DOIS SEGUNDOS
Não sei se foi a Filosofia...
Talvez a Matemática ou a Física.
Sei apenas que dividiram o tempo.
E dele me deram uma intrigante fração...
De dois segundos somente.
Nesse ínfimo intervalo mal fui iludido.
E Tentei vencer, mas acabei perdendo aquela corrida.
Evento pelo qual meu nome deixou de ser gravado no troféu que não ganhei.
E a história absteve-se de escrever em seus anais o meu – agora insignificante – nome.
Contudo, evitei um acidente de carro...
Consegui dobrar uma blusa e sorrir a mim mesmo...
Porque me dei conta de que estava estranhamente só...
Num interminável e fascinante período de dois segundos.
Dois segundos!
Nada mais que dois segundos...
E eu descobri que eles são mais do que suficientes
Para eu te estender a mão num abraço
E te acarinhar com um sorriso
Dizer-te um “oi”...
Te roubar um beijo.
Eu até posso não ter a velocidade da luz!
Mas o amor se expande em mim sem esgotar-se.
E se propaga entre nós chegando a ti...
Porque o sentimento-amor viaja a bordo da nave “pensamento”...
E dispensa a medida de distância e de tempo...
Nem de dois segundos, ao menos.
Porque o amor é atemporal...
(ORLANDO)
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