Que a imagem do Senado Federal está sumamente desgastada, isso é fato. E que senadores – e não somente José Sarney - estão no limite do desgaste e enfadam nossa boa paciência, também. Todavia, a figura de um certo senador vem a cada dia me causando estupefação pelo cinismo quase indecoroso com que verbaliza suas ideias.
Ideias elaboradas para satisfazer o ego da mídia sedenta de sensacionalismo e feita com frases prontas.
Falo de Pedro Simon, do PMDB gaúcho.
O que este senhor diz não pode ser levado a sério. Só mesmo uma imprensa golpista como a nossa para ainda lhe dar espaço.
Como o jornal O Liberal, de domingo último, que em seu editorial, objetivando atacar o PDMB – que no Pará tem a chancela de Jader Barbalho – e de tabela, o Governo Lula, diz, em letras garrafais: “ler o senador Pedro Simon é extasiante”.
Para mim, o certo seria: ler e ouvir o senador Pedro Simon é entediante.
Pedro Simon, não diz. Mas se apresenta como sendo o paladino da moral e da ética. Isso, O Liberal, representante do PIG (Partido da Imprensa Golpista, segundo Paulo Henrique Amorim), diz com todas as letras.
Este senador fala mal de todo mundo e para todo mundo. Fala mal do Lula e do seu governo. E fala mal – muito mal, por sinal – do seu partido, o PMDB e dos seus líderes. Sem nem uma excessão.
Para Simon, ninguém presta, nem no PMDB nem no governo.
Para Simon quem presta é a governadora Yeda Crusius do PSDB no seu estado. Ela que ainda não sofreu um impeachment porque a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, sob a orientação do inventor da ética, não assinou o requerimento que pede a abertura do processo.
Dizem que perguntar não ofende, então eu pergunto: se Pedro Simon fala tão mal e vive tão insatisfeito no (e com) o PMDB, então por que não se filia logo ao PSDB? Qual a diferença para Pedro Simon (ele que inventou uma ferramenta capaz de medir o tamanho dos crimes praticados pelo Governo Lula e por seus aliados e pela oposição, da qual ele faz parte), qual a diferença, mesmo, dos crimes cometidos por Sarney – que ele quer que renunciei – dos cometidos pela governadora Yeda – que ele protege?
Senador Pedro Simon, não precisa nem ouvi-lo, basta vê-lo para dar enfado.