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Dilma estará na abertura da Copa

A presidenta Dilma Rousseff estará presente na abertura da Copa do Mundo, dia 12, em São Paulo, na partida entre Brasil e Croácia. A informação foi confirmada hoje (9) pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, durante coletiva de imprensa, no Centro Aberto de Mídia, no Forte de Copacabana.
"A presidenta Dilma, com certeza, estará na abertura da Copa. Sem falta, estará lá, confirmada. E também mais de uma dezena de chefes de Estado", disse Aldo.
Segundo o ministro, há também a possibilidade de a presidenta acompanhar outros chefes de Estado em partidas de suas seleções.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, ressaltou que em nenhum momento se cogitou a ausência da presidenta na abertura da Copa. Segundo ele, Dilma também estará presente na partida final, no Estádio do Maracanã.
Também participaram da coletiva a ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
Agência Brasil

Humor

Ronaldo Fenômeno está a uma frase de igualar marca de Pelé

Churrascaria Porcão - Incansável em sua busca por recordes, Ronaldo Fenômeno está prestes a superar mais uma marca histórica. "Caso solte mais uma de suas sábias palavras em público, Ronaldo alcançará a marca imbatível de Pelé", asseverou Paulo Vinícius Coelho. "Era um recorde que parecia não ter concorrentes para os próximos cem anos, mas Ronaldo é mesmo fenomenal", disse o comentarista da ESPN. "Ele criticou a organização da Copa que ajudou a organizar, disse que tem mais é que 'baixar o cacete' nos black blocs e ressaltou que 'uma Copa não se faz com hospitais'. Ou seja: Ronaldo está em ótima fase", concluiu Paulo Vinícius.

Desde ontem, o Fenômeno está concentrado no Parque São Jorge, numa suíte duplex com banheira de hidromassagem e teto espelhado, onde treina em tempo integral. "Começamos pelo módulo Vicente Matheus. Já avançamos pelas declarações de Neto, Marcelinho Carioca e Andrés Sanches", explicou o treinador Emerson Leão. "Temos certeza de que Ronaldo terminará a Copa com mais um recorde", rugiu.
Para aumentar suas probabilidades, Ronaldo prometeu acumular mais funções incompatíveis. Além de agenciar Neymar e comentar as atuações de Neymar na TV Globo, além de participar do Comitê Organizador da Copa, ser garoto-propaganda e cabo eleitoral de Aécio Neves, Ronaldo será também personal trainer de si mesmo, apontador do jogo do bicho e membro honorário do Greenpeace.
Em nota oficial, Galvão Bueno anunciou que desistiu de bater o recorde de Pelé. "Faço isso em nome do imenso carinho que tenho pelo craque Rroooonaaaaaaaaaaaaaldo", explicou.

O craque confirmou ontem sua presença na Flip deste ano, onde lançará uma Antologia Poética escrita a quatro mãos com Pelé.

by The i-piauí Herald

É a eleição - estúpido!

Nos anos oitenta, a Abril defendia a Copa no Brasil

por Rodrigo Vianna

A dica veio pelo facebook. O Blog do Silvinho encontrou o texto publicado nos anos 80, na revista Placar.

Na época, a Abril não se preocupava em municiar a mais virulenta campanha, jamais vista, contra uma Copa do Mundo.

O artigo – que reproduzimos em tamanho original ao fim deste texto - era assinado por Juca Kfouri. E vejam o que ele dizia:

“o velho argumento de que é melhor construir escolas e hospitais é falso”.

Ou: “não há um só argumento razoável para que não sejamos nós os promotores da maior festa do esporte mundial”. 

O argumento de que não podemos sediar Copa porque Educação e Saúde não funcionam tão bem é falso. Já dizia a Abril dos anos 80. Quem raciocina por conta própria sabe que não há dinheiro do Orçamento federal no estádio do Itaquerão – por exemplo. É financiamento do BNDES. Financiamento que será pago.

Mais que isso: o dinheiro gasto com estádios e outras obras (25 bilhões de reais) não representa um mês de gastos com Educação!

No entanto, o Brasil foi envenenado – durante os últimos 2 ou 3 anos – com reportagens que davam a entender: “como fazer uma Copa, se a saúde pública não funciona bem?”

O governo Dilma (por covardia ou acomodação) não fez esse debate. E o Brasil vai pra Copa com milhares de pessoas acreditando no falso argumento.
Jamais vi alguém reclamar da “Sala São Paulo” (a luxuosa sala de concertos construída no meio da crackolândia paulista, voltada para o público da música clássica). Jamais vi reportagem contestando gastos com teatros municipais frequentados só pela elite do Rio ou São Paulo.

Daqui a 20 anos, estudiosos vão-se debruçar sobre esse período, e ficará clara a campanha violenta e descabida contra um espetáculo mundial.  

Por que a Abril era capaz de trazer artigos como o de Juca nos anos 80, e às vésperas da Copa de 2014 participa da vergonhosa campanha contra o mundial? Não há dúvidas: a direita brasileira  é capaz de qualquer coisa para voltar ao poder. É capaz de arrasar com a auto-estima do povo brasileiro. E quem deveria desmontar essa farsa, e comandar esse debate pelo outro lado, omitiu-se de forma também vergonhosa. O que me espanta é que ainda tenhamos mais de 50% de apoio à Copa.

O povo brasileiro, por sua conta, resiste à campanha avassaladora. Quem quer resistir pode (e deve) ler os argumentos de Juca Kfouri, nos anos 80. Argumentos de quem tinha a chancela da família Civita para escrever o que escrevia. 
Leia outros textos de Radar da Mídia

Competência do PT

Presidente Dilma Roussef reafirma que há campanha contra a Copa e lembra de um panfleto que previu estádios apenas em 2038

do VIOMUNDO

O ex-presidente Lula disse esta noite, num encontro do Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre, que as eleições de 2014 serão uma disputa entre dois projetos. Um, que prega a inserção de todos os brasileiros na economia. Outro, que representa aqueles que sofrem do “complexo de vira-latas”, ou seja, que valorizam tudo o que vem dos Estados Unidos e da Europa.
Durante o discurso, Lula criticou a mídia, dizendo que ela não reflete o que se passou no Brasil nos últimos 11 anos.
O ex-presidente disse que a oposição tem dito que o Brasil avançou por conta do esforço pessoal dos brasileiros, não por conta das políticas públicas implantadas desde 2002.
“Por que eles não foram esforçados no governo tucano?”, disse Lula, referindo-se ao período de Fernando Henrique Cardoso entre 1994 e 2002.
Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que, se a vitória de Lula em 2002 foi a da esperança sobre o medo, na campanha de 2014 será a da verdade sobre a mentira e a desinformação.
Foi uma maneira oblíqua de criticar a campanha diuturna da mídia corporativa contra o trabalhismo e contra o seu governo.
“O Brasil soube defender como poucos paises do mundo o que interessa, o emprego e o salário dos trabalhadores”, disse Dilma, sobre o que aconteceu depois da crise econômica internacional deflagrada em 2008.
A presidente afirmou que o Brasil remou contra a corrente. Em regime democrático, só na Espanha depois de entrar na União Europeia houve uma redução da desigualdade equivalente à que aconteceu no Brasil desde 2002, lembrou Dilma.
“Todos, sem exceção, melhoraram sua renda”, acrescentou a presidente. Mas os mais pobres e as classes médias tiveram maior crescimento, aduziu. Dilma disse que o processo não se esgotou: “Todos os dados mostram que ele continua e que ele se aprofundou”.
A presidente afirmou também que os ajustes econômicos prometidos pelos tucanos costumam envolver aumento do desemprego, redução do salário e aumento dos juros.
“Eu não fui eleita nem para arrochar, nem para desempregar”, disse Dilma. “Nem para entregar o pré-sal ou para varrar a corrupção para debaixo do tapete”, acrescentou.
A presidente disse que existe uma campanha contra a Copa que, na verdade, é contra o seu governo.
Identificou a campanha com a famosa capa da revista Veja — sem mencionar o nome da revista – de maio de 2011, dizendo que os estádios da Copa, naquele ritmo de construção, só ficariam prontos em 2038.
A presidente disse que há desinformação quando se diz que a Copa está consumindo orçamento da Educação; quando se diz que há perigo de a epidemia de dengue ameaçar turistas nesta época do ano; quando se diz que não vai haver internet nos estádios; que vai haver racionamento de energia elétrica durante a Copa; ou que não haveria novos aeroportos, quando a capacidade de embarque e desembarque foi duplicada.
“Onde está tendo racionamento de água, ninguém fala”, cutucou Dilma, sobre a falta d’água em São Paulo.
Ficou claro que a presidente subiu o tom em relação à cobertura jornalística adversa, focada no negativo, da mídia corporativa.
De manhã, também em Porto Alegre, o ex-presidente Lula participou de um seminário promovido pelo diário espanhol El Pais:

“O que eu vou dizer aqui não saiu na imprensa” – Lula em seminário do El País em Porto Alegre

Jun 06, 2014
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta sexta-feira (6) no seminário “Desenvolvimento, inovação e integração regional”, promovido pelo jornal espanhol El Pais. E apontou dados positivos sobre os avanços do pais nos últimos 11 anos, e que em geral as pessoas não conhecem, pois não tem destaque na imprensa.
– “Somos hoje a 7ª economia do mundo, com um PIB que passou de US$ 550 bilhões em 2002 para mais de US$ 2 trilhões e 200 bilhões em 2013.”
– “Temos hoje 370 bilhões de dólares de reservas internacionais”
– “Apenas 9 países do G-20 conseguiram crescer acima de 2% em 2013. E o Brasil está entre eles, com uma taxa de 2,5%. Este não é um resultado desprezível, pois demonstra capacidade de resistir a uma conjuntura adversa.”
– “Nestes quase cinco anos, enquanto 62 milhões de empregos foram destruídos ao redor do mundo, segundo a OIT, o Brasil criou 10 milhões de empregos.”
– “Saímos de 107 bilhões de fluxo de comércio externo para 480 bilhões.”
– “A renda média do povo brasileiro cresceu 33%. E a dos mais pobres cresceu 70%”
– “Quantos países enfrentaram essa crise aumentando a renda e o emprego?
– “Quantos países geraram empregos como o Brasil com sindicatos e imprensa livre?”
– “Qual pais duplicou sua safra de grãos em 11 anos?”
– “Qual foi o pais que duplicou a produção de automóveis em 11 anos?”
ENERGIA E INFRA-ESTRUTURA
– “Que pais saiu de 80 mil para 120 mil megawatts de energia e construiu 30 mil quilômetros de linha de transmissão.”
– “Quantos países oferecem as oportunidades em projetos de infra-estrutura que oferece o Brasil?”
EDUCAÇÃO
– “O Brasil é o país que mais aumentou o investimento público em educação nos últimos anos, de acordo com a OCDE. O Orçamento do MEC passou de R$ 33 bilhões em 2002 para R$ 104 bilhões.
– “Saímos de 3,5 milhões de estudantes universitários, e onze anos depois, temos mais de 7 milhões de estudantes universitários. E precisamos avançar muito mais. Por isso, aprovamos o plano nacional de educação e os 75% dos royalties do pré-sal para a educação.”
O ex-presidente comparou a cobertura internacional do México, que tem sido muito elogiado e a do Brasil. E criticou o tratamento diferente dado aos dois países, não baseado na realidade dos números. “No México está tudo pior que o Brasil. E como eu quero que o México cresça também não estou dizendo isso porque quero o mal do México. Estou dizendo por que (o que sai na imprensa) é mentira.”
Leia também:


Emir Sader

Não é a Copa, imbecil, são as eleições!

A imagem do Brasil foi projetada internacionalmente nas ultimas décadas de três maneiras distintas: o Brasil da ditadura militar, o Brasil do neoliberalismo e o Brasil do Lula. O da ditadura tinha a cara do “milagre econômico” e a da repressão. Cada campo político exaltava um lado. No neoliberalismo, da mesma forma, o Brasil foi retratado de modelo que parecia se consagrar a fracasso.
O Brasil do Lula foi a imagem mais difundida do país em muito tempo. Depois de estar apagado na mídia internacional por um bom tempo, de repente, para surpresa geral, no meio da era neoliberal, o pais mais desigual do mundo passou a ser a referencia na luta contra a fome e o modelo de sucesso no combate à desigualdade. É uma imagem que incomoda muito. Antes de tudo, às hostes neoliberais, cujos princípios são negados abertamente pelo Brasil, que faz residir nessa negação exatamente o seu sucesso. E incomoda aos setores da ultra-esquerda, que já tinham cantado a “traição” do Lula e do PT, no começo do governo e tiveram que engolir a seco o sucesso popular interno e internacional do Brasil.
Desde o ano passado, foi se desatando uma gigantesca campanha internacional contra o Brasil, que busca desconstruir esse Brasil que incomoda a esses setores. Tratou-se de dizer que, com as manifestações de junho do ano passado, ruía todo o castelo construído no Brasil. Não poucos – da direita à ultra-esquerda, aqui e lá fora – se valeram da palavra “farsa”, como se tudo o que acontece no Brasil desde 2003 fosse uma montagem, que finalmente se desmontava. Houve até quem prognosticasse que o país entrava numa “fase de rebeliões”, fazendo dos seus desejos realidade. Coisas presas na garganta vieram pra fora sem nenhuma auto-censura, acreditando que a realidade era redutível às suas palavras.
A persa de apoio do governo incentivou a oposição a acreditar que “o ciclo do PT havia terminado”, levando forças da própria base de apoio do governo a acreditarem que sua hora havia chegado. Puseram seus melhores ternos e foram para a janela a ver passar o féretro do governo.
14.06.05_Emir Sader_Não é a Copa são as eleições
Contam esses com a formidável maquinaria neoliberal global, que tem no The Economist, no Financial Times, no The Wall Street Journal, no El Pais, suas vozes cantantes. Junto com a anunciada – e nunca cumprida – desaceleração da economia chinesa, agregaram uma suposta recessão dos Brics a uma também imaginária recuperação dos países do centro do capitalismo. Tudo contra todas as evidencias, que os desmentem em números, todos os meses.
Faz parte dessa contra-ofensiva da direita a campanha orquestrada contra o Brasil. Para não citar a cascata de calúnias e mentiras – que incluíam desde o assassinato de crianças em Fortaleza e uma greve geral de todas as polícias estaduais –, basta recordar que o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha classificou o Brasil como “pais de alto risco”, categoria usada para países com conflagração armada, com insegurança total, como Nigéria, Sudão, Ucrânia.
Nada fez com que diminuísse a procura de pacotes para a vinda ao Brasil, nem na Alemanha, nem na França como atestou o Veríssimo de Paris, depois de alinhar algumas das barbaridades que falam do Brasil por lá.
É uma ofensiva intencionada, pelo que o Brasil do Lula os incomoda. Aqui dentro, com a Copa coincidindo com as eleições, a mídia – mais do que nuncaassumida direção partidária da oposição – se joga inteiramente nas denuncias sobre a Copa e no eco desmesurado de qualquer mobilização que, de alguma forma, possa aparecer ligada à Copa, na expectativa de que possam desgastar a candidatura da Dilma.
Se valem de manifestações de distintos setores, algumas deles em que alguns, de forma oportunista, buscam os holofotes da mídia nacional e internacional, para gerar uma imagem de descontrole social. Contam com a mídia internacional afoita de notícias sensacionais e com a operação política global da direita contra o Brasil.
Não fosse ano eleitoral e a circunstancia de que a direita deve ter sua quarta derrota consecutiva, a mídia não estaria tão assanhada assim. Não estaria – até as eleições, claro – dando cobertura e sobredimensionando qualquer manifestação existente ou por haver. Afinal, no marco geral de diminuição sistemática das tiragens e da audiência, a Copa seria um bom tema para diminuir esse ritmo de queda.
Mas, não é a Copa, imbecil! É a eleição presidencial. É a perspectiva provável de reeleição da Dilma, ainda mais com a possibilidade de um retorno do Lula em 2018. Isto é o que produz o desespero da direita nacional e dos seus aliados internacionais. Não olhem para o dedo que aponta a lua, olhem para a lua. A questão política central este ano não é a Copa, são as eleições.
Publicado originalmente no Blog da Boitempo

O Brasil melhor e hexa

Sim senhor!

O site dos Brasinhas está aí desde dezembro, publicando tirinhas todas as terças e sextas-feiras. Nesses primeiros seis meses, a média mensal era de pouco mais de 2.500 visualizações. Maio, atingiu 3.800. Uma frequência ainda bem modesta. Agora em junho, nos cinco primeiro dias, já são mais de 4.000 e crescendo rapidamente. O Facebook aponta centenas de compartilhamentos. Além do destaque no blog do Nassif, o mais importante nacionalmente, e de estar na primeira página do iG hoje. Esse estouro deu-se a partir de uma tirinha que faz piada com o mau humor com a Copa 2014. O que explica esse repentino fenômeno?
O brasileiro está com o grito de gol entalado na garganta. Ele quer aproveitar a festa, torcer pelo país e, quem sabe, comemorar o hexa. Entretanto, a pesada campanha política protagonizada pela mídia nos deixou com vergonha de ser brasileiro: um povo festivo, amante do futebol, sem significar alienação.
E a tirinha conseguiu se comunicar com essas pessoas. Os diversos perfis que curtiram e compartilharam a piada geraram o debate dentro da sua time-line entre seus amigos. O sentimento que aflora é que dá pra torcer sem vergonha, e sem abstrair a consciência política.
Cada um pode defender o candidato que preferir. Mas todos querem juntos um Brasil melhor. Torcer por isso, não significa ser conivente com nada. Significa que a gente tem esperança, e quem a tem sabe que pode construir algo melhor. Façamos isso juntos, com a taça do hexa!

Ministério Público do Trabalho carioca quer aparecer na Globo

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) entrou com ação civil pública pedindo que todos os selecionados para o programa de trabalho voluntário da Copa do Mundo sejam contratados com Carteira de Trabalho assinada. Esse tipo de atividade é comum em megaeventos, como a Copa e as Olimpíadas.
O MPT também pede que o Comitê Organizador Local pague R$ 20 milhões de indenização por dano moral coletivo. A ação está na 59ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
Para a procuradora do Trabalho Carina Rodrigues Bicalho, que entrou com a ação, a Fifa pretende atingir "lucros astronômicos", o que afasta a possibilidade de usar trabalho voluntário, como previsto na Lei 9.608/1998, que regula esse tipo de serviço no país.
"Essa modalidade de prestação de trabalho somente é lícita se o tomador de serviços for entidade pública ou associação com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade, e que essa associação não obtenha lucro a partir do trabalho prestado", diz a ação.
A procuradora argumenta que o princípio básico do ordenamento jurídico trabalhista diz que o trabalho remunerado é a regra e o voluntariado só pode ser exercido em casos excepcionais.
O programa da Fifa selecionou 14 mil voluntários para trabalhar nas 12 cidades-sede. Eles deverão ficar à disposição da entidade por pelo menos 20 dias, com turno diário de até dez horas. Mais de 152 mil pessoas se inscreveram para participar do programa, mais do que o dobro da Copa da África do Sul, em 2010, quando 70 mil se inscreveram, e mais do que o triplo da Copa da Alemanha, em 2006, que teve 45 mil candidatos ao trabalho voluntário.
A Agência Brasil entrou em contato com o Comitê Organizador Local, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.
Publicado originalmente na Agência Brasil por Akemi Natahara

Shakira, Copa e glamourização

Um dos jeitos de aproveitar os tempos de Copa do Mundo é observar de perto o processo de glamourização do futebol. Esse clipe novo da Shakira eu acho que é um bom exemplo disso. A gente vê e dá vontade de sair jogando e “consumindo” futebol.
E nem falo com uma intenção de xingar o futebol e a Copa (ainda que eu veja como mais danoso do que benéfico), mas de sacar esse processo mais ou menos sutil que já vem acontecendo o tempo todo.
Ninguém só fuma, casa, joga futebol ou vai pra guerra. Cada engajamento nosso vem sempre acompanhado de seu respectivo “mundo de Marlboro” — são motivados também por algum tipo de encantamento estético e construção narrativa.
Enfim, vamos sendo cooptados pelo processo de glamourização da guerra, do heroísmo, da bebida, do cigarro, do consumo, do amor romântico, da ironia, da identificação por gênero, da posição política, da orientação sexual, da profissão, da religião, da família, da infância, da natureza, da ciência, da militância… A lista é infinita.
Xingar é até OK, mas acho que desenvolver um mínimo de clareza sobre isso é melhor. Até porque, se formos só xingar, o trabalho não vai acabar nunca.
Intencionalmente não linkei o clipe da Shakira porque na minha visão ele não vale seu tempo e é possível entender o texto sem vê-lo. Pra entender melhor essa decisão, recomendo os artigos:
Nota dos editores: esse é um post despretensioso, um formato rápido com o qual pretendemos experimentar para compartilhar com vocês ideias e recomendações que valem sua atenção.
Fábio Rodrigues

Trabalha em espaços de aprendizado sobre como melhorar a vida e as relações, como ter melhor equilíbrio emocional e encontrar uma felicidade mais genuína – sem oba-oba, com o pé no chão da vida cotidiana. Coordenador do lugar e do CEBB Joinville, professor do programa Cultivating Emotional Balancedesenhista e professor de desenho, baixista na bandaVacine, pai do Pedro | www.fabiorodrigues.org

O legado da Copa, por Edmar Lima Melo

Nenhum legado é da Copa
Diz Dilma em inauguração
Pois nesse caso o legado
É só da população
Não se faz aeroportos
Arena, transporte e portos
Do tipo FIFA padrão.

Aqui no meu Ceará
Está tudo preparado
Com obras da nossa arena
Bem abaixo do orçado
A mobilidade urbana
Tá uma coisa bacana
Pra jogos com feriado.

Vamos rumo a esse hexa
Mostrar que o trauma acabou
Que da Copa de cinquenta
Tudo de ruim passou
Somos o penta do mundo
E o sentimento no fundo
É que a gente já ganhou.

Complexo de vira lata
Nossa Seleção não tem
E nessa Copa do Mundo
Não vai ter para ninguém
Vamos ganhar da Espanha
Da Itália e da Alemanha
E da Argentina também.

Nesta Copa vamos ter
O Messi contra o Neymar
Nessa luta de gigantes
Vamos ver quem vai brilhar
Mas vendo por outro lado
Tem Cristiano Ronaldo
Que pode os dois superar.

Só que Neymar tem a Bruna
Como se diz “É o amor”
E isso em Copa do Mundo
É melhor que torcedor
Qualquer um apaixonado
Com sua amada de lado
Vira um goleador.

Vou torcer pela seleção, Ciro Gomes

Uma parcela da nossa elite pensa que o povo é imbecil e vai esquecer os problemas do dia-a-dia se o Brasil vencer a Copa


Em 1970, ditadura braba, quem conta é meu amigo Fernando Gabeira, os exilados brasileiros se reuniram para decidir torcer contra a Seleção Brasileira. A tese era de que a vitória do Brasil na Copa fortaleceria o regime então pilotado por Emílio Garrastazu Médici. Diante da televisão, o charme encantador da melhor seleção de futebol jamais reunida instalou, porém, nos gestos de nossos valorosos resistentes uma coisa completamente humana. Acabaram, ao menos em boa parte, vibrando com a Seleção de Gerson, Tostão, Jairzinho, Pelé, Rivelino e sua escola de pura arte e engenho brasileiros.
Tal me vem à lembrança ao assistir, em plena democracia, uma onda de rancor, quando não de fascismo puro (“não vai ter Copa”, afirma não sei quem, nem com qual legitimidade, esse ovinho ridículo da serpente fascistoide que quer nascer entre alguns jovens brasileiros).
A Copa do Mundo é só um torneio esportivo. Trata-se, no entanto, do mais popular e em um esporte no qual nossos atletas mantêm um globalmente reconhecido protagonismo. Nas eleições de 1974, as primeiras eleições gerais depois do tricampeonato, a ditadura levou uma sonoríssima surra eleitoral. E, ouso afirmar, começou ali o seu desmonte.
Certa fração da elite brasileira supõe que nosso povo é imbecil e vai esquecer de seu drama cotidiano dentro dos ônibus, cercado pelo medo da violência que assola o País, assustado com a possibilidade de precisar da rede de saúde pública e, talvez pior, estupefato com o escárnio diário refletido nas notícias malcheirosas da roubalheira generalizada e impune. E o faria apenas porque, na melhor hipótese, podemos superar Alemanha, Espanha, Argentina, Itália, e correndo por fora o Uruguai, favoritos ao lado do Brasil ao título.
Para mim, nenhum político deixará de ser reconhecido como pilantra e incompetente se o Brasil ganhar e nenhum dos decentes e comprometidos com a sorte popular, e sei que os há, deixará de sê-lo se o Brasil perder.
Por essas iminências do início do torneio, o que mais tem me chamado a atenção é a ameaça de violência, o oportunismo de atrelar ao contexto do evento toda e qualquer reivindicação, a maior parte muito legítima, outras nem de longe, e, indisfarçavelmente, as conveniências eleitorais despudoradas, como se Aécio Neves e Eduardo Campos não estivessem tão comprometidos com a Copa da Fifa quanto Dilma Rousseff e Lula. Cada um deles lutou o que pode para atrair a Copa para o Brasil e para os seus estados, gastaram dinheiro público com estádios e obras complementares. Fizeram propaganda de suas façanhas em abrigar os jogos nas suas cercanias hereditárias.
Até aí tudo bem. No Bar Brasil, como em todo boteco que se preze, o freguês sempre tem razão, pouco importa sua coerência ou motivação. Mas e as mediações da sociedade civil que nos devem proteger das manipulações politiqueiras ou dos lobbies e interesses minoritários de grupos de pressão? Vão se acuar? Vão se omitir? Vão desertar de seu dever cívico (eita, agora me senti um dinossauro)?
Por que o povo brasileiro está convencido de que todos os estádios foram escandalosamente superfaturados, enquanto não se têm recursos para graves essencialidades do nosso viver cotidiano? Porque esta é a tese despolitizada que adotou nossa grande mídia e ninguém (que eu tenha visto) a contestou. E essa tese da podridão geral é perfeita apenas para os podres. Pois, de um lado, deixa impunes aqueles que malversaram o precioso tostão público e claramente os há. Mais grave, porém: joga na vala comum os que se comportam.
Um único jornalista – Juca Kfouri, não por acaso o mais severo e crítico de nossos cronistas esportivos – registrou, e assim mesmo em seu blog, o fato de o estádio mais barato por assento das últimas quatro Copas ter sido executado pelo Brasil, no estado do Ceará.
Imprensa a favor, Brecht ensinou, é publicidade. Mas por que produzir generalizações mentirosas e negativas? Por que um esforço para sujar a imagem do Brasil no exterior neste momento? Ou alguém pensa que a África do Sul não tem violência, miséria, maus-tratos na saúde pública e corrupção?
Em resumo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Vou continuar na luta contra as mazelas graves do nosso país, mas vou fazer o que estiver ao meu alcance para torcer pelo Brasil. Que se faça um bom trabalho neste torneio. Em casa, vou torcer apaixonadamente pela nossa Seleção.
by Ciro Gomes

Copa 2014

O que mais me impressiona é tanta gente enfeitando rua, mesmo sabendo que não vai ter Copa...
Loucos!!!

Frase do dia

Os aeroportos não tem padrão Fifa...
Tem padrão Brasil.
Não estamos fazendo aeroportos só para Copa, só para Fifa.
Estamos fazendo aeroportos para os brasileiros!"

É esse o País da Copa?

Fui hoje pela manhã ao supermercado Extra pagar uns boletos bancários. Aproveitei e fui à lanchonete, onde costuma ser servido um café da manhã regional. Mas mesmo já passando das oito horas da manhã, os empregados do Extra, um dos patrocinadores oficiais da seleção brasileira de futebol, não tinham se dignado de colocar os produtos do café da manhã para que os clientes pudessem se servir. As bandejas estavam vazias.
Absurdo dos absurdos.
Eu pergunto: 
  • É esse o país da Copa? 
  • Onde nós vamos parar? 
  • E o Governo Dilma, que não vê uma coisa dessa?

Tem gente que acha graça somente porque não foi com eles! Eu quero saber como um país desse pode organizar uma Copa do Mundo? Como? Como?
Como se não bastasse, eu ainda me deparo com a seguinte notícia dada pelo jornal O Globo: 
"$urreal: castelo na Espanha pelo preço de cobertura na Zona Sul do Rio."
Para não dizer que é mentira minha, eis o link da notícia: http://oglobo.globo.com/economia/um-lar-com-direito-fosso-muralha-12613898
Aí sim é que depõe mesmo contra o país da Copa!! 
Como pode um CASTELO NA ESPANHA custar O MESMO PREÇO de um APARTAMENTO DE COBERTURA NA ZONA SUL DO RIO??? ABSURDOOOOO!
Se esse é o preço AGORA, imagina NA COPA!! Lamentável!
E eu preocupado com o meu mero café da manhã regional, tsc tsc tsc.