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Ataque irresponsável dos EUA à Síria poderá levar à 3ª Guerra

 
Fiquei meio desapontado ao ver as imagens dos protestos pelo país neste 7 de setembro e não entendi por que esses manifestantes não acrescentaram à sua agenda os dois acontecimentos mais brutais que agridem a humanidade como um todo, inclusive à Rocinha do Amarildo: a programação de bombardeiros destruidores contra a Síria e a espionagem cibernética que fez do Brasil uma república bananeira, com indicativos de respostas que poderão levar a uma terceira guerra mundial.

Não vi alusões nem nos atos dessa nova geração de inconformistas, nem nos promovidos por organizações e partidos mais vividos. Aliás, tem sido um rotina de pernas curtas a ação pela ação, o confronto pelo confronto, como se o sacrifício físico nas ruas falasse por si.

EUA - uma nação covarde!

No papel de guardião do mundo - que ele próprio se escalou - os EUA acusa, julga e condena quem bem quer.
Julgam-se os donos da verdade, do bem e de todos os bens do mundo.
Precisamos de combustível?..
Onde tem?..
Vamos nos apossar!
Espionar, roubar, matar para conseguir o que desejam, eles fazem sem nenhum pudor.
São assassinos e ladrões.
FHCs - farsantes, hipócritas, canalhas e cínicos -.
Mas, acima de tudo são uma nação covarde, desleal e oportunista.
Só batem nos mais fracos, nos indefesos.
Por que não declaram guerra contra a China, contra a Rússia?

Ataque yanque na Síria será seletivo

Presidente Barak Obama anunciou ataque a Síria. Ele destacou que a ação terá escopo e e duração limitados, além de ser usada uma tecnologia inédita.

" Bombardeio será dirigido apenas aos soldados que tiveram o perfil espionado no Tumblr, Twitter, G+1 e Facebook. Nenhum inocente será atingido, garantiu o presidente Obama".

Ele falou ta falado.

Acredito piamente que os EUA tem provas que o exército sírio usou armas químicas contra a população civil. É tão verdade quanto foi verdade que o ditador iraquiano Sadam Husseim, tinha armas de destruição em massa.

Nada como a humanidade poder contar com os EUA democrático e defensor dos fracos e oprimidos.

O que seria do universo não fosse o espírito de paz que moldou esta nação de homens bons e de bens.

Viva os EUA! Viva!!!! 

José Dirceu - O cinismo do presidente Barack Obama não tem limites

Ontem, ele disse que os EUA ainda não decidiram o que fazer em relação à guerra na Síria, mas afirmou que não vai enviar tropas para o país. E acrescentou que avalia uma série de opções para a Síria: “Não podemos aceitar um mundo no qual mulheres e crianças são vítimas de gás”.
Obama diz que não pode aceitar um mundo no qual o gás é uma arma, mas promove ações criminosas e ilegais, além de assassinar quem bem decide em todo o mundo. Institui uma justiça universal via espionagem e uso dos drones, decide invadir países ou apoiar rebeliões segundo os interesses geopolíticos, econômicos e comerciais dos Estados Unidos.
Tudo sempre em nome da democracia e dos direitos humanos, sem  a chancela da ONU e da comunidade internacional. Por cima das eleis internacionais e da própria carta das Nações Unidas.
Quem deu esse direito aos Estados Unidos? A força militar e econômica que detém, única e exclusivamente, acima dos governos, nações e leis internacionais.

EUA - com licença para matar

Os terroristas do EUA forneceram gás sarin para Sadam Hussein usar contra os curdos.
Quando foi do interesse deles o que fizeram? Enforcaram o "Ditador".
Agora vão derrubar o "Ditador" Sírio.
Pergunto: Quem forneceu armas químicas ao governo Sírio?
Quando os "homens de bem", atacarem o país e matarem centenas, milhares de inocentes indefesos, existirão pelo menos imagens tão chocante quanto esta para a humanidade ver?

Na moda

Figurino 

Foram eles

Que fizeram isso em Hiroshima
Foram eles que fizeram isso no Vietnã
Não me surpreendo se tiverem sido eles que fizeram isso na Síria

Bradley Manning: Quando matamos inocentes somos condecorados

[...] quando matamos quem mata inocentes somos condenados. Assim é o nosso país (EUA).
As decisões que eu fiz em 2010 foram tomadas me preocupando com o meu país e com o mundo em que vivemos. Desde os trágicos eventos de onze de setembro, nosso país tem estado em guerra. Nós temos estado numa guerra com um inimigo que optou por não nos encontrar em qualquer batalha tradicional, e devido a este fato nós tivemos de alterar nossos métodos de combater os riscos que nós e nosso modo de vida correm.
Eu inicialmente concordei com estes métodos e escolhi ser voluntário para ajudar a defender meu país. Não foi senão quando eu estava no Iraque e lendo reportagens militares secretas diariamente que eu comecei a questionar a moralidade do que estávamos fazendo. Foi então que eu me dei conta de que em nossos esforços para enfrentar os riscos colocados pelo inimigo, nós esquecemos nossa humanidade. Nós conscientemente escolhemos desvalorizar a vida humana em ambos Iraque e Afeganistão. Quando nós enfrentamos àqueles que entendemos como inimigos, nós algumas vezes matamos civis inocentes. Sempre que nós matávamos civis inocentes, ao invés de aceitar a responsabilidade por nossa conduta, nós preferíamos nos esconder atrás do véu da segurança nacional e informações classificadas para evitar qualquer prestação de conta pública.
Em nosso zelo para matar o inimigo, nós internamente discutíamos a definição de tortura. Nós prendemos indivíduos em Guantanamo por anos sem os devidos processos. Nós inexplicavelmente fazíamos vista grossa às torturas e execuções pelo governo do Iraque. E nós engulíamos muitas outras coisas em nome da nossa guerra ao terror.
Patriotismo é frequentemente o grito exaltado quando atos moralmente questionáveis são advogados por aqueles no poder. Quando estes gritos de patriotismo abafam quaisquer intenções baseadas na lógica, é usualmente um soldado americano que é mandado para realizar uma missão mal concebida.
Nossa nação tem tido momentos sombrios para as virtudes da democracia. -a Trilha das Lágrimas[remoção dos indios da parte sudeste dos EUA em 1831], a decisão Dred Scott [apoiando a escravidão em 1857], Macartismo, os campos de concentração de japoneses residentes na América [durante a segunda guerra mundial], para nomear uns poucos. Eu estou confiante de que muitas de nossas ações desde o onze de setembro serão vistas de forma similar.
Como disse uma vez Howard Zinn, "Não existe uma bandeira grande o suficiente para cobrir a vergonha de matar gente inocente".
Eu entendo que minhas ações violaram a lei, e eu lamento se minhas ações machucaram alguém ou prejudicaram os Estados Unidos. Nunca foi minha intenção ferir ninguém. Eu somente quis ajudar as pessoas. Quando eu escolhi divulgar informações classificadas, eu fiz isso por amor ao meu país e um sentido de dever para com outros.
Se vocês negarem meu pedido por perdão, eu cumprirei minha pena sabendo que algumas vezes temos que pagar um preço alto para viver numa sociedade livre. Eu pagarei este preço se isso significar que nos podemos ter um país que seja verdadeiramente concebido na liberdade e dedicado à proposição de que todos os homens e mulheres são iguais.
Tradução: Rute Bevilaqua e Peter Caplan
Entrelinha: o título é a perfeita tradução da realidade norte-americana

Síria: o caldo entornando


Corpo de voluntários russo-ucraniano irá combater na Síriaexército, soldados

Primeiro o Governo Russo envia modernos misseis Yakhont e S-300 e agora (simultaneamente) "voluntários" russos e ucranianos se preparam para se juntar às tropas de Assad .
Vários milhares de homens já se inscreveram no corpo voluntário russo-ucraniano que está sendo formado para prestar ajuda ao presidente Assad, declarou o iniciador da formação do corpo, coronel reformado Serguei Razumovsky que encabeça a União Ucraniana de Oficiais Sem Casa.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_05_28/corpo-de-voluntarios-russo-ucraniano-ira-a-siria-para-combater-6523/

Fundamentalistas franceses atacam fundamentalistas malineses


Rebeldes islâmitas no Norte do Mali. Foto: Romaric Hien
Era inevitável o confronto de um país europeu com milícias sob o comando da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi), no Mali. Inesperada era a intervenção unilateral de François Hollande, que pretendia colocar um fim na política pós-colonial de seus predecessores na África.
Hollande agiu, porém, como devia. 
Na sexta-feira 11 o presidente socialista francês enviou tropas para recuperar Konna. A pequena cidade que separa o Norte fundamentalista do Sul ainda sob o controle do exército malinês havia sido tomada no dia anterior pelos extremistas.
Os fundamentalistas planejavam usar Konna como trampolim para capturar a cidade de Mopti, capital da região central e foco estratégico do exército malinês.
Hollande respondeu a um apelo do presidente malinês Dioncounda Traoré, cujo exército mostrou-se incapaz de reagir aos avanços militares das milícias ligadas à Aqmi.
Foto: Philippe Wojazer/AFP
Foto: Philippe Wojazer/AFP
Ademais, o presidente francês não infringiu a legislação internacional. Desde meados de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU, através da resolução 2085, havia aprovado a intervenção de tropas multilaterais no país. Mais: a Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental (Cedeao) já autorizou o envio de tropas ao Mali.
“Permaneceremos o tempo necessário no Mali”, anunciou Hollande. “Os terroristas têm de ter em mente que estaremos sempre presentes quando os direitos das pessoas estiverem em jogo.” O presidente francês acrescentou que os cidadãos do Mali querem viver em uma democracia.
De fato, instalados no norte do país faz quase um ano, os extremistas não parecem estar interessados em direitos humanos. Impuseram a sharia (código das leis do islamismo), segundo a qual mulheres “desobedientes” devem ser chicoteadas e as mãos de ladrões amputadas. Os extremistas vieram se juntar aos Tuaregues, os quais, embora representem uma minoria em relação à população do país, proclamaram a secessão do Norte, uma região mais vasta do que a da França.
A Alemanha, o Reino Unido e Catherine Ashton, a ministra europeia do Exterior, apoiaram a decisão de Hollande.
A guerra da Europa contra a Al-Qaeda no Magrebe já começou.
Gianni Carta

Assassinatos indiscretos dos EUA


Os Estados Unidos estão conduzindo uma guerra escondida contra militantes islâmicos usando aviões armados de pequeno porte, teleguiados e sem pilotos, chamado de drones em inglês, para matar pessoas que eles suspeitam de conspirar contra os EUA.
Adotada pela administração de George W. Bush em 2004, após os ataques da al-Qaeda de 11 de setembro de 2001, em Nova York, a frota cresceu rapidamente em numero depois que Barack Obama foi eleito presidente em 2008.
Esse programa de assassinatos planejados não foi publicamente reconhecido, e é controlado pela Central de Inteligência Americana, a CIA.
Por ser controlado por um dos braços clandestinos do governo americano, esse programa de assassinatos à longa distancia nunca teve muita publicidade, e tem se desenrolado num clima de sigilo e muita fumaça.
Por isso, a tarefa de seguir o numero de ataques de drones pelos EUA no Afeganistão, no Iêmen e na Somália, e os números de vitimas, ficou a cargo de jornalistas independentes nos EUA e Inglaterra.
Conforme o site americano The Long War Journal, de 2002 até 2012 foram lançados 57 ataques aéreos contra alvos no Iêmen, matando 299 militantes e 82 civis. Mas o campeão em números absolutos foi o Paquistão, por causa da ocupação do vizinho Afeganistão por tropas americanas e europeias desde 2002, que viu 331 ataques aéreos americanos de 2004 ate o dia 9 de janeiro 2013.
As mortes no Paquistão também foram surpreendentes: 2.474 militantes do Talibã ou al-Qaeda e 153 civis, de 2006 até janeiro de 2013, segundo estima o Long War Journal.
Na maioria das vezes, nos ataques contra alvos no Paquistão, os americanos defenderam suas ações como preventivas, alegando que esses militantes estavam planejando ataques contra tropas americanas no Afeganistão.
No Iêmen os ataques americanos foram dirigidos contra membros da al-Qaeda da Península Árabe, sediada naquele país, e que tem planejado ataques contra alvos americanos, como o do nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, que ia explodir um voo para Detroit, nos EUA, no Natal de 2009, e um complô de mandar bombas para os EUA escondidas em pacotes em 2010.

A influência dos terroristas da Cia na Síria


   
Estados Unidos, por meio da CIA, age meticulosamente dentro da complexa conformação das forças oposicionistas
Destruição na cidade de Aleppo localizada a 310 quilômetros da capital da Síria, Damasco - Foto: freehalab.wordpress.com
Para ganhar as eleições, Barack Obama vestiu a camisa do “não-intervencionismo”, enquanto a CIA explorou o período eleitoral para fortalecer os setores da oposição armada que sustentam a linha política dos Estados Unidos no âmbito do Comando Conjunto do Exército Livre da Síria (ELS).           
Consequentemente, o coronel Abdel Jabbar al-Okeidi se tornou o líder mais importante do ESL no momento em que seus homens, a partir da fronteira jordaniana, controlavam as regiões por onde passavam os caminhões com os carregamentos de armas made in USA.  
Esse fato, com a intensificação dos ataques aéreos e terrestres do exército sírio, modificou o equilíbrio no seio do ELS. Agora, somente os grupos ligados ao coronel Abdel Jabbar al-Okeidi recebem os novos batalhões formados com voluntários iraquianos, assim como novos lança- foguetes para derrubar tanques, helicópteros e até aviões (foguetes terra-terra e terra-ar). 

Palestinos: os Judeus do século XXI


Israel converte Gaza na Guernica do século 21. Esta é uma terrível estupidez que ofende a condição humana. Com a complacência criminosa das potências que mandam no mundo.
Em 26 de abril de 1937, no contexto da Guerra Civil Espanhola, a pedido do General Francisco Franco, a aviação nazista de Adolf Hitler - escoltada por caças da força aérea fascista de Benito Mussolini -, bombardeou Guernica, cidade-símbolo dos bascos. Aquele ataque mortífero de 75 anos atrás serviu como laboratório e campo de testes para as operações do Terceiro Reich na Segunda Guerra mundial, que começaria dois anos mais tarde.
Guernica foi o ensaio nazi-fascista de onde surgiu a estratégia de “bombardeios científicos”. A guerra convencional, até então travada em combates entre exércitos em terra, deu lugar  à chamada “guerra total”. A Luftwaffe [aviação da Alemanha nazista] empregou pela primeira vez bombas incendiárias e de fragmentação nos lançamentos contra Guernica. Foi produzida uma destruição impressionante – 80% dos edifícios transformados em escombros, a infra-estrutura elétrica, de água e transportes colapsada e centenas de cidadãos bascos mortos.
Guernica serviu como o palco no qual os nazi-fascistas puderam sedimentar os novos conceitos e princípios de guerra: o terror contra populações civis, a devastação material, a desmoralização dos inimigos e a intimidação psicológica. Dois anos depois de Guernica, em setembro de 1939, a Luftwaffe bombardeou Varsóvia, iniciando a longa vaga de bombardeios aéreos durante a Segunda Guerra mundial, cujo desfecho foi a explosão atômica de Hiroshima e Nagasaki, promovida pelos EUA em agosto de 1945.
O governo de Israel transforma a estreita Faixa de Gaza na nova Guernica da história da humanidade. A diferença é que Franco, Hitler e Mussolini devastaram Guernica em três horas, ao passo que Israel dizima o povo palestino a conta-gotas, dia após dia, ano após ano. O ciclo vicioso da monstruosidade contra o povo palestino se repete a cada véspera de eleições em Israel. Para angariar votos internamente, os israelenses praticam o martírio de inocentes – crianças, mulheres e homens palestinos de todas as idades são barbaramente mortos.
Guernica, 1937 by Pablo Picasso
O quadro 'Guernica', de 1937, pintado pelo espanhol Pablo Picasso
Os palestinos, como numa ironia da história, parecem estar pagando o preço do sofrimento imposto às populações judias durante o holocausto. Confinamento, segregação e terror fazem parte do léxico da guerra de extinção promovida por Israel. Muitos vivem a humilhação dos campos de refugiados, vítimas de ódio racial, observando impotentes a ocupação ilegal do território que pertence a eles. O direito a viver é uma simples ilusão de sobrevivência para quem sofre a devastação das suas cidades, das suas escolas, dos seus hospitais, das suas casas, das suas famílias e das próprias vidas.
Repudiar a monstruosidade do passado não é suficiente. O essencial é impedir sua repetição. As potências mundiais, todavia, não só permitem a repetição daqueles métodos bárbaros, como apoiam militarmente, politicamente e materialmente a execução deles.
O mundo não encontrará a paz enquanto não houver uma resolução aceitável e digna do conflito do Oriente Médio. Este conflito é produto da imposição à força do Estado de Israel como um enclave naquela região. As potências mundiais, com os EUA à frente, foram responsáveis diretos para sua origem, e são o único fator que pode dar fim àquela barbárie.
Mas, com sua complacência e seu jogo de interesses na região, tristemente parodiam Guernica em Gaza. Esta atitude configura não só um crime de lesa-humanidade, mas encaminha o mundo para um contexto convulsionado e imprevisível.
Por Jeferson Miola [*], exclusivo para o Brasilianas.org
“A história é uma lição para se refletir, não para se repetir.”
Carlos Drummond de Andrade
“A pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra ofensiva e defensiva contra o inimigo”.
Pablo Picasso, autor de “Guernica”, obra-prima executada cinco meses depois dos devastadores ataques à cidade.

O terrorista EUA quer mais mortes

OS RISCOS DE DESINTEGRAÇÃO DO ORIENTE MÉDIO!
   
Condoleeza Rice, Ex-Secretária de Estado dos EUA
A guerra civil na Síria pode vir a ser o último ato na história da desintegração do Oriente Médio tal como o conhecemos. Egito e Irã são Estados com histórias extensas e contínuas e identidades nacionais fortes. A Turquia também. Quase todos os outros Estados importantes da região foram criados modernamente pelos britânicos, que estabeleceram suas fronteiras como se estivessem traçando linhas pretas no verso de um envelope, sem a menor preocupação com diferenças étnicas e sectárias.
   
O desejo de liberdade ganhou força e eclodiu em Túnis e se alastrou pelo Cairo e por Damasco. O perigo é que esses Estados artificiais acabem por se desintegrar.   O grande equívoco cometido ao longo desse último ano foi atribuir um caráter humanitário ao conflito com o regime de Bashar Assad. As ações de Damasco foram bárbaras e selvagens e muitas pessoas inocentes foram assassinadas. Mas não estamos diante de um replay do que ocorreu na Líbia. Há muito mais coisas em jogo.
   
O desmoronamento da Síria impele sunitas, xiitas e curdos na direção de uma rede regional de alianças confessionais. O  Irã sonha com a expansão de sua influência entre os xiitas, unindo-os sob a bandeira teocrática de Teerã - pondo fim à integridade do Bahrein, da Arábia Saudita, do Iraque e do Líbano. Os iranianos empregam os grupos terroristas, o Hezbollah e as milícias xiitas do sul do Iraque para apregoar sua oferta. A Síria é a ponte para o Oriente Médio árabe. Teerã já não esconde o fato de que suas forças de segurança agem no país para dar sustentação a Assad. Nesse contexto, as aspirações nucleares iranianas são um problema não só para Israel, mas para a região como um todo.
   
E onde estão os EUA? Os americanos passaram 12 meses à espera de que russos e chineses concordassem com ineficazes resoluções da ONU pedindo "o fim do derramamento de sangue", como se Moscou fosse abandonar Assad e Pequim realmente se importasse com o caos que impera no Oriente Médio. Vladimir Putin não é um homem sentimental. Mas enquanto estiver convencido de que Assad consegue se aguentar, não fará nada para enfraquecê-lo.
   
5. Nos últimos dias, a França resolveu ocupar o vácuo diplomático e reconhecer um recém-formado movimento de oposição que, em termos gerais, pretende representar todos os sírios. Os EUA deveriam seguir o exemplo de Paris, examinar as intenções desse grupo unificado a fim de, eventualmente, armá-lo. O peso e a influência dos EUA se fazem necessários. Agora é preciso agir.


Israel inícia o projeto: Irã é o alvo


Pela primeira vez em quase 40 anos, desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, Israel lançou um míssil antitanques (o novíssimo modelo Tamuz) contra solo sírio depois de ser atingido, pela quarta vez em uma semana, por projéteis lançados do país árabe contra as Colinas de Golã. 
A troca de hostilidades tem o potencial de incendiar o Oriente Médio, principalmente se for acompanhada de bombardeios mútuos também na fronteira entre Síria e Turquia. 

EUA adora o dinheiro

[...] por isso que amam a guerra
Os Estados Unidos venderam em 2011 o maior número de armas em sua história, gerando R$ 134,26 bilhões, o que representou 77,7% do mercado mundial, segundo um estudo do Serviço de Pesquisas do Congresso (CRS, siglas em inglês) divulgado nesta segunda-feira. As vendas de armas americanas alcançaram um “crescimento extraordinário” em 2011, triplicando os números do ano anterior, ressalta o estudo. Em 2010, Washington obteve R$ 4,27 bilhões em exportações de armas, ou seja, 48% do mercado mundial.


O estudo indica que 2011 foi um ano excepcional, devido, “principalmente, ao grande e incomum valor dos contratos americanos com a Arábia Saudita”. Entre os contratos firmados com Riad estão a venda de 84 caça-bombardeiros F-15, que representaram R$ 5,95 bilhões, e a de 178 helicópteros. Os Estados Unidos também fecharam contratos com os Emirados Árabes Unidos (R$ 8,9 bilhões), Iraque e Omã (2,84 bilhão cada um), Índia (8,3 bilhões) e Taiwan (4,05 bilhões), entre outros países.

A Rússia está na segunda posição em 2011, com R$ 9,72 bilhões em contratos de vendas de armas (5,6% do comércio mundial), à frente da França, que registrou 8,91 bilhões (5,2%), único país ao lado dos Estados Unidos a aumentar suas exportações de armas. Apesar das dificuldades atravessadas pela economia mundial, as vendas de armas no mundo em 2011 praticamente duplicaram em relação ao ano anterior, a R$ 17,27 bilhões.

O sultanato de Omã também apareceu na lista: adquiriu 19 caças F-16 ao custo de US$ 1,4 bilhão. Os dados comerciais expõem o isolamento do Irã - e reforçam a parceria uma estratégica firmada entre Washington e seus aliados árabes no Golfo Pérsico.