Lula - Políticas públicas
Carta do Ibre
“Se essa visão for confirmada, é possível que o país seja beneficiado por uma feliz coincidência: o desafogo da crise global de crédito veio a tempo de permitir que a indústria, vencida a queima de estoques, reiniciasse a sua marcha, antes que a perda de empregos nesse setor se disseminasse, via demanda, na forma de um impacto mais amplo na economia”.
“Em resumo, a conjuntura brasileira é sem dúvida melhor do que a apontada pela maior parte das projeções no início deste ano, para não falar do final do ano passado.”
Patrus Ananias
Durante muito tempo vivemos a separação: ou o desenvolvimento econômico ou políticas de inclusão e justiça social. Como se o desenvolvimento econômico fosse incompatível com as políticas de distribuição de renda. Assim, o país cresceu muito no século 20, mas não garantiu a sustentabilidade social e ambiental desse crescimento.
Apesar da crise, governo diminui pobreza
Natalia Pacheco, Jornal do Brasil
Apesar da atual crise financeira internacional, 316 mil brasileiros saíram da linha de pobreza entre Outubro de 2008 e Março deste ano nas seis maiores regiões metropolitanas do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, segundo estudo divulgado terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Esta é a primeira vez, desde o colapso econômico do início dos anos 80, quando o Ipea iniciou a pesquisa, que o instituto registra queda do número de pobres no país em períodos de turbulência financeira. Segundo o instituto, a taxa de pobreza nessas seis regiões em Março deste ano ficou em 30,7%, 1,7% menor que a registrada em Março de 2008, o que representa uma redução de 670 mil pessoas na condição de pobreza. Leia mais Aqui
É por estas e otras cositas mais que o povo apoía o governo, o presidente Lula e vai eleger nossa candidata em 2010.
Capicce?...
Uma decisão hístorica
Dessa nova linha de crédito, de imediato, já estão disponibilizados R$ 3,5 bilhões para a Argentina. A importância da medida está no fato de que ela mostra a maturidade da política de comércio externo do Brasil. Marca, também, o caráter de nosso país como exportador de capital, tecnologia e serviços e, agora, de financiador, o que exigirá, no futuro, a constituição de um banco de exportação e importação, papel hoje reservado ao BNDES e ao Banco do Brasil (BB).
Bolsa Família
A 1ª das cinco foi entregue ontem
A unidade terá capacidade para receber cerca de mil alunos nos cursos de agroindústria, agropecuária e guia de turismo. Parte das vagas no cursos tecnológicos serão oferecidas aos estudantes que estão no ensino médio. O objetivo é oferecer uma formação integrada. “Se cada presidente, daqui para frente, fizer um esforço, nós poderemos ter 500, 600 escolas técnicas federais em todo o território nacional. E isso é essencial para que o ensino médio recupere a qualidade e permita ao estudante uma inserção como cidadão e trabalhador muito mais digna”, afirmou Ministro da Educação, Fernando Haddad.
Aroldo Félix Nunes, de 36 anos, é aluno do primeiro semestre do curso de agropecuária na escola técnica de Planaltina. Após 16 anos longe dos bancos escolares, ele disse que voltou a estudar porque precisa atualizar-se diante das novas tecnologias do campo. “Eu tenho uma pequena propriedade em Formosa e a gente fica atrasado se não estudar. Estou tentando aprimorar meus conhecimentos para trabalhar melhor na terra”, explicou.
As outras unidades das escolas profissionalizantes do Distrito Federal ficarão em Samambaia, Taguatinga, Gama e Plano Piloto. Até o final de 2009 o governo federal quer entregar 100 unidades das escolas profissionalizantes.
Consórcios viram parceiros no Madeira
Os consórcios que constroem as usinas do rio Madeira, em Rondônia, deixaram suas diferenças de lado e se uniram para cortar gastos e aumentar o retomo dos investimentos. As duas empresas ajustam ainda detalhes da parceria, que em alguns casos vai precisar da anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Fontes do alto escalão tanto da Madeira Energia (Mesa), dona da usina de Santo Antônio, quanto do consórcio Energia Sustentável (Enersus), que leva adiante a obra de jirau, dizem que já relacionaram os pontos em que poderão trabalhar em conjunto.
Executivos das empresas ligadas aos consórcios calculam que a economia resultante de sinergias pode chegar a R$ 500 milhões por usina. Esse valor, ainda uma estimativa preliminar, incrementaria em 10% o retorno dos projetos. Isso justificaria, segundo esses executivos, a decisão da Odebrecht, que lidera o Mesa, de desistir da disputa acirrada que travava com o grupo francâs GDF Suez, líder do Enersus, em torno de Jirau.
O embate, que chegou a render uma queixa-crime por parte da Odebrecht contra o presidente do Enersus, Victor Paranhos, começou quando o consórcio liderado pela Suez venceu o leilão de Jirau após alterar em quase dez quilômetros o local da construção da usina. Com a redução de custos decorrente da mudança, o Enersus pôde oferecer um preço imbatível no leilão, de R$ 71,40 o megawatt-hora. Em Santo Antônio, o consórcio Madeira Energia venceu com oferta de R$ 78,87.
Inconformada, a Odebrecht tentou convencer o governo de que a alteração do local da usina não atendia as condições do edital e criava problemas ambientais. Não conseguiu e o projeto já tem, inclusive, aprovação provisória do Ibama, que permitiu o início das obras.
Hoje, em plena crise, os dois consórcios preferem se unir para reduzir custos. Os estudos ambientais, por exemplo, terão despesas divididas. A união também permite que a questão fundiária não tenha um sobrepreço, com uma das partes inflacionando indenizações. A operação do reservatório também será feita em conjunto.
BB financiará habitação popular
O Presidente Lula, ordenou que o Banco do Brasil atue no financiamento de imóveis para setores de baixa renda.
O tantinho e o TanTão
Não vejo muita novidade nisso. Em geral é assim. Se o governo faz algo de bom para você, é natural que você fique mais propenso a votar na situação do que na oposição. Não sei se o Bolsa Família é —como diz o ex-governador de Pernambuco— "o maior" programa planetário de "compra de votos". Mas ele sem dúvida tem sido eficaz para trazer à administração federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoio político entre os mais pobres.
Por que o Bolsa Família é politicamente eficiente? Porque dá a um tantão de gente que não tem quase nada um tantinho de alegria para cada um. Há outras maneiras conhecidas de o governo proporcionar felicidade. Em certas privatizações, por exemplo, a turma que arremata ativos estatais a preço de banana fica tão agradecida ao governante que se dispõe a apoiá-lo politicamente. É do jogo.
A desvantagem eleitoral das privatizações localiza-se num aspecto muito particular. É que, amiúde, o tantão de alegria que elas proporcionam só beneficia um tantinho de gente. É diferente do Bolsa Família. O multiplicador eleitoral é mais modesto, dado o pequeno contingente de felizardos. Pois, infelizmente, muitas vezes o que sobra para o cidadão comum é a conta a pagar. O Brasil tem um dos serviços de telefonia celular mais caros do mundo. Para não falar na energia elétrica.
Voltando ao Bolsa Família, eu sempre me espanto com a virulência dos ataques ao programa, que do ângulo orçamentário é até relativamente modesto. Eu não vejo a gritaria contra o Bolsa Família reproduzir-se, por exemplo, quando o agronegócio vem a Brasília exigir o perdão das dívidas que fez no Banco do Brasil. Ou quando empresários tomam os palácios da capital a impor que o governo abra mão de impostos. No Brasil, dinheiro público dado ao rico significa modernidade. Quando é dado para o pobre, representa atraso e clientelismo.
Em relação ao Bolsa Família eu sou radical. Sigo a cartilha do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O programa deveria ser expandido a toda a população, na forma de um imposto de renda negativo. Todo mundo teria direito a uma renda mínima, capaz de evitar o mergulho na pobreza extrema. Para o meu gosto, o governo Lula é até tímido nessa área. Ele costuma ficar refém do discurso das "condicionalidades". Como se a mãe de família pobre precisasse ser coagida para mandar os filhos à escola. Ninguém é idiota por ser pobre.
Lembro bem da gritaria que houve na Constituinte quando se implantou a aposentadoria rural universal, independente de contribuição. Diziam que o país não suportaria. Pois bem, hoje a aposentadoria rural, somada ao Bolsa Família, é um poderoso instrumento para movimentar a economia dos pequenos municípios. Num Brasil em que a reforma agrária dorme na gaveta, o repasse de recursos públicos às populações mais pobres do interior ajuda também a evitar um afluxo ainda maior de gente para as regiões metropolitanas.
A oposição já perdeu uma eleição presidencial por não saber defender suas privatizações junto ao eleitor. Agora, a julgar pelo discurso articulado do senador pernambucano, arrisca-se a naufragar diante da acusação de que, se vencer em 2010, vai acabar com o Bolsa Família. A oposição nunca soube mesmo lidar com as políticas sociais de Lula. Azar dela.
Para quem precisa desesperadamente conquistar votos entre os mais pobres e no Nordeste, a oposição está começando a campanha eleitoral com o pé direito. Isso foi uma ironia. Ou, se quiserem, um trocadilho.
Ceará - Governo estadual investe
O governo do Ceará começa 2009 tirando do papel uma série de investimentos voltados para o melhoramento da infra-estrutura do Estado.
PAC o novo New Deal
Babaquice ou má-fé?
PAC paulista não é eleitoreiro
Pré-candidato do PSDB à sucessão do presidente Lula, o governador de São Paulo, José Serra, anunciou o PAC paulista, versão estadual do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal: um pacote de medidas para combater os efeitos da crise internacional.
Pobreza diminui
A quantidade de pessoas consideradas pobres continua caindo mesmo mesmo com o agravamento da crise financeira internacional.
De acordo com com dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela FGV, 8% dessas pessoas migraram para classes de rendimento mais alto durante 2008. Além disso, a classe média-emergente continua crescendo nas seis principais metrópoles do país.
Em dezembro de 2008, estavam incluídos 53,8% da população. Esse percentual era 51,8% no mesmo período de 2007.
O coordenador da pesquisa, Marcelo Neri indicou as políticas públicas para esse quadro.