Dossiê FHC

Digitais arapongas

A CPMI dos Cartões Corporativos soube tardiamente, após a conclusão do depoimento do general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que teria sido dele a ordem para fazer o dossiê dos gastos secretos de FHC, sendo listados trinta titulares de cartões corporativos ligados ao ex-presidente. A ordem à Agência Brasileira de Inteligência teria sido por escrito, ignorando o então diretor, delegado Mauro Marcelo.

Pista destruída

O ofício que ordenou a devassa nos gastos secretos de FHC teria sido retirado dois dias depois, mas a ordem permaneceu.

Parte II, a missão

Opositores ficaram insatisfeitos com o depoimento do general Jorge Félix, e avalia a conveniência de sua reconvocação.

Decepcionante

A oposição insistiu no depoimento do general Félix porque ele avisara ao Planalto: "Se for chamado [pela CPI] não vou mentir". Mas decepcionou.

Prestem atenção como age alguns jornalistas(?).

1- Cadê as "digitais dos arapongas"?
2- Quem pode se defender de insinuações deste tipo, como o General vai provar que não ordenou a elaboração do dossiê se a "pista foi destruída?

3- Como "satisfazer" os opositores?
4- Como o General pode provar que não mentiu, e não decepcionar a oposição?

É com esta tática lacerdista e do quanto pior melhor, que as Oposições Tabajara pensa voltar ao palácio do planalto?

Coitados... A surra que levarão (nas urnas) este ano será muito maior que imaginam.

Nas Garras da Patrulha

Sigilo com Cartão de Crédito?

Em termos de sigilo, de assunto de segurança nacional, no meu modesto entender, o cartão de crédito corporativo é o menos confiável, pelos seguintes motivos:

1. Ao comprar com o cartão corporativo, de imediato o vendedor identifica que é um cartão corporativo do governo e quem é o usuário.

2. A informação é imediatamente enviada para a central do cartão, no caso do Visa, localizada em Miami. A central autoriza a compra. Mais gente tem acesso a esta informação, e pior de tudo fora do Brasil e o governo nem sabe quem é, mesmo que a informação seja automática, está armazenada em uma central fora do Brasil.

3. A fatura é emitida e enviada ao Banco e pelo correio para quem vai pagar o cartão.

4. Quantas pessoas têm a possibilidade de ter acesso a estas informações?

5. Portanto alegar confidencialidade e segurança nacional é burrice, no mínimo, e se é assim que o governo cuida da segurança nacional, fico deveras preocupado.

6. E por último, se os bancos têm que informar a Receita Federal os meus gastos com cartões de crédito e movimentação bancária acima de R$ 5.000,00, por que é que eu, que pago a conta, não posso ser informado dos gastos do Presidente da República?

Banda Larga nas Escolas

O governo lançou nesta terça-feira o programa "Banda Larga nas Escolas", que visa diminuir a exclusão digital no Brasil levando acesso à internet, em banda larga, a 55 mil escolas públicas de ensino básico do País. A meta é que, até 2010, pelo menos 37,1 milhões de alunos sejam beneficiados.

De acordo com operadoras de telecomunicações, será possível instalar a rede em 2 mil escolas até junho deste ano, com previsão de atendimento de 40% do total de escolas até o final de 2008. Em 2009, outras 40% receberão o serviço, e em 2010 as 20% restantes, totalizando 100% das escolas públicas.

No lançamento, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o nome real do programa deveria ser “igualdade de oportunidades”, por ser uma revolução e criar oportunidades para um segmento da população que não tinha acesso à internet. Para ela, por meio do programa, o governo realiza o seu compromisso de atender de modo prioritário a educação. Segundo a ministra, em 2010, a inclusão será maciça.

Leia mais sobre inclusão digital

É Muy Imparcialidade

Não acreditei! Precisei olhar várias vezes, ler e reler, para ter certeza de que é mesmo a Folha de S.Paulo que publica hoje uma minúscula notinha, de um parágrafo, no pé da página A-6 com o título "Câmara aprova aumento para servidores", na qual fala candidamente de um aumento salarial para funcionários públicos que varia entre 25% e 40%.

Mas a Folha não deu chamada na 1ª página, nem manchete no alto da página interna, clamando que é medida eleitoreira? Não ouviu um ministro do STF - um, pelo menos - para já dizer, antes da entrada de qualquer ação judicial da oposição a respeito, que é desrespeito à legislação eleitoral e configura favorecimento, uso da máquina em ano de eleição?

Não trouxe editorial a respeito, nem comparações entre o índice de aumento concedido e o índice da inflação?

Não transformou isso em um escândalo com o máximo de sensacionalismo?

Continuei em dúvida quanto ao jornal, mas depois me lembrei: a notícia trata de reajuste concedido ao funcionalismo público da Prefeitura de São Paulo, portanto concedido pela administração municipal tucana/demo, encabeçada pelo prefeito Gilberto Kassab (Demo) e pelo governador José Serra (PSDB, que detém 80% dos cargos da máquina municipal).

Tucano-demo, para a Folha pode. Pode tudo.

Neles o jornal não vê uso da máquina, nem violação da legislação eleitoral, nem medida eleitoreira. Só no PT.

Só o presidente Lula, por ser do PT, e administradores petistas, não podem fazer nada, coisa nenhuma este ano!

Toda e qualquer ação, viagem, ato administrativo, projeto, programa que desenvolvam, tudo a mídia, e particularmente a Folha consideram que estão no palanque, campanha eleitoral e medida eleitoreira.
José Dirceu

Paz e Amor