com a certeza de que o Brasil tem enorme potencial para crescer de forma cada vez mais consistente, a taxas superiores às das economias desenvolvidas.
A postura discreta, a preocupação com as questões internas e administrativas, o estabelecimento de prioridades e o controle de resultados são as principais marcas deste início de governo Dilma – e marcaram, também, a sua gestão à frente da Casa Civil, no governo do presidente Lula.
À época – e aparentemente agora também -, Dilma preferia o gabinete à exposição pública. Detalhista e rigorosa, chegou a ser acusada de intolerante – se é que se pode classificar de intolerante uma profissional que não abre mão de conduzir os processos pelos quais é responsável, que determina metas, que cobra providências e resultados.
Sóbria e coerente com seu estilo pessoal, a presidente já mostrou, também, que entende de avanços e recuos. Na disputa pelos Ministérios, não hesitou em endurecer com o PMDB, mas, depois, autorizou o partido a negociar cargos no segundo escalão com os ministros – a estes, aliás, fez questão de lembrar, na primeira reunião conjunta da equipe, que “eficiência e ética são faces da mesma moeda”.
Há poucos dias, em sua primeira grande entrevista a um jornal diário, Dilma encarou uma sabatina e tanto. Falou sobre inflação, economia mundial, tragédia no Japão, alterações no programa Bolsa-Família, especulações sobre mudanças na equipe ministerial. Garantiu que o combate à inflação não será feito com o sacrifício do crescimento e assegurou: o Brasil vai crescer, com certeza, entre 4,5% e 5% este ano.
Na mesma entrevista, a presidente anunciou sua disposição de enfrentar o problema dos aeroportos, um dos principais gargalos de infraestrutura no País. Prometeu “uma forte intervenção” – e cumpriu o prometido. Na sexta-feira 18 de março, o Diário Oficial da União publicou a criação da Secretaria Nacional de Aviação Civil, com status de Ministério, alterando a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Dilma admite articular a expansão dos aeroportos brasileiros com recursos públicos e por meio da adoção de um regime de concessões ao setor privado – medida defendida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com participação da então ministra da Casa Civil, ainda no governo Lula. Como agora, empresários interessados em investir no setor aeroportuário defendiam o regime de concessões, próprio de nações desenvolvidas.
Mais uma vez: nada que surpreenda quem conhece a presidente e já trabalhou a seu lado. Não por acaso, pesquisa Datafolha, divulgada no domingo 20 de março, garante 47% de aprovação à gestão Dilma, taxa de popularidade que se iguala ao recorde registrado pelo presidente Lula nessa mesma época, em seu segundo mandato.
Segundo o Datafolha, Dilma supera em popularidade todos os antecessores de Lula, com aprovação maior entre as mulheres (51%) do que entre os homens (43%). Para os brasileiros, saúde é o principal problema do País, mas a pesquisa mostra que a presidente tem outros desafios pela frente: segurança pública, combate à corrupção e transporte.
Para superá-los é fundamental a soma de competência técnica, responsabilidade política e uma ampla visão dos problemas nacionais. Isso Dilma tem de sobra e, a considerar a sua atuação no governo passado, os brasileiros estão em boas mãos.
JORNALISTA, FOI MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR DO GOVERNO LULA (2007-2010)

Com a CIA por trás dos "rebeldes líbios", cai mais uma máscara da cobiça ao petróleo alheio


OTAN esconde as armas porque não sabe com quem está se metendo

"Países muçulmanos, incluindo a Arábia Saudita, Iraque, Irão, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Iêmen, Líbia, Egito, Nigéria, Argélia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, Indonésia, Brunei, possuem de 66,2 a 75,9 por cento do total das reservas de petróleo, conforme a fonte e a metodologia da estimativa"
Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, 04/01/2007
Agora, que toda mentira foi desnudada, que Barack Obama, tutelado por Hillary Clinton, porta-estandarte da elite de olhos azuis, deixou cair na lama o charme charlatão, agora que ele jogou no ventilador o capcioso prêmio Nobel da paz, assumindo o personagem do mau caráter que despachou agentes para incendiar a Líbia, gostaria de saber o que fará a diplomacia brasileira para consertar a própria trapalhada no Conselho de Segurança da ONU, naquele infausto 17 de março  em que alguns países deram uma carta suja para uma agressão estrangeira a um país que não está em guerra com outro e que apenas tenta manter a unidade nacional e o controle sobre suas riquezas.
Sim, porque agora a própria resolução fatídica é lixo só: não tem uma única cláusula de valia, não tem serventia para mais nada. A qualquer melodramático diplomata abstêmio fica difícil explicar à distinta platéia como países vividos comeram mosca numa manobra tão reles com o papelucho que foi usado para sacramentar a cobiça ensandecida dos céus, terras e mares de toda a África do Norte e adjacências, do Oriente Médio e de todos os países muçulmanos.
Agora, o próprio presidente dos Estados Unidos da América confessa na maior cara de pau que seu sonho de consumo é derrubar o governo constituído da Líbia. Daí ter  introduzido na área, por baixo dos panos, agentes e mercenários da CIA, juntamente com farto arsenal de armas e munições, já que nem os bombardeios mortíferos, nem a guerra midiática encomendada meteram medo em Kadhafi e no seu povo que, como demonstram os fatos reais, parecem decididos a resistir, não importa o sacrifício e as perdas de inocentes atingidos pelos mísseis made in USA de última geração, conforme denúncia endossada pelo insuspeito bispo católico de Trípoli, Giovanni Innocenzo Martinelli.

CIA contrata empresas militares
Agora, a mídia se vê obrigada a revelar, como o NEW YORK TIMES e a Reuters, que desde muitos dias atrás, antes, portanto, da chancela da ONU, os agentes da CIA abarrotados de dólares já estavam infiltrados em Benghazi, em manobras cavilosas para incensar rivalidades tribais e manipular a justa ansiedade de jovens desempregados, com o objetivo de dar um bote que garanta no epílogo das escaramuças o terreno livre para a conquista mansa e inercial das jazidas petrolíferas que somam mais do dobro de todo o estoque do pomposo império decadente, de olho no vasto manancial dos países muçulmanos - mais de dois terços das reservas mundiais conhecidas.

Agora, não tem mais ONU, não tem mais desculpas, não tem mais cortinas de fumaça, não tem mais conversa pra boi dormir. Os Estados Unidos e seus sócios - especialmente França e Inglaterra - estão bancando a contratação das modernas legiões estrangeiras, os mercenários (contractors) das private military company (PMC), montadas pela Halliburton e pela Blackwater, que já terceirizam a matança no Iraque e no Afeganistão. E já submeteram os "rebeldes" ao comando de Khalifah Hifle, agente da CIA, conforme revelou Pepe Escobar do Asia Timesem matéria publicada no site da "redecastorphoto" - http://re decastorphoto.blogspot.com/2011/03/tripoli-nova-troia.html

Já o comando da OTAN desistiu de enviar mais armas aos adversários de Kadhafi, além das que estão entrando pela fronteira do Egito, com ajuda financeira da CIA, França e do Katar. Com informações privilegiadas, teme que esse armamento caia nas mãos das tropas leais ao líder líbio. Na reconquista de posições no Leste, já acercando-se de novo de Benghazi, o Exército e as milícias populares usaram menos a artilharia e surpreenderam com a ajuda da população das cidades reconquistadas.
 
Na guerra do petróleo, querem excluir a China
O ditador invisível que manipula os cordéis de Barack Obama não gostou de saber que a Chevron e a Occidental Petroleum (Oxy) decidiram em outubro passado fazer as malas da Líbia, abrindo espaço para a China National Petroleum Corp (CNPC), que já participa da exploração em vários países da África do Norte e compra 11% do petróleo líbio, com possibilidade de triplicar a encomenda tão logo haja disponibilidade. Até o levante de fevereiro, 30 mil chineses trabalhavam na Líbia a serviço da CNPC.

Isto porque importar petróleo que ajuda a extrair da Líbia é o melhor negócio da China. Com o preço do barril a mais de US$ 100, o custo da extração não passa de US$ 1,00 por barril. Desse óleo de altíssimo rendimento, 80% vêm do Golfo de Sirte, no leste do país, onde ficam Benghazi e Lanuf Ras, e alguns chefes tribais que sonham com a boa vida monárquica de paxás.

Trocando em miúdos, os alcunhados rebeldes líbios, mesmo já subordinados aos agentes da CIA, vão começar a ser substituídos por contratados dessas empresas militares, que são a última moda em guerra de agressão, com mestrado em Abu Ghraib e Guantánamo, e serão enviados para algum campo de treinamento de país "amigo" para voltarem em outra fasedo conflito, que os senhores das armas desejam demorado.

O orfanato do Itamarati conhece muito bem o Relatório 200 do Project of the New American Century (PNAC) intitulado "Rebuilding Americas Defenses", que cristaliza a teoria das "guerras simultâneas de conquista" e serve de base para a política externa que Obama assinou embaixo. Uma política externa ao gosto do complexo industrial-militar-financeiro e de outros interesses escusos, maliciosamente manipulados pelo sionismo e pelo "Opus Dei".
 
Ou o Brasil se mexe ou fica mal na fita
A ironia do destino pôs para dar o cavalo de pau na nossa política externa um cara chamado Antônio Patriota, que tem no seu prontuário dois anos como embaixador do Brasil em Washington (2007 a 2009), de onde saltou para a Secretaria Geral do Itamarati já com a encomenda de desmontar o trabalho do embaixador Samuel Guimarães, o grande formulador da doutrina soberana. Daí para virar titular foi mole: o que não faltou foi "QI".
O governo brasileiro tem a obrigação de reverter esse mico que pagou ao abster-se diante de uma resolução que desrespeita a própria Carta da ONU, forjada exclusivamente para embasar um projeto de pirataria de desdobramentos imprevisíveis, até porque os países associados também não se entendem e Obama está em maus lençóis: pesquisa da Associated Press-GfK mostrou que os norte-americanos não apóiam a aventura, enquanto congressistas temem que milhões de dólares saiam pelo ralo e não tenham retorno.

Se quiser fazer alguma coisa de útil, além de declarações lançadas ao vento, a Chancelaria brasileira dispõe de grandes espaços de articulação. A maioria dos países árabes viu que amarrou seu camelo no tronco errado e agora está sem saber o que dizer em casa. Dos 24 integrantes da Liga Árabe, só 6 foram à reunião de Londres, convocada nessa quarta-feira para discutir a hipotética Líbia pós-Kadhafi: Iraque, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Tunísia e Líbano. Nem a Arábia Saudita deu as caras por lá.

O questionamento da intervenção estrangeira com o objetivo agora mais explícito de implantar um governo títere para tomar conta do petróleo alheio é responsabilidade também dos nossos deputados e senadores, das entidades da sociedade civil e dos defensores da soberania brasileira. Com essa crise indisfarçável nas "potências" ocidentais ninguém pode se sentir seguro no domínio de suas riquezas. Pode parecer exagero, mas não me surpreenderia se esses países já não listaram o Brasil em seus projetos coloniais. 
 
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