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Dilma - Lula será conselheiro

E para os babacas que insistem em dizer que a Muié é um "poste", conheçam um pouco da ideias dele...

Dilma Rousseff, disse ontem que pretende, se eleita, ter Luiz Inácio Lula da Silva a seu lado como conselheiro e condutor das reformas tributária e política. 
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, a petista fez questão de pontuar as diferenças com seus adversários tucanos e rebatêlos, mas chegou a reconhecer a possibilidade de uma aproximação com o PSDB, caso a sigla deixe de ser uma “oposição raivosa” e com pretenção de “destabilização do governo”.
— Vou querer que o presidente me ajude a aprovar reformas importantes, que participe com seus conselhos — disse, afirmando que Lula terá discernimento para não fazer qualquer “interferência”.
— Nos últimos cinco anos e meio, coordenei todos os programas do governo Lula, que tem 76% de aprovação. Concordo, eu não tenho experiência eleitoral. Penso se isso não é uma vantagem em um quadro em que existe tanto desgaste da atuação política.
A presidenciável não foi muito receptiva à sugestão de uma “aproximação com o PSDB”, mas não rejeitou a hipótese.
— Se a oposição não for raivosa, nem uma oposição que de uma forma ou de outra queira desestabilizar o governo, acho que se pode governar com todos os partidos, se quiserem. Mas não se pode impor isso, porque vivemos numa democracia.
Em diversos momentos, Dilma fez questão de ressaltar a diferença entre o governo Lula e seu antecessor, e assumiu novamente o adjetivo “afunhanhado” para descrever a “situação de estagnação, desemprego e desigualdade”.
Mas chegou a esboçar um reconhecimento à atuação da gestão FHC, sem citá-lo, sobre o controle infacionário.
— Acredito que temos diferenças. Mas entendo o imenso esforço feito para sair da inflação.
Sobre propostas do PT, como o imposto sobre grandes fortunas, afirmou: 
— Essa é uma questão que, para ser aprovada no Brasil, demandaria uma imensa energia política. Estamos em uma fase muito importante de aumento da competitividade. Nesse momento, vamos ter que falar sobretudo de redução de impostos sobre investimento.
A petista também negou que o “controle social da mídia” seja uma proposta de limitação da liberdade de imprensa.
— A liberdade de imprensa não tem que ter controle nenhum.

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Um dos motivos para elegermos Dilma é...

Um dos principais motivos para a vitória da Dilma em outubro é este:
Isto faz a oposição ficar assim:
Sem discurso.

Até tu DEM ?

Tucademos passaram mais de 7 anos criticando o Bolsa Família. 


Este ano perceberam que criticar o programa era dar um tiro na própria cabeça, e mudaram completamente o discurso


Pensam que vamos acreditar na conversão rsss.


Veja (abaixo) propostas que o DEM apresentou para o Bolsa Família:

  1.  O Bolsa Família será pago de forma continuada para quem conseguir emprego por um período de seis meses. 
  2. Se o trabalhador (antes usuário do Bolsa Família) perder o emprego terá direito imediatamente ao Bolsa Família. 
  3. Manter o aumento anual do valor da Bolsa Família segundo a inflação para o valor do Bolsa Família. 
  4. Garantir um aumento de 10% para os pais que estiverem estudando de forma continuada. 
  5. Pagar um bônus de R$ 500,00 para cada filho que terminar o ensino fundamental. 
  6. Pagar um bônus de R$ 1.000,00 para cada filho que terminar o ensino médio. 
  7. Agregar R$ 25,00 ao valor da Bolsa para cada pessoa que estiver fazendo um curso profissionalizante.
  8. Implantar o Projeto Agenda Família nas 500 cidades mais pobres do Brasil em 2011 e ir progressivamente atingindo todas as demais cidades até 2014.
  9. Todas as famílias do Programa deverão ser visitadas pelo menos 1 vez por ano por equipe social.
Como podem ver todas boas sugestões. 

O problema para os demotucanos é que deveriam ter feito isso muito antes, não agora em cima da eleição.

Todos percebem que o objetivo deles é pegar carona na boa imagem que o programa deu ao governo.

A oposição perdeu tempo demais criticando e apostando no quanto pior melhor.

Agora é tarde.

As pesquisas estão mostrando qual será o caminho que vamos seguir...Dilmaaaa!!!

Serra - O animal ferido

comentário de Marcio Flizikowski no post Fim do Serra paz e amor? 
A biruta de aeroporto que se transformou a campanha de Serra se explica facilmente pelo fato de que ele não perderá apenas a eleição, mas perderá poder dentro do seu partido. De principal líder 'natural' dos tucanos, Serra passará para uma situação pior que a de FHC, que hoje é esquecido mas ainda ostenta o título de ex-presidente. Serra será apenas ex-presidenciável.
Dentro dessa lógica, correntes paralelas ao de Serra dentro do ninho tucano, começam a se manifestar. Aécio Neves prepara sua cama para a eleição de 2014. Com ele, avançam outras novas lideranças tucanas como o prefeito de Curitiba, Beto Richa.
Serra tentou primeiro criticar Lula. Não funcionou.
Depois tentou se apresentar como o avanço de Lula. Não colou.
Agora, tenta desqualificar Dilma. Não está funcionando.
Encurralado, o animal ferido parte com tudo para o ataque. É uma questão de vida. No caso de Serra, é uma questão de vida política. Se perder a eleição, estará quase morto dentro do PSDB.
A partir de agora Serra deve adotar a postura de verdadeira guerra.
Minha opinião? É que essa postura levará Dilma a ampliar cada vez mais sua vantagem, concluindo com vitória ainda no primeiro turno e possivelmente, uma vitória estrondosa.

África do Sul terá projeção do 1° jogo de futebol em resolução 4K do mundo

A mídia brasileira tem todos os dias um enorme esforço para manter esquentado o assunto Copa do Mundo. 


Tome reportagens sem criatividade para ocupar espaço nos jornais e nos telejornais. 


Mesmo com tanta fome por assuntos, nada ainda foi publicado de um projeto pioneiro da tecnologia brasileira, que está sendo apresentado em Joanesburgo. 


É o projeto 2014k, que prevê filmagem e exibição dos jogos da próxima Copa usando o padrão 4k em 3D. 


O motivo é ser projeto financiado pelo governo Lula. Continua>>>

Que Brasil é este dos 5% do contra?

O tema do Balaio vale uma pesquisa em profundidade, uma tese acadêmica ou mesmo uma capa de revista: que Brasil é este dos 5%?
Entra pesquisa, sai pesquisa, eles estão sempre lá do mesmo tamanho. São os que consideram o governo Lula ruim ou péssimo. A aprovação do presidente e do governo pode variar entre 70 e 80%, conforme o instituto, os restantes ficam na categoria regular e, invariavelmente, temos os 5% de insatisfeitos com os rumos do país, tanto faz o que esteja acontecendo naquele momento de bom ou ruim.
Quem são eles, onde vivem, o que fazem, o que pensam? Já que ninguém se atreve a investigá-los, disponho-me aqui a encontrar algumas respostas sobre o perfil deste minoritário, mas sólido contingente de brasileiros que não mudam de opinião, mesmo remando contra a maré.
Mais do que um posicionamento político-partidário ou mesmo ideológico, como à primeira vista indicam as pesquisas, creio que se trata de um fenômeno psíquico, algo mais ligado aos sentimentos do que à razão, ao comportamento humano de um núcleo duro que é do contra porque é do contra, quaisquer que sejam suas motivações.
Em termos absolutos, estes 5% representam mais ou menos 9 milhões de brasileiros, o mesmo universo dos que lêem habitualmente jornais e revistas da grande mídia, o que pode representar uma primeira pista para entendermos seu pensamento.
Noto isto pelos comentários dos leitores publicados aqui no Balaio. Qualquer que seja o assunto, política, futebol, literatura, música, cinema, observações de viagem, mulheres bonitas, praias, botecos ou buracos de rua, sempre aparecem os mesmos comentaristas, escrevendo as mesmas coisas, com os mesmos argumentos: nada funciona, ninguém presta, tudo está ruim, a vida não vale a pena.
Confundem o país com o governo, a vida real com o noticiário do poder, ao reproduzir o que lêem nas manchetes e nos editoriais dos grandes veículos, nos blogs da Veja.com, nas colunas de O Globo ou ouvem dos comentaristas da CBN e da Jovem Pan. Se você fala bem de alguma coisa acontecendo no país, logo te chamam de vendido, chapa-branca, idiota.
Não importa o assunto. Nas viagens pelo Brasil que fiz nas últimas semanas, falei da minha alegria em revisitar as cidades de Teresina e Rio de Janeiro, que me encantaram por algumas características que tornam a vida dos seus moradores mais agradável, mesmo com todos os problemas de qualquer capital, grande ou pequena.
A grande maioria dos leitores destes dois lugares gostou do que escrevi, até me agradeceu por falar bem destas cidades que normalmente só aparecem no noticiário pelo lado negativo, dando-se mais destaque às suas mazelas do que aos seus encantos.
Mas lá estavam também os 5% de sempre, que me esculhambaram por elogiar a cidade onde vivem, dizendo que eu não vi nada, que a vida ali é um inferno, que não existe nada de bom, que só pensam em ir embora de lá.
Teresina é administrada pelo PSDB e, o Rio, pelo PMDB, em aliança com o PT, o que me prova não se tratar de implicância partidária, mas de um estado de espírito.
Como não posso pedir ajuda aos universitários, apelo aos leitores para que juntos encontremos outras respostas capazes de explicar que Brasil é este dos 5%. Ou será que vivemos em países diferentes?

Investimentos federais até abril passaram de R$ 12 bi


O Governo Lula investiu R$ 12,8 bilhões nos primeiros quatro meses de 2010 – quase 90% do que no primeiro quadrimestre do ano passado, informou ontem o Tesouro Nacional. 
Só em obras do Programa de Aceleração do Crescimento -PAC- os investimentos alcançaram mais de R$ 5,3 bilhões, superando em 108% o total investido de janeiro a abril de 2009.

Investimento público em relação ao PIB é o maior em 15 anos


Serra enxerga o algueiro no olho do governo Lula/PT e não enxerga a trave do governo FHC/PSDB do qual ele participou.

Ele disse ontem na CNI: " Somos o penúltimo país na taxa de investimento governamental. Só perdemos para o Turcomenistão." ...

Aí vem oIPEA e mostra o retrato. Confiram abaixo:

 UOL 

Em 2009, o investimento do setor público brasileiro em relação ao PIB bateu recorde dos últimos 15 anos, segundo levantamento apresentado nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo federal.

No ano passado, o investimento público atingiu 4,38% do PIB (Produto Interno Bruto, o total das riquezas produzidas no país). Em dinheiro, isso representou R$ 137,4 bilhões.
Esses números incluem os investimentos feitos pelas empresas estatais. Normalmente, esses cálculos consideram somente o desembolso da União, mas o Ipea defende a soma de outros elementos.
“O mais correto seria levar em consideração também os investimentos das empresas estatais (sobretudo federais). Não menos importantes são as transferências de recursos da União para estados e municípios destinadas à realização de obras públicas”, destaca o estudo distribuído pelo Ipea.
O levantamento do Ipea para o cálculo do investimento do setor público considerou o investimento empenhado e liquidado no exercício, adicionado dos restos a pagar liquidados no exercício.
Para o item investimentos da União, foram utilizados apenas os investimentos realizados diretamente pelas instituições federais, excluindo-se as transferências a Estados e municípios.
Foram classificados como investimentos dos Estados e municípios os realizados diretamente por esses entes da Federação, inclusive aqueles em que foram utilizados recursos originários da União (transferências da União).
O peso das estatais federais no volume total de investimentos do governo tem se acentuado desde 2004/2005, segundo o Ipea, chegando proximo de 2% do PIB. Em 2003 as estatais federais investiram R$ 18,7 bilhões, enquanto em 2009 foi alcançada a cifra de R$ 59,8 bilhões.
A participação de Estados e municípios assume uma importância expressiva também a partir de 2004/2005. Em 2003, Estados e municípios investiram R$ 22.992 milhões, tendo evoluído para R$ 57.719 milhões em 2009, incluindo-se nesse montante as transferências federais.

Cesar Maia - OPOSIÇÃO DEVE JOGAR 'GO' E NUNCA 'XADREZ'!

                
1. O jogo de Xadrez, da forma que o conhecemos, nasceu na segunda metade do século XV e coincide com o Renascimento e Maquiavel. É um jogo ocidental que parte da ideia da guerra como um confronto entre dois exércitos, cara a cara. Ali estão a infantaria, a cavalaria, a artilharia, a Igreja, e o Rei e a Rainha. O jogo começa com o tabuleiro completo, com todas as peças. E termina com o tabuleiro vazio, com poucas peças e um rei cercado, sem movimento.
                  
2. O jogo de GO originou-se na China no século VI antes de Cristo. É o inverso do Xadrez. O tabuleiro é semelhante ao do Xadrez, mas com mais casas. O jogo começa com o tabuleiro vazio e os exércitos estão fora do mesmo. As pequenas peças são redondas e iguais, e vão sendo colocadas uma a uma no vértice dos quadrados (casas). Quando peças coladas cercam peças do adversário, é como se um batalhão ou milícia ou guerrilha, tivesse eliminado o outro.
                  
3. Num processo eleitoral, quem governa, quer jogar Xadrez. Quer confrontar o "exército" adversário com o seu. Com regras definidas. E joga com as brancas, ou seja, tem a iniciativa. Provoca com seus peões, abre espaços para ataques com as outras peças. Quer que o adversário venha a campo aberto e confronte. Isso independe se o governo é mais ou menos forte. Tendo a máquina, quer o confronto. Algumas vezes, quando se sente muito poderoso, se posiciona e provoca o adversário para que este venha a seu campo e o confronte.
                  
4. A oposição deve sempre escolher  jogar o GO. Era o jogo preferido do general Sun Tzu (Arte da Guerra, 500 anos a.C.). O governo quer guerra de posição. A oposição deve preferir a guerra de movimento. Pode ensinar muito as oposições nos Estados e no Brasil, em 2010. Um princípio de Sun Tzu: "vencer primeiro e lutar depois". Ou seja, a eleição se ganha na estratégia e no conhecimento profundo de si e de seu adversário. Conhecimento permanente e dinâmico, e com infiltrações e contra-informação.
                  
5. Não movimente seu exército. Movimente grupos menores. De preferência milícias ou guerrilhas políticas. Nunca faça ataques diretos. Prefira os indiretos. Faça ruído para o governo pensar que você vai atacar onde não vai. No nível nacional e estadual (em oposição), a oposição deve jogar GO em suas campanhas. Nunca Xadrez. Na eleição de Presidente, isso é decisivo.

PTB mama em todas as tetas

Qual é a lógica? PTB é da base aliada, assume responsabilidades no governo federal e vai apoiar candidato da oposição...

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá....

Independência ‘formal’ do BC pode causar problemas, diz Dilma

Dilma defendeu hoje em Nova Yorque a autonomia operacional do Banco Central. 


Respondendo a perguntas de investidores, ela disse que a medida garante a estabilidade macroeconômica do Brasil. 


No entanto, frisou que um projeto dando independência formal ao BC poderia gerar enfrentamento político entre governo e oposição.

Mercadante e o governo Lula Parte II

Na sequência, a segunda parte da entrevista que o senador Aloizio Mercadante, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, deu à CartaCapital dia 10 de maio último. A primeira parte foi publicada aqui nesta quinta-feira 13 e você pode lê-la clicando aqui.
A terceira e última parte da entrevista irá ao ar na segunda-feira 17.
A Celso Marcondes 
CartaCapital: E aquela polêmica a respeito dos números que Dilma usou sobre as operações da Polícia Federal?
AM
: Eu terminei um livro com um balanço do governo Lula. 1012 é (o número de operações da PF) que está no livro, eu terminei o livro com um balanço até 2009. Quando a Dilma me ligou, eu disse que era mais, imediatamente nós repassamos e eram 1060. No meu livro está assim: 20 operações de 2000 a 2002 do Fernando Henrique Cardoso. Eram 183 operações nos primeiros três anos do governo Lula, agora são 1060. Isso está disponibilizado no site da Polícia Federal inclusive, uma parte anterior do governo do Fernando Henrique Cardoso, se você olhar relatórios encontra lá as operações que foram feitas. É inquestionável. Nós aumentamos em 47% a verba da Receita Federal, aumentamos o efetivo, demos liberdade para adequação, investimos na inteligência policial, na polícia científica e os resultados apareceram também no combate à corrupção hoje muito mais eficiente. Uma transparência muito maior no País.

Objetivamente, o comportamento histórico deles e das principais lideranças não é compatível com esse discurso. Agora, se esse discurso é verdadeiramente uma inflexão, e eles pensam isso, se até quem sempre criticou o Lula, agora elogia o Lula, então vamos votar em quem o Lula elogia, vamos votar na Dilma.
E se esse governo é tão bom como eles dizem, então ele tem que continuar, deixar a Dilma trabalhar.
CC: Mas o senhor acha que a identificação da Dilma com o Lula já está clara para a maioria da população?
AM
: A minha visão, é que essas coisas só vão ficar claras a partir de agosto, quando a televisão for para o ar. A Dilma vai ter quase metade do tempo de televisão da campanha, nunca tivemos isso. Em 2002 nós tínhamos 21% e o Serra tinha 47% do tempo de televisão, agora vai inverter, ele vai ter em torno de 26%, 27% e a Dilma deve ter em torno de 50% do tempo de televisão. Nós vamos poder mostrar uma coisa que o Brasil sente. 75% dos brasileiros apoia o governo Lula, porque o País cresce, tem estabilidade, foi precavido em relação à crise; nós somos hoje o segundo maior produtor e exportador de alimentos do mundo, a safra agrícola é recorde este ano, com149 milhões de toneladas, o pré-sal aponta uma perspectiva fantástica para a economia brasileira.

Nós criamos um mercado interno de massa, que é o que faz o Brasil crescer hoje, porque a Europa está mal, o Japão e os EUA continuam com dificuldades e o Brasil retomou um crescimento de mais de 7% nesse primeiro trimestre.
Então, meu livro vai contar isso detalhadamente, é um balanço do governo, o prefácio é do Lula. Chama-se “O Brasil, a Construção Retomada”. Acho que vai ser um bom momento para o debate político.

Eu usei a “construção retomada” dialogando com “o Brasil construção interrompida”, do Celso Furtado. Eu publico uma carta em que ele me mandou em 2002, aonde ele dizia a angústia que sentia em relação ao período neoliberal, as dificuldades do país, ele achava que ia ser muito difícil dar um salto histórico, mas achava que era possível, que as nossas propostas caminhavam nesta direção. Ele não viveu para ver, mas a gente retomou a construção da nação.
CC: E dá para adiantar para nós a questão central que aborda no livro?
AM
: Eu acho que vai dar uma bela discussão, falo sobre como foi colocar o social como eixo estruturante do econômico e criar um mercado de consumo de massa, que era nosso projeto desde a origem. Porque nós fizemos a “Carta ao Povo Brasileiro” para fazer uma transição, na medida em que nossa margem de manobra era muito pequena quando nós chegamos.

A crise cambial, a taxa de juros estava em torno de 27,5%, a inflação estava em 17%, então se precisava de uma política de transição, para criar condições, acúmulo de forças, governabilidade, para implantar um modelo onde o social fosse o eixo estruturante do econômico, porque esse que é o novo desenvolvimentismo que o Lula trouxe: o protagonismo internacional do Brasil, a liderança dos países em desenvolvimento, a integração regional da América do Sul. Foi um trabalho que me deu muito orgulho de ter participado como líder do governo.

Esse balanço do governo Lula é muito importante para a disputa em São Paulo. Eles estão aqui no governo há 27 anos, 16 anos com o PSDB, o Alckmin foi governador por 12 anos, seis anos governador, seis anos vice-governador, e mais um ano e quatro meses como secretário de governo. Então, eu não posso comparar um governo que eu não fiz com um governo em que eles estão tanto tempo se alternando. Eu posso comparar o governo que nós fizemos no Brasil, com o governo que eles fizeram no Brasil e posso destacar o que do governo Lula nós fizemos em São Paulo.
CC: No debate do Sérgio Guerra com o José Eduardo Dutra (presidentes do PSDB e do PT) Guerra insistiu que o governo Lula era uma continuação da política econômica e dos programas sociais do governo Fernando Henrique, que Lula não fez outra coisa senão adaptar tanto a política econômica quanto os programas sociais.
AM
: Evidente que, primeiro, a política externa é outra. O Serra disse que acha o Mercosul um desastre e nós investimos muito na integração. Nossas exportações para o Mercosul cresceram duas vezes mais, que as nossas exportações para o resto da economia mundial. Investimos na integração regional, isso ajudou no protagonismo internacional do país. Investimos em sair da ALCA, por uma política de articular os países em desenvolvimento e recolocá-los em uma agenda global. Não nos acomodamos com o papel subalterno, secundário em relação ao G-20, nós implodimos o G-8 e criamos o G- 20.

Nessa crise o Brasil presidiu o G-20 no momento da sua constituição, nós tivemos uma liderança inquestionável em Copenhague na agenda ambiental. E o presidente Lula é o presidente que mais vezes viajou à África, à Ásia, que mais viajou para a América Latina. Nós construímos realmente uma grande liderança internacional, que o mundo hoje aplaude e reconhece. Diferente da agenda de uma inserção subalterna que era o projeto deles.
O Cavallo (Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia da Argentina nos governos Menem e Fernando de la Rúa) também dizia que o Mercosul era um projeto que tinha que ter uma relação carnal com os EUA e nós fizemos uma outra construção histórica cujo resultado, na balança comercial e nas contas externas do país, foi exuberante.
CC: E quais as diferenças sobre o papel do Estado, tema que deve também ocupar um espaço importante na campanha?
AM
: Nós retomamos o estado planejador, o estado protagonista, nós fortalecemos as empresas estatais. Eles venderam quase todo o patrimônio. Se você pegar a revista Exame em 2006, eles diziam temos que vender a Petrobras e o Banco do Brasil. Na crise o que nós fizemos? O Banco do Brasil empresta mais hoje do que todos os bancos públicos emprestavam em 2002. O BNDES hoje é maior que o Banco Mundial. Na Caixa Econômica Federal só de crédito imobiliário são 47 bilhões de reais, tem 410 mil casas sendo construídas na faixa de 0 a 3 salários mínimos e esse programa foi lançado no auge da crise. Uma política que nunca foi feita no passado.

O que eles fizeram na crise? O Serra, vendeu a Nossa Caixa. No auge da crise, quanto estávamos usando os bancos públicos para fazer uma política de crédito em um grave cenário de crise de liquidez, eles estavam vendendo a Nossa Caixa. Aumentaram os impostos na capital, o IPTU, fizeram um programa de distribuição tributária em São Paulo que aumentou a carga tributária do estado, enquanto nós estávamos desonerando o setor estratégico, dando liquidez e colocando nos bancos públicos.
CC: Mas o Brasil tem ainda sérios entraves nas áreas de energia e infraestrutura, não é?
AM
: Vamos começar pela Petrobras: eles venderam um terço por 5 bilhões de dólares. A Petrobras hoje vale 208 bilhões de dólares e é a 18ª maior empresa do mundo na bolsa, segunda maior empresa de petróleo do mundo. Isso e a descoberta do pré-sal mostram a força da Petrobras ao substituir importações na cadeia produtiva de petróleo. O Lula acabou de inaugurar o primeiro navio construído em Pernambuco, no estaleiro, que é uma coisa que foi construída nesse governo. A Ferrovia Norte-Sul está com 7 mil pessoas trabalhando, com uma velocidade fantástica, estava parada há 20 anos.

E o que eles fizeram em ferrovias? Em 16 anos que eles governaram o estado de São Paulo? Venderam a FEPASA e privatizaram todo o setor ferroviário nacional, abandonaram qualquer planejamento de projeto estruturante sobre trilho. O modelo de estado era outro, a política externa era outra, a política econômica foi outra. Nós fizemos uma política econômica de um perfil keynesiano, inclusive na crise, anti cíclico, para retomar a capacidade de investimento e formulação de políticas públicas. O PAC é a reconstrução da capacidade de planejamento estratégico de projetos estruturantes de investimentos do estado, em parceria com a iniciativa privada, que o Brasil tinha perdido a ideia de planejamento, projeto estruturante, papel protagonista do estado no impulso de seu desenvolvimento. Nós somos, na realidade, o que um novo desenvolvimentismo e a marca fundamental desse novo desenvolvimentismo é o social como eixo estruturante do econômico.

A ideia força desse governo foi criar um mercado de consumo de massa, eles diziam que se o salário mínimo crescesse a inflação voltava. Teve um crescimento de 74% do salário mínimo, eles jamais pensaram em um programa como o Prouni. Nunca existiu um Prouni antes, ele colocou 726 mil alunos na universidade com bolsa de estudos.

(LEIA A PARTE FINAL DA ENTREVISTA NA SEGUNDA-FEIRA 17) 

Dilma - Aposto na inteligência da população brasileira


Isabel Marchezan
Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira que caberá aos eleitores definir quem está mais identificado com os programas do governo Lula e quem está ligado a uma "política de estagnação, desemprego e desigualdade", numa referência ao adversário José Serra (PSDB). Dilma destacou que participou "em cada programa do governo".
- Deixo ao critério dos eleitores e da população fazer o balanço e ver quem tem mais proximidade com esse governo, quem é mais identificado com a política de desenvolvimento, com distribuição de renda. E quem é mais identificado com uma política de estagnação, desemprego e desigualdade. Aí não é uma questão que sou eu quem resolvo. Aposto na inteligência da população brasileira - afirmou a petista, após participar do seminário "Rio Grande - onde o Rio Grande renasce".
Questionada sobre a intenção de Serra de dar continuidade a programas do governo, como o Bolsa Família, Dilma respondeu:
- Não tenho que tratar essa questão. Quem tem de provar que isso é possível é o candidato, e não eu. O que eu posso dizer é outra coisa: Eu fiz isso. Eu fiz esse governo, eu participei dele 24 horas por dia, nos últimos sete anos e meio, e me afastei há um mês, mas eu quero dizer que, em cada programa deste governo, tem a minha participação.
No início da noite, Dilma escreveu no Twitter sobre a visita ao Rio Grande do Sul. A petista contou que, durante uma entrevista a jornalistas, foi questionada sobre a falta de experiência eleitoral - Dilma nunca foi candidata em uma eleição.
"Hoje cedo, em Rio Grande, abri o seminário 'Onde o Rio Grande renasce'. Depois, entrevista... Perguntada sobre experiência eleitoral, disse que fico pensando se isso não é bom, uma lufada de ar novo na política tradicional", escreveu ela em duas mensagens no microblog.

Porque a oposição quer ganhar no tapetão

Dando nome aos bois:

A judicialização patrocinada pela oposição - tucanos, demos e pig - contra Dilma, Lula e o PT é sinal claro, cristalino do sufoco que estão passando. Sabem da força do presidente Lula, sabem da ótima avaliação que tem o governo federal. Por conta disso tentam de todas as maneiras prender, calar, amordaçar Lula. Tempo perdido, na hora certa ele vai falar e pior para a oposição nós - povo - vamos ouvir, refletir e votar na Muié.

Quando as urnas forem abertas, o resultado será humilhante para a tucademopiganalhada desesperada.

Anotem.

Discurso da oposição é um, a prática é outra

É pura retórica o que a oposição faz sobre equilíbrio das contas públicas e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As maiores provas da distância entre seu discurso e a prática estão na aprovação do reajuste de 7,71% para os aposentados e do fim do fator previdenciário para aposentadoria, na proposta de mudança da LRF apresentada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); e na defesa que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-PSDB) da troca do índice de reajuste da dívida da Prefeitura paulistana com a União.

Aprovada essa semana pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a proposta de Jereissati amplia a possibilidade de endividamento dos Estados e municípios. E o prefeito Kassab defende o que chama de flexibilização da LFR - quer trocar o índice de correção das dívidas das prefeituras. Sem entrar no mérito dessa e das outras propostas - podemos examiná-las e até concordar ou não com elas - o fato é que a oposição adota um discurso na linha do faça o que eu digo e não o que faço.

A oposição - com algumas exceções -  ao votar junto com a maioria da base do governo  pelo aumento de 7,71%  retroativo a janeiro desse ano para os aposentados,  e pelo fim do fator previdenciário (aprovado por ela no governo FHC) simplesmente desconheceu suas próprias decisões sobre orçamento do país, a LRF e o  equilíbrio das contas publicas. Perde a razão e põe por terra todo o seu discurso sobre responsabilidade fiscal e controle dos gastos.

Apesar da posição firme e clara do governo, do PT - sem medo das consequências eleitorais - e do PMDB e de sua liderança, a maioria da Câmara dos Deputados aprovou esse aumento para os aposentados, inclusive com o voto de alguns petistas. Como vemos, da parte da oposição é só retórica - com exceções honrosas de alguns deles, e desonrosas do nosso lado, de petistas acostumados apenas com o bônus de governar e não com os ônus.

A frase do dia

“Eu não me coloco como candidato de oposição nem de situação. Eu me coloco como o candidato do futuro”, do ET José Serra.

A correlação de forças presidencial

por Bernardo Joffily

Há muitas interrogações sobre a eleição presidencial deste ano e a resposta definitiva só virá em outubro – talvez no primeiro turno, dada a polarização plebiscitária entre a continuidade e a oposição ao governo Lula. 

Mas um exame comparado das eleições de 2002, 2006 e 2010 já permite esboçar, pelo menos, o quadro das forças que estarão do lado de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB). 



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Imprensa em debate

Participei ontem como moderador de um painel na Câmara dos Deputados sobre como a imprensa pode contribuir para o fortalecimento da democracia representativa. O evento foi organizado conjuntamente pela Casa e pelas principais entidades empresariais do setor.

Entra governo, sai governo, a discussão muda pouco. O poder se incomoda com o olhar da imprensa, e esta fica incomodada quando se vê — ou sente-se — pressionada pelo poder. Mas nem todas as situações são iguais.

Os grandes veículos de comunicação têm mais afinidade com alguns governos que com outros. E há governos que estimulam mais ostensivamente atitudes críticas ao jornalismo.

Deveria ser visto como coisa normal, da vida. Aqui uma curiosidade: este governo e o presidente da República oscilam entre extremos. Uma hora proclamam que a explosão das comunicações e redes digitais relativizou a influência dos grandes veículos. Outra, debitam na conta da imprensa parte ponderável das dificuldades cotidianas do poder.

Debate fascinante. Nunca um presidente foi tão popular e teve tanto apoio político quanto Luiz Inácio Lula da Silva. E nunca um presidente reclamou — ou fez reclamarem — tanto da imprensa. Ora, se quanto mais Lula “apanha” mais forte fica, qual é mesmo o problema? Em teoria, talvez fosse o caso de “deixar a imprensa falando sozinha”. Não é, presidente?

A trajetória do jornalismo brasileiro no último quarto de século, quando atingiu finalmente a maturidade profissional e empresarial, ainda deverá ser objeto dos indispensáveis estudos acadêmicos. Mas um traço parece consensual. Ao mesmo tempo que fez da profissionalização a marca registrada no período, a imprensa pátria manteve o traço de militância presente desde os primórdios.

O cruzamento desses dois vetores dá um bicho meio estranho. As diretas já, um marco, foram muito boas para o Brasil. Aceleraram a transição e criaram as condições para implantar plenamente a democracia. Não tenho certeza, entretanto, se foram igualmente salutares para a imprensa.

Desde então, ela vem reinventando esse viés militante pronunciado, também como meio de exercício do poder. Só que aí aparece a dificuldade estrutural. Se a imprensa entende, corretamente, sua liberdade como primordial e absoluta em algum sentido (desculpem a contradição aparente), ela talvez precise vacinar-se mais contra as tentações partidárias.

Porque uma coisa é a sociedade aceitar e defender a liberdade absoluta de imprensa como direito de ela, sociedade, manter desobstruídos os canais de diálogo consigo própria. Outra coisa é quando a sociedade passa a enxergar na imprensa a defesa do interesse de uma parte (“partidária”), e não do todo.

Reconheço que essa “vacinação” é simples de receitar, mas difícil de praticar. Afinal, cada veículo tem o direito de definir soberanamente sua linha editorial. Se, no limite, todos os veículos tiverem a mesma orientação editorial sobre determinado assunto, ninguém tem nada a ver com isso. Como então garantir a pluralidade?

Na busca da solução, o governo tem agido bem por um lado e mal por outro. Age bem quando estimula a desconcentração econômica do setor. E age mal quando dá curso a tentativas de controlar a produção da imprensa, ainda que revestidas do belo adjetivo “social”.

Só existe uma forma aceitável, na democracia, de controlar a atividade jornalística: a posteriori, pelo Judiciário. Pode haver mecanismos de autorregulamentação — que já defendi aqui —, mas ela é prerrogativa do setor.

Até porque o assim chamado “controle social” apresenta uma dificuldade técnica intransponível: quem o executaria? Se for alguém indicado pelas instituições estatais não serve, pois um papel da imprensa é exatamente fiscalizá-las. E infelizmente não há alternativa. E a mesma tensão estaria presente se a indicação coubesse às organizações sociais. Quem então as fiscalizaria?

Uma imprensa plural jamais poderá ser imposta manu militari por um poder político nela supostamente interessado, ainda que disfarçado de “sociedade civil”.

Balanço do governo Lula


Ao contrário do que se costuma dizer, Lula não foi “apenas” uma continuidade de FHC. Não!

Apesar de conduzir um governo muito moderado, 
Lula foi responsável por mudanças emblemáticas em pelo menos 4 áreas:
criação de um mercado consumidor de massas (propiciada por uma somatória de políticas, entre elas a recuperação do salário-mínimo, a recomposição dos vencimentos do funcionalismo, o Bolsa-Familia, e a política mais agressiva de crédito) – tudo isso teve papel fundamental no enfrentamento da crise de 2008, já que o Brasil deixou de depender só das exportações e pôde basear sua recuperação no mercado interno;
relação de respeito com os movimentos sociais – parceria com sindicatos, diálogo com as centrais, com o MST;
recuperação do papel do Estado – fim das privatizações, novos concursos públicos, recuperação do papel planejador do Estado (por exemplo, no campo da energia, em que Dilma apoiou a criação de uma estatal para planejar novos empreendimentos hidrelétricos), fortalecimento dos bancos públicos (não mais como financiadores de privatizações fajutas, mas como indutores do desenvolvimento), fortalecimento da Petrobrás, com o Pré-Sal;
política externa soberana – enterro da Alca, criação da UNASUL, valorização de parcerias com China, India, Irã; fim do alinhamento com os EUA.
 
Os três últimos pontos explicam o ódio que latifundiários, “grande imprensa” e parte da velha classe média(que não suporta o avanço de uma nova classe média, e gostaria de ver o Brasil no velho leito de dependência em relação aos EUA) sentem por Lula.
 
O primeiro ponto, em contraposição, explica porque parte do grande empresariado fechou com Lula: essa turma nunca vendeu tanto, nunca faturou tanto.
Lula ampliou as bases do capitalismo brasileiro.  
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