CPI do Cartão - Perguntas que não querem calar



De Leandro Kleber no site Contas Abertas:

1.No "que" é gasto o cartão? Primeiramente, é importante lembrar que as despesas divulgadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) indicam o órgão, a empresa favorecida e os valores, mas não discriminam o objeto adquirido ou o serviço prestado. (...)

2- Qual o gasto real com as despesas presidenciais relacionadas à segurança do presidente e de seus familiares? A CGU, também no Portal da Transparência, além de enumerar despesas com os cartões, já menciona gastos da Presidência da República “protegidos por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”. (...)

3- Como gastam os ministros que não possuem cartões corporativos em seus nomes? Hélio Costa, das Comunicações, Sérgio Rezende, de Ciência e Tecnologia, e Tarso Genro, da Justiça, por exemplo, tiveram despesas pagas com cartões em nomes de assessores. (...)

4- Serão implementadas as diárias nacionais para ministros e em que valores? Atualmente, os ministros não têm “diárias” quando viajam pelo país, ao contrário do que ocorre com outros funcionários públicos. (...)

5- Por quê faxineiros, motoboys, etc., fizeram saques em universidades, no IBGE, entre outras instituições no ano passado? (...)

6- Quais são as despesas pagas com “saques” diretos no cartão e quanto é pago de juros? (...)

7- Quando os gastos com o cartão passarão a ser lançados no Siafi? O sistema é responsável pela contabilidade que registra praticamente todos os dispêndios e as receitas da União, excluindo as empresas estatais e as entidades de economia mista.

CPI do Cartão saúda o povo e pede passagem


Enviado por Ricardo Noblat .
Comentário

Governos têm horror a CPIs em geral e em particular àquelas montadas com o declarado propósito de lhes criar embaraços.

Quando um governo toma a iniciativa de criar uma CPI que poderá lhe infernizar a vida é porque não teria mais como evitá-la.

A oposição conta no Senado com 30 assinaturas para instalar a CPI que quiser. Bastam 27.

A continuar na defensiva e a se opor a uma inevitável CPI do Cartão Corporativo, o governo achou menos ruim sair na frente. Quer mostrar com isso que nada teme. E, de quebra, tentar controlar a nova CPI.

No caso das CPIs do Correio, do Mensalão e dos Bingos, o governo ameaçou investigar também possíveis irregularidades cometidas em governos passados. Outra vez procede assim.

A impressão digital de tal comportamento está na frase lapidar dita ontem pelo ministro Franklin Martins, da Comunicação Social: "Vamos abrir o suprimento de fundos desde lá atrás".

É uma advertência que resume o seguinte pensamento: Se quiserem investigar o que fizemos com cartões corporativos investigaremos também o que se fez com eles no período do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Criado em 1998, o cartão corporativo para uso em serviço de autoridades da administração federal foi implementado pelo decreto 3.892 de agosto de 2001. Só a partir de 2003 permitiu-se o uso dele para sacar dinheiro vivo.

Os gastos se multiplicaram desde então. Foram de R$ 8,7 milhões em 2003; R$ 13 milhões em 2004; R$ 20,9 milhões em 2005; R$ 34,6 milhões em 2006; e R$ 78 milhões em 2007.

Quer dizer: em cinco anos os gastos com cartões cresceram quase 900%. Se comparados com os de 2006, os gastos em 2007 aumentaram 129%.

Estima-se que hoje cerca de 11.500 funcionários disponham de cartões.

O que está fazendo a festa da oposição até aqui é apenas a parte conhecida dos gastos disponível no site Portal da Transparência - 25% do total.

Ou seja: R$ 58 milhões dos R$ 78 milhões gastos no ano passado foram sacados na boca do caixa.

Manda a lei que os portadores de cartões apresentem notas fiscais para justificar saques em dinheiro.

A depender da natureza quente ou fria das notas e dos serviços a que elas correspondam, a festa da oposição poderá dar lugar a um baile. Um barulhento e inesquecível baile.

O presentinho de R$ 416,16 comprado em um free shop pela ex-ministra Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, terá custado uma merreca caso se descubra o uso de cartões para pagar aplicações de botox, operações plásticas, implante de dentes de porcelanas e outros luxos.

Só o motoboy da reitoria da Universidade Federal de Uberlândia, Paulo Sérgio Duarte de Freitas, movimentou no ano passado R$ 46,7 mil, segundo o jornal Correio Braziliense. Seguramente ele é laranja de um graduado portador de cartão.

No que depender do governo, todo tipo de restrição será imposto para inibir o funcionamento da CPI do Cartão. Mas ao fim e ao cabo para alguma coisa ela acabará servindo.

De resto, como observou o ex-senador Jorge Bornhausen quando era Chefe da Casa Civil do governo Fernando Collor, sabe-se como começa uma CPI. Nunca se sabe como termina.

Briguilino Está de Parabéns

A atitude tomada por Briguilino de escrever para o governador do Ceará pedindo que o estado e os municípios tenham um Portal Transparência é uma atitude que TODO o brasileiro deveria ter.

Nós cidadãos, eleitores e contribuintes temos o dever de cobrar transparência com os gastos do dinheiro do povo. Acabou isto de dinheiro público não tem dono. Tem dono sim. É o povo.

Vamos exigir também que os gastos da presidência continuem a ser publicados. Basta esse negócio de dizer que a pinga do presidente é assunto de segurança nacional.


DESTA VEZ VOU ESCREVER EM CAIXA ALTA E LETRA GRANDE PARA VER SE OS LULISTAS ENTENDEM.
DESDE QUANDO UM ERRO JUSTIFICA O OUTRO?
O GOVERNO LULA FOI PEGO COM A MÃO NA CUMBUCA. E A ÚNICA COISA QUE VOCÊS SABEM DIZER É - MAS O SERRA, O FHC, O RAIO QUE OS PARTA TAMBÉM FEZ.
ISTO É JUSTIFICATIVA?
TENHA A SANTA PACIÊNCIA. SE FERNANDINHO BEIRAMAR TRAFICA DROGAS ISTO ME DÁ O DIREITO DE TRAFICAR TAMBÉM?
SEJAM COERENTES
PAREM DE INVENTAR JUSTIFICATIVA. O GOVERNO FOI PEGO ROUBANDO DE VOCÊS

Quantos Pesos Quantas Medidas


Parece que o Briguilino não lê o que é postado aqui.
Briguilino, lei o que postei mais cedo com o título Frases do Dia. Para facilitar sua vida, reproduzo aqui.
"Podem investigar até Pedro Álvares Cabral.”Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a propósito da intenção do governo de investigar gastos com cartões em governos anteriores

Postado por Laguardia às 21:19 0 comentários
Portanto você tem aí a declaração do Senador Demóstenes Torres. Podem voltar até Pedro Alvares Cabral. Para a oposição, pode investigar todo mundo.

Quantos pesos, quantas medidas?

Os partidos de oposição ficaram incomodados com a decisão do governo de se antecipar e pedir a criação de uma CPI para investigar não só os gastos com cartões corporativos dos ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também os anos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

No requerimento, Jucá escreve o seguinte: “O objetivo [é] de apurar eventuais irregularidades na utilização de suprimentos de fundos, por meio de adiantamentos, de contas bancárias destinadas a sua movimentação e dos denominados cartões de pagamento, de janeiro de 1998 até a presente data”. G1

Investigar o governo Lula e o PT?... PODE!!!

Investigar FHC, Serra, Aécio, Arruda, Cesar Maia e Kassab, tucanos e demos?... Não PODE!!!