do Olhar Digital
Ainda que os números apontem grandes diferenças, a batalha é de gigantes. De um lado, a rede de Mark Zuckerberg, com cerca de 1 bilhão de usuários; do outro, a segunda maior rede social do planeta – o Google+, que vem conquistando e agradando cada vez mais usuários - alguns, inclusive, “roubados” do Facebook.
Especialista em redes sociais, a jornalista e blogueira Samantha Samegui tem perfil cadastrado e usa “bastante” as duas redes sociais. No Facebook ela entrou há muito tempo, principalmente para manter contato com amigos que fez no exterior. Já o Google+ ela começou usar mais recentemente; há quase um ano.
A jornalista, que escreve sobre comportamento e cultura para famílias, administra algumas “fanpages” no Facebook, ainda que prefira a rede para manter contato com amigos. Já no Google+, o uso é mais profissional – seu perfil já tem quase 400 mil seguidores.
Ela explica que no Google+ há facilidade para se seguir assuntos "macro" de interesse, e que agora ocorre um processo de criação de comunidades, que eram bem famosas no Orkut e, no Facebook, são os grupos. "Agora a gente pode importar a comunidade do Orkut e essa é uma ferramenta interessante: você importa tudo o que tinha na sua comunidade (não todos os fóruns) e as pessoas que faziam parte são convidadas a entrar na nova", comenta Samantha.
E por essa atividade intensa nas duas maiores redes sociais do mundo, ela conseguiu avaliar diferentes usuários e aplicações nas duas plataformas.
"Nas comunidades é que há um foco e as pessoas conversam mais do que no Facebook. As pessoas querem interagir; quando você posta um conteúdo, elas respondem", diz.
Já no Facebook, segundo ela, as pessoas até clicam ou curtem as coisas que você publica, mas a maioria não interage – ou quando responde, acaba usando outro meio para conversar.
Claro, assim como a Samantha, já existe muita gente experimentando as duas plataformas, mas ela acredita que a maioria dos usuários de uma ainda não testou a outra.
"As pessoas que usam as duas ainda não encontraram esse modelo, elas tentam repetir o de um para o outro e eu não sei como elas vão encaixar. Eu acho que a tendência é que elas acabem preferindo uma", opina a jornalista.
Talvez o grande destaque do Google+ fique por conta de suas ferramentas e toda integração com aplicativos do Google, como Gmail e Hangouts, por exemplo. O Facebook tem chat em vídeo, mas a ferramenta não oferece as mesmas funcionalidades do bate-papo em vídeo do Google+. Na rede do Google, os usuários podem criar um "ponto de encontro" e conversar em grupo ou assistir a um vídeo do YouTube juntos.
"O Hangout é uma ferramenta que eu uso para as reuniões com a minha equipe que estão em trabalho remoto, especialmente agora que eu estou em casa porque estou em licença maternidade", comenta Samantha, que faz o alerta: "Quando as pessoas migrarem, se elas migrarem, para o Google+, eu acho que ele tem ferramentas por enquanto melhores."
Outra diferença que vale destaque é o feed de notícias. No Google+ é mais fácil receber atualizações sobre os assuntos que mais lhe interessam. É possível, por exemplo, escolher temas como "tecnologia" ou "artes" e saber tudo o que está rolando sobre o assunto sem ser interrompido por uma publicação de um amigo ou uma foto.
Outra constatação: o usuário do Facebook, hoje, está principalmente nos dispositivos móveis como tablets e smartphones. Já no Google+, o uso ainda é maior no computador.
Agora, se tivesse que escolher...