Meu fake, minha vida

A imprensa corporativa sempre tentou impingir à esquerda a pecha de intolerante e fanática. Agora essa mesma imprensa está de verdade sentindo na pele o que é fanatismo e intolerância.

A "Esquerda" - assim chamado esse balaio de gato que contém comunistas, petralhas, bolivarianistas etc. etc. - sempre combateu e denunciou a manipulação dos fatos por um jornalismo venal, prostituto, que coloca os interesses de seus patrocinadores acima do direito universal à informação isenta. 

Ilustrativamente, é mais ou menos assim: entre a vontade de verdade da "Esquerda" e a versão da imprensa corporativa, existe a realidade objetiva. A "Esquerda" reivindica que a versão da imprensa coincida com essa realidade objetiva. Nem lá, nem cá: apenas o factual.

O que a ultradireita fascista vem fazendo no Brasil é totalmente diferente disso. Eles não se insurgem em defesa de uma informação isenta para todos: eles se insurgem violentamente contra qualquer versão, opinião ou interpretação que divirja de sua vontade de verdade própria. 

Os fascistas não exigem que a versão da imprensa retrate com fidedignidade os fatos, mas que coincida cem por cento com seus constuctos mentais, seus solipsismos, que traduza seus delírios e retrate fielmente sua realidade paralela. O mundo não pode ser maior do que sua bolha.

Não é uma briga para que o fato se sobreponha ao fake. É a pretensão TOTALITARISTA de que o "MEU fake" se imponha sobre qualquer outro fake e sobre o factual também. Zero honestidade intelectual. O MEU fake deve ser universal e ponto final. Todo o resto, isto é, o mundo que se dane. E que se cale!
por Rafael Patto 

Lawfare fodeu o judiciário e o Brasil

O juiz Carlos Henrique André Lisboa, juiz responsável pelo inventário de dona Marisa Letícia, poderia ter lido o extrato do Bradesco e escrito o valor de R$ 26.281,74, em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) que ela deixou no banco, antes de falecer. 

Mas, não. Ele tirou não sei de que conluio com a milícia, um valor de R$256 milhões e espalhou o documento fraudulento do inventário inventado, pro Gabinete do Ódio e pra rádio mais fascista de SP (Jovem Pan).

Isso não é "erro de digitação". Isso é lawfare, na sua forma mais cara-de-pau.
Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro fizeram a festa, no cercadinho do zap-zap. Regina Duarte, aproveitou o ócio do laranjal da Cultura e ajudou a espalhar a calúnia. A Jovem Pan jogou pra lama e a mídia (que nem banana merece) entrou no jogo.

O juiz do inventário, na maior cara de pau do lawfare, dá 20 dias pra defesa explicar como a corrupção da sua Vara chegou nessa conta. A defesa foi avisada pelas fake news. Já mandaram o extrato do banco pro juiz, mas o estrago que o juiz causou...

Nós sabemos qual a finalidade do lawfare. O lawfare abastece as fake news que abastecem a mídia, que transformam toda a corrupção da Justiça Brasileira, em autos, processos, assassinatos morais, perseguições políticas, injustiça e morte da Democracia.
A injustiça é tão meticulosamente planejada (entre Varas e imprensa) que, no Brasil, só beneficiou o crime organizado na política brasileira. 

O juiz Carlos Henrique André Lisboa deve explicações. Não basta esfregar a cara dele no extrato bancário que ele, juiz, fingiu não saber ler. 
Moro, outro juiz de conluio com crime organizado, hoje, ex-juiz advogando pra milícia, passou anos fingindo não saber ler o que a Constituição ordenava, a defesa provava, os autos apontavam. O Lawfare, pra ele, era exercício rotineiro, na sua Vara, em Curitiba. Em troca, ele recebeu a promessa de indicação à uma vaga no STF. 

Quantas vagas no STF estão à venda para juízes que praticam lawfare? 
O mercado negro de cadeiras do Supremo, já está na cara do povo brasileiro. 
A Justiça Brasileira está infectada de corruptos que viram em Moro, o pior exemplo. Para um juiz ganhar prestígio hoje, basta mentir nos autos, chamar a imprensa e esperar a fabriqueta de fake news fazer o serviço. Com sorte, a mesma fabriqueta cria  um clima de ódio contra ministros da Suprema Corte e, entre um "acidente" ou outra coisa, vagas no Supremo podem pipocar, da noite para o dia.
O "Gabinete do Ódio" procura terroristas e assassinos de juízes, a cada postagem contra o STF. 

O Deputado Paulo Pimenta está abrindo um processo contra Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Regina Duarte, na justiça e na comissão de ética, pelo disparo de mensagens caluniosas em nome de Marisa Letícia. Deveria abrir um processo no CNJ para o juiz que não presta nem pra ler extrato de banco, mas quer banquinho pra ficar famoso, entre seus pares de coluio. 

O Lawfare não destruiu só a paz de Lula. O lawfare matou dona Marisa com um AVC, roubou o tablet e a paz do Arthur, tirou 580 dias de liberdade de Lula, a candidatura de Lula e deixou a turma de Curitiba podre de rica. 
O Lawfare destruiu nosso setor industrial, de engenharia, tecnologia e de gás e petróleo. Colocou 40 milhões de brasileiros na informalidade, 14 milhões no olho da rua e 30 milhões na miséria. 
O Lawfare tirou mais de R$2,5 bilhões da Petrobras, enfiou num banco e esse dinheiro rende, desde 2015, sabe-se lá pra qual quadrilha. 
O Lawfare derrubou uma presidenta. Elegeu um genocida e entregou a soberania do Brasil pros Estados Unidos. 

O juiz Carlos Henrique André Lisboa sabe o valor de um Lawfare. Um Lawfarezinho desse que ele cometeu, vale bem mais que R$256 milhões. Vale trilhões. Hoje, vale mais que 210 milhões de vidas humanas. Vale a 8ª economia do mundo.

Quem pratica Lawfare, não comete "erro". Comete crime. 

Os crimes de Lawfare precisam ser enfrentados, para que a Justiça Brasileira deixe de ser cercadinho do crime organizado, com ministros acovardados e ameaçados por bananas (de dinamite), que os filhos bandidos do Jair amaçam jogar, com a ajuda dos fiéis consumidores de fake news. 

Isso, ninguém mais contesta - Jair é uma desgraça pro Brasil. Mas é bom lembrar que essa desgraça foi um oferecimento do Lawfare.

Não fosse o Lawfare, o presidente do Brasil seria Lula e, Moro, um ex-juiz aposentado, por crimes de colarinho. 
Talvez, Teori estivesse vivo. Dona Marisa estivesse viva. Arthur estivesse vivo. Uma dezena de empresários, jornalistas, ativistas...  Cancellier estaria vivo.

O Lawfare destruiu o poder Judiciário que hoje se humilha pra dois moleques, uns birutas e uma penca de desqualificados assassinos que não sabem pronunciar nem "cônjuge".

por Malu Aires

Talvez seja assim...ou não

QUANDO TUDO TERMINAR (Autor desconhecido) 

Vamos sair com o cabelo mais comprido e mais branco.
Com as mãos e casas limpas e roupas antigas.
Com medo e vontade de estar fora.
Com medo e vontade de conhecer alguém.
Vamos sair com os bolsos vazios e as dispensas cheias.
Nós saberemos fazer pão e pizza e aprendemos a não desperdiçar a comida que pode faltar...
Lembraremos que um médico ou enfermeiro deve ser aplaudido mais do que um jogador de futebol, e que o trabalho de um bom professor não pode ser substituído por uma tela.
E que costurar máscaras, em certos momentos, é mais importante do que fazer alta moda.
Que a tecnologia é muito importante, na verdade vital, quando é bem usada, mas pode ser prejudicial se alguém quiser usá-la para fins próprios.
E que nem sempre é indispensável entrar no carro e fugir quem sabe para onde...
Vamos sair mais sozinhos, mas com vontade de estar juntos.
E vamos entender que a vida é boa porque você vive.
E que somos gotas de um mar.
E que só juntos conseguiremos sair de certas situações.
Que às vezes o bem ou o mal, vem de quem você menos espera.
E vamos olhar para o espelho.
E vamos decidir que talvez o cabelo branco não seja assim tão mau.
E que a vida em família é importante e amassar pão para eles nos faz sentir importantes.
E aprenderemos a ouvir respirações, os golpes de tosse, e a olhar nos olhos, para proteger a quem amamos.
E respeitar algumas regras básicas de convivência.
Talvez seja assim.
Ou não.
Mas esta manhã, num dia de outono aqui e primaverá lá, eu quero esperar que tudo seja possível e que se possa mudar para melhor.
Proteja a vida.

Desconheço a autoria. Quem souber diga nos comentários e darei os créditos 

Eles sempre esteviram no meio de nós, por Rafael Patto

Eles sempre estiveram no meio de nós.

A deformidade de caráter dessas pessoas que, em meio a uma pandemia, ousam fazer um carnaval em plena Avenida Paulista e ainda desfilam com um caixão como alegoria não é coisa nova.

São perversos no mais alto grau. Indiferentes à realidade factual e insensíveis à dor e ao sofrimento alheio. Ou, caso contrário, não ousariam tripudiar de quem morreu e dos que sofrem pelos que morreram de uma doença que ainda nem começou a fazer o estrago que está prometido.

Essa gente sempre foi assim. O que é novo é o ambiente, esse contexto permissivo que os faz se sentir autorizados a dar vazão às suas mais repugnantes pulsões.

É um erro achar que foi o bolsonaro quem os adoeceu. O bolsonaro apenas resgatou essa gente de sua solidão. Daí tanta idolatria, tanto fanatismo, tanta gratidão e até devoção.

Devia ser desesperador para essa gente viver solitariamente, ruminando em silêncio suas depravações sem poder externar sua essência.

Ver o bolsonaro pondo para fora, sem nenhum filtro, todas essas abominações, voluptuosamente, sem qualquer auto-censura, foi libertador para eles. Um a um foram saindo do armário e se "re-conhecendo" em seus iguais, que também iam se encorajando a se assumir publicamente. Ganharam o mundo. Ou, pelo menos, ganharam o país. E é compreensível que ajam assim, de forma tão desabrida: a força de tanta energia negativa represada por tanto tempo agora entorna torrencialmente.

O despudor mais que pornográfico com que se comportam e se exibem não é apenas uma tentativa de insulto à "velha ordem": é uma desforra. Eles se vingam do mundo em que não se viam plenamente aceitos, que os obrigava a viverem enrustidos, e, feito cães que mijam pelos postes para demarcar território, agora se apressam em afirmar seus anti-valores para refundar o país segundo seu código moral próprio. Sim, porque existe uma moral, um ethos, que essa horda neo-empoderada defende com suas melhores armas: a violência e a sordidez.

Itaú bate record em canalhismo e hipocrisia

Da revista Exame: "Itaú Unibanco vai doar R$ 1 bilhão para combater o novo coronavírus."

Aparentemente, a notícia é linda, né? Mas prossigamos: 

"O dinheiro será transferido para a Fundação Itaú Social e será administrado por um grupo de profissionais da área de saúde liderado pelo médico Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês."

É muita desfaçatez! O banco vai doar o dinheiro para si mesmo, para uma marca integrante de sua holding, uma pessoa jurídica de seu próprio grupo empresarial, e ainda ganha em merchandising.

Doasse para a Fiocruz, uma entidade pública com mais de um século de história e grandes serviços prestados à ciência, apontada pela OMS como laboratório de referência nas Américas para o combate ao coronavírus.

Mas não: melhor fazer uma "ação entre amigos" com um hospital igualmente milionário.

Asco!

por Rafael Patto 

Adeus Ciro, por Leandro Fortes

Ciro Gomes é um homem inteligente e tem posições muito corajosas, sob diversos aspectos. Mas, há muito, se perdeu.

Dizer que a eleição de Jair Bolsonaro é culpa de Lula e do PT não é só desonestidade intelectual, é mau caratismo mesmo.

Ao abarcar essa tese, Ciro passa a se alinhar, definitivamente, com a raia miúda de ressentidos da direita brasileira que tenta fugir de uma responsabilidade que é exclusivamente dela. Porque foi ela, junto com a mídia criminosa do Brasil, que desencadeou um processo devastador de desconstrução da política para, como efeito colateral, destruir a imagem do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, finalmente, apear o petismo do poder central.

A dose do veneno antipetista, no entanto, foi demasiada. Na falta de um Fernando Collor, a classe dominante pensou em colocar na Presidência da República um boneco inanimado como Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, do PSDB. O retorno dos tucanos, sonho dourado de banqueiros, barões da imprensa, grandes empresários e especuladores do mercado financeiro se transformou no pesadelo chamado Jair Bolsonaro.

A ferramenta usada foi a Operação Lava Jato, sob comando do bem treinado Sérgio Moro, talvez o único realmente beneficiado, no fim das contas. Sem provas, mas incensado pela mídia e pelos setores mais reacionários envolvidos no golpe de 2016, Moro conseguiu colocar Lula na cadeia, a tempo de tirá-lo da disputa de 2018 e garantir, mais adiante, uma boquinha de ministro no governo Bolsonaro.

Foi esse movimento político que elegeu o demente que, por ora, nos governa. Não há qualquer culpa do PT e de Lula, nisso, e Ciro Gomes, entregue ao vale tudo para se cacifar entre os futuros órfãos do bolsonarismo, sabe muito bem disso.

Sempre soube, aliás. Ainda assim, fugiu para Paris, no segundo turno das eleições, ao invés de ficar e enfrentar a besta fera que ele, agora, ataca e critica confortavelmente sentado no camarote da covardia.