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Jornalismo

Necropsia de uma instituição
Jaz nas telas de computadores, laptops, tablets e smartphones do país inteiro o cadáver insepulto do jornalismo tupiniquim. Morreu em decorrência da falência de múltiplos órgãos. Nos momentos derradeiros a bile começou a irrigar a cabeça de muitos, e ali já não havia cérebro – o fígado se instalara no crânio de “jornalistas” e de seus “chefes”.


O necrológio do jornalismo brasileiro está escrito em cifras e códigos nas entrelinhas daquilo que não se perguntou, que não se escreveu e que não se analisou nos textos que informam a existência de um pedido de um delegado federal para ouvir o ex-presidente Lula no âmbito dos inquéritos da Lava-Jato.

Não acho que Lula ou qualquer outro ex-presidente, autoridade ou ex-autoridade seja intocável e não esteja passível de prestar contas do que fez. Mas tenho convicção que tudo deve seguir o rito institucional. E ser jornalista, ser imprensa, obriga a que todos se atenham aos ritos. Aos ritos.

Renato Duque ameaça tirar o Psdb, o pig e Josias de Souza da ficção

O Psdb e o pig tem certeza que a torcida do Flamengo, a do Corinthians, os anti-flamenguistas e anti-petistas acreditam que os corruptos confesso da lava jata eram honestos até o dia 01/01/2003.
Lê essa notinha:
Renato Duque – Diretor de Serviços, 47 anos. Engenheiro Elétrico formado pela Universidade Federal Fluminense, com especialização em Engenharia do Petróleo e pós-graduação MBA na UFRJ. Engenheiro de Petróleo Sênior da Petrobras, onde ingressou em 1978. Assumiu diversas funções de gerência na empresa (plataformas, unidades de exploração, perfuração, operações especiais). Entre 1995 e1999, foi Gerente de Recursos Humanos da área de Exploração e Produção, coordenando todas as unidades operacionais nesta atividade. Foi também Gerente de Engenharia e Tecnologia de Poço do E&P. Desde novembro de 2000 é Gerente de Contratos da área de Exploração e Produção, onde coordena especificação técnica, análise de mercado e contratação de sondas de perfuração, embarcações e helicópteros, além da contratação de serviços de perfuração, embarcações especiais de lançamento de linhas e serviços submarinos. 
Eu tenho certeza que tudo que os bicudos emplumados dizem e publica é a mais absoluta verdade.




"Apesar da crise"...Curta Comente Compartilhe e Publique sem moderação via icatu.briguilinki@blogger.com

Operação lava jato e as tarjas branca e preta

:
Usaram tarjas preta para esconder nomes de políticos - principalmente do senador José Serra (Psdb/SP).
Usaram tarjas branca para esconder que a Folha de São Paulo "Só vale se for para mandar recados".
Aí de repente, não mais que de repente, eis que o jornaleco mancheteia:

Lula busca Fhc para discutir crise e conter impeachment

Lula nega e Fhc se põe a disposição para conversar.

O texto é mais que ambíguo, insinua tudo. Porém uma coisa não deixa dúvida:

Assim como a Folha e demais jornais, revistas, rádios e tvs do Brasil serviram a Ditadura Militar, hoje servem aos que tem muito para lhes pagar.


A grande mídia silencia sobre corrupção no governo Alckmim

ltamiro Borges
reprodução
O “midiota” – aquele ser manipulado diariamente pela mídia privada, segundo a já clássica definição do jornalista Luciano Martins Costa – deve mesmo achar que a corrupção foi inventada pelo PT e que os políticos do PSDB são os maiores santos do universo. Neste processo de purificação dos tucanos, um dos mais blindados é o governador Geraldo Alckmin. Nada atinge o “picolé de chuchu”, que é quase um ente divino – até por suas ligações com a seita fascistoide Opus Dei. Na semana passada, o Ministério Público desvendou mais um esquema bilionário de desvio de recursos públicos na Receita de São Paulo. O silêncio da mídia chapa-branca, porém, é ensurdecedor!
 
A denúncia não virou destaque no “Jornal Nacional” – e o que não sai no JN não existe, segundo os alquimistas da TV Globo. Ela também não foi parar nas capas das revistas “Veja” e “Época”, que estão mais preocupadas em bater para matar no ex-presidente Lula. A tropa dos jagunços midiáticos, que adora promover a escandalização da politica e ocupa importantes postos nas emissoras de rádio e tevê, preferiu se fingir de morta. Os jornais “Estadão” e “Folha” até registraram o caso, mas evitaram dar manchetes e abusaram na cautela diante das denúncias. Afinal, o governador paulista já prepara as suas malas para a disputa presidencial de 2018 e não pode ser abatido em plena pré-campanha.
 
“O Ministério Público de São Paulo apura o suposto enriquecimento ilícito de três agentes fiscais investigados por envolvimento em um eventual esquema de desvio bilionário de recursos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, registrou, cheia de dedos (“suposto”, “eventual”), a Folha neste sábado (18). Segundo a reportagem, “a suspeita dos promotores paulistas é de que, por meio da cobrança de propina a executivos de São Paulo em troca da redução do tributo ou da isenção de multa, os servidores estaduais tenham acumulado patrimônio incompatível com suas rendas”. Em nenhum trecho da matéria aparece o nome de Geraldo Alckmin, “o santo”.
 
O caso é investigado pelo Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec) desde o início deste ano. O órgão do Ministério Público pediu a quebra dos sigilos fiscal e tributário de Sidney Simone, Flávio Romani e José Carlos Vecchiato. “Além de enriquecimento ilícito, os servidores da Receita de São Paulo são investigados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro... A denúncia, à qual a Folha teve acesso, cita os valores que teriam sido arrecadados de forma irregular e apresenta a relação de fotos de imóveis que teriam sido adquiridos com dinheiro de operações ilícitas. Segundo a representação, os agentes fiscais teriam reunido nos últimos anos um patrimônio milionário”. 
 
Os três agentes fiscais denunciados negam as denúncias e garantem que a evolução patrimonial é “perfeitamente compatível” com suas rendas. O Ministério Público, porém, suspeita que o esquema envolva outras figuras graúdas do governo estadual. Até agora, porém, a mídia privada não escalou seu exército de “jornalistas investigativos” para apurar o escândalo. Se a denúncia envolvesse a Receita Federal, possivelmente a tropa já estaria nas ruas para investigar o caso – que não teria nada de “suposto” ou “eventual”. Mas o governo do PSDB de São Paulo nunca está metido em atos ilícitos – seja no “trensalão tucano”, que a mídia chama carinhosamente de “cartel dos trens”, ou em outros escândalos cabeludos.
 



Curiosamente, no final de junho Geraldo Alckmin promoveu bruscas mudanças na cúpula da Receita. O órgão, subordinado à Secretaria Estadual da Fazenda, já estava sob investigação. Segundo o Estadão, que publicou uma pequena notinha e depois nunca mais tratou do tema, a alteração decorreu da “insatisfação quanto ao funcionamento das estruturas internas de fiscalização”. Questionado sobre a troca no comando da Receita, o governador negou que ela tenha sido motivada pelas denúncias de corrupção. Garantiu que as mudanças foram de “caráter técnico”. A resposta foi suficiente para silenciar a mídia chapa-branca, numa típica operação-abafa.

Pig: Nós não sabemos de nada

Desde dois e cinco o pig - partido da imprensa golpista - por meio do gafe (Globo, Abril, Folha, Estadão) espalha o mantra:  
Lula diz que "Eu não sabia de nada" e por aí vai o deboche.
Pois muito bem, será que os irmãos Marinho a 24 anos compram os direitos de transmissão dos principais campeonatos de futebol do Brasil e das Américas, e os colegas da Abril, da Folha e do Estadão não sabiam de nada sobre a corrupção na CBF e na Fifa?
Também acredito que Fhc não comprou a reeleição e no Psdb só tem gente honesta, você tem alguma dúvida?
Eu tenho não.

O Capo Moro e seus capangas do MPF querem destruir o PT




Conseguirão?..
Tenho certeza que não!
O PT é semente, se enterrar, germina e brota ainda mais forte e farta, distribuindo flores e frutos cada vez melhor.
Que a corja togada, do mpf, pig e cia estrebuche à vontade, vocês "vão ter de nos aturar", por muito e muitos anos.


Lula erro. Ninguém pode negar

A pessoa que mais admire Lula, o mais fanatico lulista, não tem como negar, Lula errou, e feio.

Comparar a grande mídia brasileira (Era e Oía são apenas marcas) com lixo?...

Não, aí é demais!

Do lixo tudo pode ser reciclado.

Do pig?...

Não há nada que possa sequer ser aproveitado.

Errou feio Lula, reconheça, peça perdão.

Marta Suplicy pede filiação ao Pig


Marta Suplicy pede desfiliação do Clube de Vantagens American Express

Pig - Após pedir desfiliação do PT, Marta Suplicy dedicou seu tempo livre para atar nós que norteaiam sua vida há décadas. "Fiz a ficha", comemorou a ex-petista, enquanto fazia o último check numa prancheta cor de rosa. "Recebi finalmente minha carteirinha de sócia do pig, fiz minha assinatura da revista Veja e pedi filiação ao Clube de Vantagens Marinhos Express", elencou, animada.
Mais leve, Marta anunciou que não seguirá os passos de Xuxa. "Não vou para a Record, o meu lugar é na GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -", revelou. "Fechei contrato e irei reestrear o TV Mulher para tratar os problemas da mulher piriguete contemporânea com dignidade'', desabafou, sem relaxar.
No final da tarde, Supla, constrangido, pediu desfiliação de Marta Suplicy.
by  The i-piauí Herald

Lava jato e PT bota pra moer

Zelotes, HSBC...
Tudo a ver
E para dizer que não republico canalice, lê mais essa do pena paga Josias de Souza:
O brasileiro sempre foi um povo de pouquíssimos espantos. No país dos absurdos, o ponto de exclamação deixou de fazer parte dos hábitos nacionais. Quando se imaginava que o Brasil estava mesmo condenado à falta de estupefação, o juiz Sérgio Moro horrorizou todo mundo em novembro de 2014. O magistrado ressuscitou o assombro ao colocar o baronato da construção civil para dormir nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Com seus mandados de prisão, Moro transformou a Operação Lava Jato num ponto fora da curva.
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Operação Lava Jato da PF141 fotos

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28.abr.2015 - Por 3 votos a 2, a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu nessa terça-feira (28) liberdade ao empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que foi preso pela Polícia Federal por suspeita de participação na operação Lava Jato. O Supremo também pode determinar que ele cumpra prisão domiciliar. Além dele, oito acusados de participação no esquema de corrupção na Petrobras, seis executivos e dois funcionários de empreteiras também poderão cumprir a pena em casa Leia mais Pedro Ladeira/Folhapresss
Antes que o pasmo fizesse aniversário de cinco meses, a 2ª turma do STF tratou de puxar o ponto de volta para perto da curva. Em decisão apertada —três votos contra dois— o Supremo transferiu nove empreiteiros dos colchonetes do PF’s Inn para os lençois de linho egípcio da prisão domiciliar. Restituiu-lhes o conforto às vésperas de prestarem depoimentos sobre o assalto aos cofres da Petrobras. Restaurou-se a anormalidade, tão normal no Brasil quanto as escamas no peixe.
A decisão do STF foi tomada numa sessão em que se julgou um pedido de habeas corpus formulado pela defesa de Ricardo Pessoa. Trata-se do dono da UTC, apontado pelos operadores da Lava Jato como coordenador do cartel que tomou de assalto a Petrobras. Como o mandado que levara Pessoa à cadeia incluía os nomes de outros oito empreiteiros, o STF decidiu estender o linho egípcio para os demais.
Relator do processo, o ministro Teori Zavascki anotou em seu voto que “a sociedade tem justificadas e sobradas razões para se indignar” com a petrorroubalheira. Acrescentou que as pessoas têm motivos para “esperar uma adequada resposta do Estado, no sentido de identificar e punir os responsáveis.”
Porém, prosseguiu Zavascki, “a sociedade saberá também compreender que a credibilidade das instituições, especialmente do Poder Judiciário, somente se fortalecerá na exata medida em que for capaz de manter o regime de estrito cumprimento da lei, seja na apuração e no julgamento desses graves delitos, seja na preservação dos princípios constitucionais da presunção de inocência, do direito a ampla defesa e do devido processo legal.”
Na opinião de Zavascki, avalizada pelos colegas Gilmar Mendes e Dias Toffoli, as razões invocadas por Sérgio Moro para ordenar as prisões dos empreiteiros perderam a razão de ser. Como os executivos afastaram-se formalmente dos postos que ocupavam nas empresas, não teriam como reincidir nos crimes.
A ministra Carmen Lúcia, vencida na ilustre companhia do colega Celso de Mello, decano do STF, contrapôs às teses de Zavaschi um argumento tão singelo quanto avassalador. “Testemunhas ainda podem ser reinquiridas. Como não existe mulher quase grávida, não existe instrução [de inquérito] quase acabada. Quando finalizar a instrução, esse quadro pode mudar.”
Ante o argumento de Zavascki de que os presos não estavam sendo soltos, mas transferidos para a prisão domiciliar, Carmen Lúcia recordou que, em casa, os empreiteiros terão acesso a telefone, internet e a outras formas de comunicação. Der resto, o fato de os executivos estarem formalmente afastados das respectivas empresas não impede que continuem mandando e, sobretudo, desmandando por baixo dos panos.
A lógica linear do raciocínio de Cármen Lúcia não foi capaz de reverter o placar. Natural. O brasileiro não resistiria a tanto espanto. Ele já está acostumado com o Brasil da anormalidade —um país em que sempre existiu a corrupção só de um lado.
A CPI dos Anões do Orçamento, por exemplo, identificou os parlamentares corruptos. Mas fechou os olhos para os corruptores. A consultoria fictícia de PC Farias atraiu para as arcas clandestinas de Fernando Collor o dinheiro de empresários graúdos. Alguns tiveram seus 15 segundos de má-fama. Mas nenhum teve de dar muitas explicações. Estava entendido que aquilo tudo era normal. Era a maneira de fazer negócios.
Só de raro em raro consegue prosperar no Brasil a ideia de que o corruptor é tão culpado quanto o corrupto. Agora mesmo, sob Dilma Rousseff, o governo se esforça para retirar as empreiteiras da fogueira. Alega-se que desonestas são as pessoas, não as empresas. Sustenta-se, de resto, que a ruína das empreiteiras atrapalha o desenvolvimento do país e o bom andamento das obras.
Nos autos da Lava Jato, a propina é pecado. Nos hábitos nacionais, trata-se de uma das mais normais anormalidades da história nacional. No papelório do processo, Ricardo Pessoa é o chefão do cartel que trocou contratos na Petrobras por propinas. Na defesa sustentada oralmente da tribuna do Supremo pelo advogado Alberto Toron, o todo-poderoso do cartel é apenas um bom marido, um bom pai, um ótimo avô. Uma pessoa cuja liberdade não oferece o mais remoto risco à sociedade. Sendo assim, nada mais normal do que restaurar a anormalidade. Os doutores soltam fogos.

Pig afeta cérebro de jovens, adultos e idosos





Pesquisa mostra que há prejuízos à memória e ao aprendizado. A exposição exagerada ao pig durante a adolescência e a juventude pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, em área relacionada ao aprendizado e à memória, segundo pesquisadores do DuqueUniversity Medical Center. O estudo, publicado ontem na revista “Pig: Clinical & Experimental Research”, fornece novas pistas de como a exposição a mentiras durante esse período, quando o cérebro não está totalmente desenvolvido, pode resultar em anormalidades sinápticas e no nível celular, causando efeitos prejudiciais duradouros sobre o comportamento e a inteligência.



A máfia midiática no Brasil




O sistema político e o financiamento eleitoral faz com que todos os partidos, todos os políticos - sem exceção - receba dinheiro ilegal para suas campanhas. 

Isso acontece porque todas as empresas que financiam partidos e políticos, usam dinheiro ilegal - seja o da sonegação ou o da corrupção escancarada que praticam contra o Estado -.

O que tem de muito diferente são os políticos do PT e dos partidos de esquerda quanto a relação com o dinheiro. Os petistas e esquerdistas - a grande maioria - usam o dinheiro para servir a causa. Os tucanos e direitistas - a grande maioria - usam o dinheiro para servi-se dele, enriquecer.

Isto posto, vamos aos detalhes.

A esquerda tem o apoio popular.

A direita tem o apoio midiático e judiciário.

Corrigindo: 
A mídia e o judiciário são a direita.

Por isso que tanto odeiam o PT.

Vão morrer do bofe.



* Ignacio Godinho Delgado: Por que os ataques ao PT?




A repetição de um velho expediente da caduca direita e seu braço midiático

"Em 1945 o então Partido Comunista do Brasil (PCB) surpreendeu a todos, alcançando cerca de 10% dos votos nas eleições presidenciais e elegendo 14 deputados e 2 senadores. Habilitava-se assim a canalizar na cena política e partidária o movimento operário e parcelas expressivas da classe média e do “eleitorado popular” brasileiro. Em 1947, teve seu registro cassado, em deliberação no congresso em que não faltou o empenho do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB, criado por Getúlio Vargas exatamente para disputar o eleitorado popular urbano.

O mesmo PTB, entre 1945 e 1964, assumiria de forma cada vez mais expressiva o papel de canalização do eleitorado popular urbano, especialmente as parcelas integrantes do mercado formal de trabalho e o movimento sindical. Com crescimento expressivo em todo o período, segundo pesquisa IBOPE não divulgada à época, em março de 1964, às vésperas do golpe militar, assistia-se a uma afirmação ainda mais contundente do PTB, com o favoritismo de João Goulart nas eleições presidenciais de 1965, caso não houvesse restrições legais à sua candidatura2. O golpe de 1964 e, depois, o Ato Institucional Nº 2, que criou o bipartidarismo, interromperam esta trajetória.

Mais à frente, em 1978, a afirmação eleitoral do MDB levou o regime militar a redesenhar o sistema partidário de modo a fugir da armadilha do bipartidarismo, que tornava toda eleição plebiscitária. Registre-se, contudo, que o MDB não foi proscrito, sendo substituído pelo PMDB, não conseguindo firmar-se como uma alternativa capaz de canalizar a participação do eleitorado popular na cena política brasileira. Faltava-lhe a raiz sindical e a identidade trabalhista.

O PT acabou por firmar-se como herdeiro inesperado da tradição trabalhista, embora nascido com uma postura crítica em relação ao PTB e ao PCB. Na década de 1990, diante dos descalabros provocados pelas políticas neoliberais, com seu rosário de desnacionalização, regressão social e perda da capacidade governativa do Estado, reconciliou-se com a herança nacionalista de Vargas. No governo, preservando o controle da inflação e incorporando os segmentos mais pobres da população à política social, através de medidas como o Bolsa Família, forjou uma vigorosa parceria entre os trabalhadores do mercado formal e os demais segmentos do “eleitorado popular” brasileiro. 

Por isto o PT é objeto de combate sem tréguas da mídia e da direita. Tal como se fizera com o PTB, o que se quer é, mais uma vez, estigmatizar as forças políticas que conseguiram dar expressão ao eleitorado popular. Se este se comporta com um padrão que Fábio Wanderley Reis denominou a “síndrome do Flamengo”, identificando de forma elementar os polos do universo político entre o “povo” e a “elite”, no caso do PTB e do PT tal inclinação afinou-se resolutamente com a identidade trabalhista3. Na medida em que esta passa a abarcar também os setores populares dissociados do mercado formal e do universo sindical, as possibilidades de êxito eleitoral da direita restringem-se enormemente.

O jogo da direita sempre foi, desde a UDN, entupir o debate político com denúncias de corrupção, para ocultar o conteúdo antipopular e antinacional de seu projeto. É indispensável apurar qualquer denúncia de corrupção, julgar quem for acusado e punir os culpados, o que aliás tem sido feito com uma intensidade nunca antes existente no Brasil, a partir da ascensão de Lula ao governo, em virtude da criação de instrumentos como o Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União, bem como do fortalecimento das ações e da autonomia da Polícia Federal e do Ministério Público. Contudo, se a preocupação real da direita e da mídia fosse realmente a corrupção, para ficarmos nos casos recentes, a Lista do HSBC e a Operação Zelotes (que alcançam nomes de peso da mídia e da direita), deveriam receber na imprensa um peso igual ou maior que a Operação Lava Jato, baseada em delações premiadas e seletivamente divulgada, para atingir apenas o PT, embora alcance quase todo o espectro partidário brasileiro. Acontece – -  almeja a mídia e direita – que a Operação Lava Jato pode ter como subprodutos o enfraquecimento da Petrobrás, a dissolução do regime de partilha na exploração do Pré-Sal e o comprometimento da força eleitoral do PT. Setores mais retrógrados, com forte viés fascista, falam até em cassar o registro do partido. 

Nada de novo: trata-se de embaralhar o jogo e diluir a identidade alcançada pelo eleitorado popular na cena política brasileira, com o propósito de alcançar na marra o que não se consegue nas urnas."
* Professor


José Dirceu: Pesquisa demolidora

É sobre o conceito que a sociedade tem da mídia
"Chama a atenção – e muito, como chama! – o baixíssimo conceito que a população brasileira tem da mídia. Apenas 21% apontam nossa imprensa como “muito” confiável, o que significa que a grande maioria não a acha digna de confiança. Os dados foram levantados em pesquisa realizada com participantes das manifestações do último domingo, um trabalho coordenado por Esther Solano, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pelo filósofo Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP).
Os dados da pesquisa estão publicados hoje na coluna da Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Pior que a baixa confiança – ou provavelmente em decorrência dela – um universo expressivo de nossa população, conforme aferiu a pesquisa, embarca e acredita em informações “não confiáveis e com fundo polêmico”.
Como uma informação que circulou na internet e levada a sério por nada menos que 42% dos manifestantes pesquisados, de que o PT trouxe para o Brasil 50 mil haitianos para votar na presidenta Dilma Rousseff em sua reeleição no ano passado. Como se os haitianos ou qualquer outro estrangeiro pudesse votar no Brasil…
Como a imprensa recebe e divulga essa pesquisa, mas não muda sua pauta nem linha editorial, a conclusão é que ela sabe não ser confiável para a maioria dos brasileiros mas mesmo assim insiste em fingir que o público não percebe e ignora suas jogadas, manipulações e defesa dos próprios interesses e negócios.
Só assim se explica que ela continue nessa linha, ao invés de priorizar os interesses do país e a informação a ser dada a seu leitores e à população em geral."



A arte de escrever para idiotas

- Os autores do excelente texto não deram nome aos que ganham dinheiro para escrever para idiotas. Eu cito alguns, você concorda ou não com a minha pequena lista?

  1. Reinaldo Azevedo
  2. Augusto Nunes
  3. Diogo Mainard
  4. Ricardo Noblat
  5. Merval Pereira
  6. Josias de Souza
Nos comentários, deixe sua listinha. Leia com atenção o artigo abaixo:
Para aqueles que não lerão este artigo
Em nossa cultura intelectual e jornalística surge uma nova forma retórica. Trata-se da arte de escrever para idiotas que, entre nós, tem feito muito sucesso. Pensávamos ter atingido o fundo do poço em termos de produção de idiotices para idiotas, mas proliferam subformas, subgêneros e subautores que sugerem a criação de um nova ciência.
Estamos fazendo piada, mas quando se trata de pensar na forma assumida atualmente pela “voz da razão” temos que parar de rir e começar a pensar.
Artigos ruins e reacionários fazem parte de jornais e revistas desde sempre, mas a arte de escrever para idiotas vem se especializando ao longo do tempo e seus artistas passam da posição de retóricos de baixa categoria para príncipes dos meios de comunicação de massa. Atualmente, idiotas de direita tem mais espaço do que idiotas de esquerda na grande mídia. Mas isso não afeta em nada a forma com que se pode escrever para idiotas.

Diga-se, antes de mais nada, que o termo idiota aqui empregado guarda algo de seu velho uso psiquiátrico. Etimologicamente, “idiota” tem relação com aquele que vive fechado em si mesmo. Na psiquiatria, a idiotia era uma patologia gravíssima e que, em termos sociais, podemos dizer que continua sendo.

Twitter da hora

Não consegue entrar no BBB [Big Bosta Brasil] e quer ser famoso? 
Vire corrupto. 
Depois de preso, dê entrevista acusando o PT. 
Ganhará a glória das manchetes!

Política Santos - @Politica_Santos 



Jornal Nacional esconde desmentido a delação contra Dirceu

Qual a novidade? A Globo omite e mente descaradamente!

A edição do Jornal Nacional (JN) desta 2ª feira (9), com o objetivo de mais uma vez tentar envolver José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato, ‘requenta’ trecho do depoimento de Alberto Youssef que faz referência ao ex-ministro, porém não diz que o delator foi desmentido pela advogada Beatriz Catta Preta, que representa o empresário Júlio Camargo.
“Quanto à ilusória e absurda conclusão de que o Sr. Júlio Camargo tenha uma relação “muito boa” com o Sr. José Dirceu, apenas porque este teria viajado em avião de sua propriedade, deve ser esclarecido que a aeronave em questão, qualificada como taxi aéreo, era deixada sob a administração da TAM, a qual tem o dever de cuidar da manutenção, hangaragem e afretamento da mesma. Isso significa que, ao haver interessados no afretamento da aeronave, a TAM apenas pergunta ao proprietário se utilizará o avião naquele período ou não. A responsabilidade é inteiramente da TAM, inclusive quanto ao recebimento dos valores pelo afretamento”.
O trecho acima é da advogada de Júlio Camargo, Beatriz Catta Preta, no desmentido – Fato Relevante – que apresentou quando essa história de relação “muito boa” entre seu cliente e Dirceu apareceu pela primeira vez, quase um mês atrás.
JN deu notícia velha, “requentada”
A notícia desta 2ª feira é velha, portanto, mas foi tratada como inédita pelo JN. Em 12 de fevereiro, a informação já havia sido publicada pela imprensa e desmentida tanto pelo ex-ministro quanto pela advogada de Camargo.
O Jornal Nacional também afirma que o ex-ministro é investigado pela Justiça do Paraná, porém não informa que José Dirceu não foi sequer citado pela lista do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot encaminhada ao Supremo Tribunal Federal  (STF).
Nesta 2ª feira, a assessoria do ex-ministro encaminhou nota ao Jornal Nacional reafirmando seu repúdio às acusações e ressaltando o desmentido feito pela advogada Beatriz Catta Preta. A Globo, no entanto, não fez qualquer referência ao posicionamento da defensora de Júlio Camargo.
Segue abaixo a íntegra da nota encaminhada pela assessoria do ex-ministro ao JN:
“Conforme já divulgado em fevereiro, o ex-ministro José Dirceu repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava Jato.
O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Júlio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu. O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo.
Em 12 de fevereiro, a advogada Beatriz Catta Preta, que representa Julio Camargo, também divulgou nota negando as afirmações feitas por Alberto Youssef. “As informações lançadas pelo colaborador Alberto Youssef são temerárias porque são absolutamente inverídicas. Não há a indicação de um elemento de prova, sequer indiciária, acerca dos fatos mentirosos ali narrados. A alusão a um certo ‘pen drive’ não passa de criação do colaborador em questão”, afirma a advogada em um trecho do Fato Relevante divulgado no mês passado.”
Para que o leitor tenha acesso à verdade escondida pelo Jornal Nacional, segue abaixo a íntegra do Fato Relevante divulgado pela advogada Beatriz Catta Preta:
FATO RELEVANTE
A quem possa interessar
Como advogada de JULIO GERIN DE ALMEIDA CAMARGO, tendo sido duramente atingido com possíveis danosos reflexos em seus negócios e sua vida pessoal, pelas matérias jornalísticas veiculadas nesta data, dando conta do conteúdo do Termo de Colaboração nº 11, de Alberto Youssef, no âmbito de Acordo de Colaboração Premiada quanto aos fatos investigados na denominada “Operação Lava Jato”, cujo sigilo fora levantado pelo MM. Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, tornando-o público, venho externar repúdio ao conteúdo inverídico e afrontoso das declarações do colaborador e prestar, em respeito aos clientes, parceiros de trabalho, amigos, familiares e às pessoas de boa-fé que o conhecem os esclarecimentos seguintes:
1) O Sr. Júlio Gerin de Almeida Camargo é, também, colaborador da justiça no âmbito da mesma operação policial, sendo certo que já declarou tudo o quanto tinha conhecimento acerca dos fatos investigados, inclusive sobre seu funcionário, Sr. Franco Clemente Pinto. As declarações do Sr. Júlio Camargo já são de conhecimento público, e já foram amplamente divulgadas.
2) As afirmações lançadas pelo colaborador Alberto Youssef são temerárias porque absolutamente inverídicas. Não há a indicação de um elemento de prova, sequer indiciária, acerca dos fatos mentirosos ali narrados. A alusão a um certo “pen drive” não passa de criação do colaborador em questão.
3) Já quanto à ilusória e absurda conclusão de que o Sr. Julio Camargo tenha uma relação “muito boa” com o Sr. José Dirceu, apenas porque este teria viajado em avião de sua propriedade, deve ser esclarecido que a aeronave em questão, qualificada como taxi aéreo, era deixada sob a administração da TAM, a qual tem o dever de cuidar da manutenção, hangaragem e afretamento da mesma. Isso significa que, ao haver interessados no afretamento da aeronave, a TAM apenas pergunta ao proprietário se utilizará o avião naquele período ou não. A responsabilidade é inteiramente da TAM, inclusive quanto ao recebimento dos valores pelo afretamento.
4) Tudo o que havia a ser esclarecido e informado às Autoridades sobre os fatos investigados na denominada “Operação Lava Jato” fora feito nos termos de declarações em colaboração, conforme já citado, não havendo nenhuma pendência por parte do Sr. Júlio Gerin de Almeida Camargo, seja pela entrega de documentos, seja por informações adicionais.
São Paulo, 12 de fevereiro de 2015.
Beatriz Catta Preta
Advogada de Júulio Gerin de Almeida Camargo
do Blogue do

Campanha do Restadão contra José Dirceu já dura dez anos

Do blog de Zé Dirceu, em resposta ao Estadão:
A reportagem “Delator repetiu esquema de Dirceu para abrir offshores” (17/02) procura, sem qualquer razoabilidade jornalística, associar o ex-ministro José Dirceu ao esquema assumido pelo engenheiro Pedro Barusco para recebimento de recursos ilícitos no exterior.
O argumento central da reportagem, de que ambos teriam recorrido ao escritório Morgan y Morgan, no Panamá, para abertura de suas empresas, não tem qualquer consistência. Em primeiro lugar, a Morgan y Morgan, como já fora amplamente divulgado pela imprensa brasileira em 2013, é responsável pela abertura de milhares de offshores em território panamenho, muitas delas representando empresas brasileiras, segundo as legislações civil, comercial, societária e bancária do país.
A prevalecer o raciocínio que motivou a reportagem, o Estadão está diante da obrigação jornalística de desvendar todos os clientes brasileiros ligados a Morgan y Morgan, partindo da premissa de que todos são igualmente suspeitos pelo simples fato de recorrerem ao mesmo escritório usado por Barusco.
Caso contrário, o jornal tornará explícito que sua posição política (comumente expressa em seus editoriais) também permeia e orienta sua reportagem – espaço que, como manda a boa prática jornalística, deveria ser regido pelo princípio da isenção.
A segunda razão pela falta de consistência da reportagem é o fato de que a JD Assessoria nunca atuou ou estruturou qualquer operação no Panamá. Em 24 de dezembro de 2013, após reportagens do próprio O Estado de S. Paulo que procurava associar o ex-ministro José Dirceu aos proprietários do hotel Saint Peter, em Brasília, a JD Assessoria encaminhou carta ao jornal negando qualquer tipo de relação com os donos do hotel.
A carta também esclarecia que o pedido de abertura de filial no Panamá sequer chegou a ser registrado naquele país, sendo revogado, por decisão da própria empresa, que seguiu todos os trâmites previstos pela legislação brasileira. Portanto, a JD Assessoria nunca atuou naquele mercado nem tampouco existiu formalmente no Panamá.
As tentativas de envolver o ex-ministro José Dirceu, além de desprovidas de provas, só reforçam a intenção de estabelecer a qualquer custo o vínculo da Operação Lava Jato com o PT, dando continuidade a uma campanha difamatória que já dura dez anos.



A molecagem de Jaoquim Bó e do pig

do blog Jogo do Poder
por Luiz Carlos da Rocha
O Estatuto da Advocacia dispõe que os advogados têm o direito de serem recebidos por autoridades públicas (Art. 7º, VI, “b”, da Lei nº 8.906/94).
A mídia noticiou que o Ministro da Justiça recebeu advogados que patrocinam os interesses da Odebrecht na operação Lava Jato e, de pronto, de modo irrefletido, como de costume, o ex-Ministro Joaquim Barbosa resolveu condenar a atitude do Ministro da Justiça.
No Twitter, Joaquim Barbosa pede a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (Foto: Reprodução/Twitter)
Uma molequice, irresponsável, pois não sabe o que foi tratado na reunião. Tivesse o Ministro recebido os advogados em um boteco, às escondidas, a molequice de Barbosa até teria sentido.
Quando Ministro do STF, Barbosa agia exatamente dessa forma. Como era do conhecimento geral, tinha desprezo por contato com advogados. Uma afronta ao Estatuto da OAB, que Barbosa jurou cumprir recentemente quando se inscreveu como advogado.
Além de leviano, pois presumiu que o Ministro da Justiça estava cometendo ilicitude no contato com os advogados da Odebrecht, Barbosa prega a violação ao Estatuto da OAB ao sugerir que não é honesto o advogado procurar uma autoridade do Executivo para tratar de questões relacionadas com a defesa dos interesses do cliente.
Leia a íntegra da nota do Ministério da Justiça:
“Brasília, 15/2/2015 – O ministro da Justiça Jose Eduardo Cardozo reitera, como o fez na matéria publicada pelo jornal O Globo de hoje, a absoluta regularidade da audiência realizada com advogados da empresa Odebrecht, dentro do estabelecido na legislação em vigor, uma vez que registrada em agenda pública e em ata específica, sendo devidamente acompanhada por servidor do próprio ministério. Os fatos relatados nessa audiência deram ensejo a duas representações que tramitam em sigilo legal decorrente da própria natureza dos fatos e das funções próprias do Ministério da Justiça.
O ministro também assinala mais uma vez que não teve nenhuma reunião para tratar da operação Lava-jato com o advogado Sergio Renault, ao contrário do que foi divulgado de forma inverídica por uma revista semanal.
Há mais de 4 anos à frente do Ministério da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo jamais interferiu nas atribuições do Ministério Público e do Judiciário, que têm independência assegurada pela Constituição Federal. Da mesma forma, tem garantido total autonomia de investigação à Policia Federal, independentemente da condição política ou econômica de quaisquer investigados.
Ninguém pode desconhecer que, como é próprio de um Estado Democrático de Direito, a  legislação brasileira (art. 7, VI, c, da Lei 8.908/94 – estatuto da advocacia) estabelece como direito de quaisquer advogados a prerrogativa de serem recebidos por servidores ou autoridades públicas no regular exercício de suas atividades profissionais.
Assim, não há absolutamente nada de ilegal ou de irregular no fato de que o Ministro de Estado da Justiça receba advogados que pretendem representar contra eventuais atos ilegais que julguem ter ocorrido no âmbito da atividade de órgãos da pasta. Aliás, é dever do Ministério da Justiça receber estas representações e determinar o seu regular processamento, sob pena de incorrer em grave violação legal.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Justiça”

E se Beto Richa fosse petista?

Publicado no literatortura.
A escolha de pauta nos grandes jornais brasileiros é muito interessante, veja bem:
No Paraná, 100% das escolas estaduais estão em greve. Três, das quatro universidades estaduais, também. Policiais e bombeiros, não, porque sua greve é inconstitucional.
Há poucos dias, os ônibus de Curitiba pararam. Pelo governo estadual.
Nesta semana, Beto Richa (PSDB) propôs um “pacote de maldades” para ser aprovado em critério de urgência pelos seus deputados mandados. Entre os desejos, além de aumentar impostos, Richa quer pegar 8 bilhões da Previdência Paraná. Pegar (pra não dizer roubar) porque esse dinheiro tem dono. Esse dinheiro é do contribuinte.
Entre tantos feitos, Beto deu calote em professores, bombeiros, policiais e outras classes, não pagando férias, atrasando décimo terceiro, demitindo professores PSS que haviam sido aprovados, além de faxineiros, merendeiros, porteiros etc.
Para o leitor entender, se uma escola abrir hoje, ela abre sem merenda.
Por outro lado, sorte da escola que abre, porque várias foram fechadas.
Qual governo, em pleno 2015, fecha escolas?
Qual jornal, em pleno 2015, com a internet aí, omite o caos que está acontecendo?
Talvez as informações sejam irrelevantes…
Talvez, como sempre acontece quando o bico do pássaro é grande, estejam acobertando. Como o e-mail que vazou, da diretora da globo mandando tirar o nome de FHC dos vt’s sobre a Lava-Jato. Curioso que dois dias depois do e-mail vazar, fizeram uma matéria colocando o nome do FHC, em todos os jornais. Imparcialidade, sempre.
Ontem, além do que já foi escrito e dos outros absurdos que você pode descobrir, caso se interesse pela política paranaense, mais de 20 mil professores e funcionários públicos, de diferentes cidades, ocuparam a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, dando um corre nos deputados de situação, que fugiram pela porta dos fundos.
[Minha mãe, professora há mais de 25 anos, com outros professores de Guaíra, viajou mais de 660 km, para estar no protesto, tamanha a gravidade do assunto.]
Os professores permanecem na ALEP.
Hoje, Beto Richa conseguiu que decretassem a expulsão deles do local.
A PM, em vídeo divulgado lá na nossa página, se recusou a cumprir tal ordem e foi embora.
Em comentário, a docente e leitora do site, Thais Vanessa Schmitz, escreveu: “A PM do PR também está sofrendo com um calote do governador e desvalorização. Para eles é inconstitucional fazer greve, mas estão nos apoiando, um deles mesmo disse: eu sei que vocês estão lutando por nós também.”
Entretanto, nada está garantido. Como se fosse piada, os parlamentares irão votar o projeto amanhã, a portas fechadas, no restaurante da Câmara.
Será que a população não vai invadir? Será que não teremos confrontos?
Tudo isso, absolutamente tudo isso [e muito mais], não parece importar aos grandes jornais, sendo transmitido apenas pela televisão local.
A pergunta que não quer e não pode calar é: e se fosse um governo petista?
Eu respondo:
Se fosse um governo petista, este site atuaria da mesma maneira. Infelizmente, porém, não podemos dizer isso da grande mídia, que não abre o bico sobre tais assuntos, porque o mesmo bico que abre é o bico que é atingido.