Bom dia!
Lú, ontem a noite na hora que tava conversando contigo TT desligou a net, não sabia que eu tava usando. Desculpe.
Um gesto, dois presidentes
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Depois de uma campanha balizada pela baixaria, pela cretinice religiosa, pelo rancor da extrema-direita e pelos funerais de muitos jornalistas, o fotógrafo Roberto Stuckert nos presenteia com essa imagem definitiva sobre o destino de dois homens de bem. Para que no futuro cada um de nós possa dizer exatamente o que fazia no dia em que esta foto foi tirada.
Tributo à Militância.
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Um brinde à nossa vitória, do povo brasileiro! Foi um prazer trabalhar com vocês, companheir@s blogueir@s!
Boa tarde! (Droga, devia ter mandado este e-mail de manhã - para desejar um Bom Dilma, Presidenta da República. Hehehe!).
Tudo bom com vocês?
Vou usar para este e-mail o texto que publicamos na #dilmanarede ontem à noite:
Venceu o povo! Venceu o Brasil! Vencemos todos nós, que garantimos nas urnas o sonho de um País melhor, justo, igualitário e soberano. Venceram também os que votaram em nosso adversário, ao exercer a cidadania e preservar o fundamental direito à liberdade de escolha.
Agora, com Dilma, vamos levar adiante o grande projeto de mudanças e desenvolvimento liderado pelo presidente Lula. Vamos seguir construindo de mãos dadas e cabeça erguida este novo Brasil da igualdade, do respeito e, principalmente, da oportunidade para todos. Parabéns presidenta Dilma! Nós estamos muitos orgulhosos de viver este momento nobre ao seu lado, ao lado do povo, ao lado do bem. Parabéns Brasil, o amor venceu o ódio!
Venho agradecer imensamente - de coração - em nome de toda a equipe de Redes Sociais e Internet pela colaboração e companheirismo de cada um de vocês. Não teríamos chegado até aqui, com tantas vitórias e sucesso, sem a ajuda desta que é uma blogosfera única. Somos responsáveis por um novo marco na história do País, por conta da atuação de vocês a comunicação já não era a mesma antes das eleições. Agora, então...
Foi de um prazer imenso fazer o intermédio entre vocês e a campanha. Espero ter atendido a todas as demandas e expectativas; e peço desculpas por qualquer inconveniente. Nosso trabalho não acaba aqui. Continuemos juntos, unidos, em nome dos princípios e ideias que defendemos. Continuemos atuando dentro e fora da rede, vamos em frente!
Meu e-mail pessoal é paulorcastro@gmail.com. A quem interessar, fique a vontade para entrar em contato e assim mantermos essa ligação.
Um grande abraço,
Paulo Castro
Novos ventos
O PSDB partiu para as eleições com o discurso de que o atual governo de centro-esquerda só foi bem sucedido porque se aproveitou das mudanças introduzidas no país por Fernando Henrique Cardoso. "Eu fiz as reformas. Lula surfou a onda", sintetizou o ex-presidente. Para os tucanos, o Brasil continuaria se desenvolvendo independentemente de o PT continuar no governo nos próximos quatro anos.
Ao negar a importância da política de desenvolvimento de Lula, o PSDB confirma que continua o mesmo partido do neoliberalismo e das privatizações. As diferenças entre o projeto tucano e o implantado por Lula são nítidas. FHC apostou nos recursos externos como base para o desenvolvimento, o que aniquilou a capacidade soberana de o Brasil crescer. As condições para isso foram retomadas por Lula por meio do fortalecimento do mercado interno e do Estado, que adotou políticas de distribuição de renda e de estímulo à atividade produtiva, medidas que garantiram os novos investimentos públicos e privados e a superação da mais grave crise mundial desde 1929.
A permanência das políticas do Governo Lula —representada pela eleição de Dilma Rousseff— será fundamental para enfrentarmos os desafios que se impõem ao país. A vitória da candidata petista significa manter o atual projeto nacionalista, desenvolvimentista e redistribucionista e permitirá, a partir de 1° de janeiro de 2011, seu aprofundamento. Neste novo ciclo de quatro anos, nossa prioridade deve ser impulsionar a Educação e a CT&I (ciência, tecnologia e inovação). Sem saltos nessas áreas, a atual fase de crescimento econômico será enfraquecida.
A Educação —do ensino infantil à pós-graduação— é a base do desenvolvimento econômico e social de qualquer nação. Ela garante uma população pronta para o exercício da cidadania e para a conquista de postos de emprego qualificados. No atual governo, o orçamento do Ministério da Educação saltou de R$ 20 bilhões para R$ 60 bilhões. Com o Fundeb (fundo da educação básica), o governo passou a destinar dez vezes mais recursos para o ensino escolar. Agora, o eventual governo Dilma precisara elevar para 7% do PIB os gastos no setor.
O país precisará, nos próximos anos, erradicar definitivamente o analfabetismo e continuar investindo em educação pública de qualidade para adolescentes e crianças. Isso depende de fazermos avançar o ensino em tempo integral em escolas com infraestrutura de qualidade, professores capacitados e banda larga. Dar continuidade à implantação dos Institutos Federais Tecnológicos, capacitando nossa juventude para o mercado de trabalho. Enquanto na outra ponta, precisamos continuar incluindo os jovens no ensino superior —passo inicialmente dado com o ProUni— e seguir expandindo as universidades públicas —foram construídas 14 novas.
A Educação é um dos pilares das iniciativas em CT&I. Conforme Dilma Rousseff evidenciou desde o início desta campanha, o Brasil é líder nas pesquisas na área energética (petróleo e gás) e projeta-se como a principal nação do mundo quando se fala em fontes limpas e renováveis —hidrelétricas, eólicas, solar, biomassa e álcool. Porém, precisaremos intensificar os investimentos em outros setores estratégicos: produção farmacêutica, tecnologia da informação e comunicação, nanotecnologia, biotecnologia e complexo de defesa. Em outras áreas precisamos ter a atuação fortalecida, caso da agropecuária e das indústrias automobilística, aeronáutica, naval e de plástico.
O mundo atual passa pela transição para a economia do baixo carbono. Os países que liderarem o desenvolvimento das tecnologias sustentáveis ocuparão, num futuro cada vez mais próximo, um lugar de destaque no mercado internacional. Para que isso ocorra, precisamos caminhar para que 2% do PIB sejam investidos em CT&I. Esses recursos permitirão mais bolsas de estudos do CNPq e da Capes, criação de parcerias público-privadas, novas unidades de referência em pesquisa e centros vocacionais tecnológicos.
As reiteradas críticas ao aporte de recursos do Tesouro ao BNDES, assim como o terrorismo midiático que precedeu a mais do que vitoriosa capitalização da Petrobras, servem para evidenciar que uma oposição amplificada pelos grandes meios de comunicação resistirá à continuidade das atuais políticas.
A vitória de Dilma sedimenta as bases não só para os investimentos em infraestrutura, econômicos e sociais, saneamento, transporte, habitação, a exploração do pré-sal e a erradicação da miséria. O novo governo do PT permitirá saltos em educação e desenvolvimento tecnológico, decisivos para colocar o Brasil entre as cinco maiores nações do mundo. Com isso, o Estado brasileiro incorporará cada vez mais mecanismos sintonizados com a nova concepção desenvolvimentista que passamos a vivenciar com o Governo Lula. Os novos ventos sopram a nosso favor.
José Dirceu
500 anos esta noite
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
Brasília, 31 de outubro de 2010.
O Brasil tem razões para comemorar a eleição de sua 1ª presidente
O eleitor brasileiro, em sua maioria, deu a Dilma Rousseff uma vitória única, fruto não apenas dos oito anos de gestão do presidente Lula e de seu apoio, mas da mais ampla aliança já formada no Brasil para eleger um presidente da República.
Uma coligação de 10 partidos a elegeu e ampliou a base partidária do governo além das legendas que já a integravam - PT, PMDB, PSB, PDT e PC do B, do PR e do PRB. Dilma não apenas foi eleita presidenta do Brasil com mais de 12 milhões de votos acima da votação de seu adversário tucano José Serra como tem a ampla maioria de 375 dos 513 deputado da Câmara e de 58 dos 81 senadores, além do apoio 19 dos 27 governadores eleitos.
Seu partido, o PT, foi amplamente vitorioso, pela terceira vez consecutiva o mais votado no país.O PT elegeu cinco governadores, foi o partido mais votado para a Câmara dos Deputados elegendo 88 parlamentares e no Senado praticamente dobrou sua bancada - terá 15 senadores.
Juventude e inteligência impediram retrocesso maior
Primeira mulher eleita presidente do Brasil Dilma enfrentou uma campanha dura e longa, na qual seu adversário, José Serra, deixou de lado a discussão política e programática para introduzir na campanha de um país que há mais de um século é laico e onde há separação entre a Igreja e o Estado, o tema da religião.
O retrocesso só não foi maior pela rejeição da juventude e da inteligência dos país de aceitar a intolerância religiosa e o ódio político como divisor de águas da nossa sociedade. O discurso do candidato na noite de ontem, já confirmada a sua derrota, é o retrato de sua campanha: mágoa e ressentimento contra seus próprios aliados e companheiros de partido. Sem a generosidade e a grandeza que se exige de um candidato derrotado a presidente da República.
Às propostas de diálogo e à mão estendida pela presidente eleita, a oposição pela voz do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Sérgio Guerra (PE) - presidente nacional do PSDB, maior partido da coligação serrista - respondem com um pretexto: a campanha eleitoral e a presença, legitima, legal e democrática do presidente Lula na disputa inviabilizaria uma relação de diálogo e parcerias pontuais.
Realidade do país é outra
Mas, a realidade do país é outra, não percebida pelo candidato derrotado, por FHC e pela oposição. Esta realidade exige da nova presidenta e do novo Congresso uma agenda realizadora que, como reafirmou a candidata no discurso da vitória, leva ao cumprimento dos compromissos assumidos na campanha.
A começar pela reforma política e tributária; a prioridade a educação e a inovação tecnológica; ao crescimento econômico com distribuição de renda; a estabilidade com criação de emprego e reformas sociais; a continuidade dos PACs I e II e de programas como o Minha casa, Minha Vida; e a melhoria dos serviços de saúde, educação, transporte, justiça e segurança.
Incluem, também, uma melhoria da gestão e das contas públicas, o aumento dos investimentos e o enfrentamento da grave questão cambial e externa, que depende não apenas de medidas internas - algumas já tomadas pelo atual governo - mas de articulações e alianças internacionais para evitar uma guerra comercial e cambial, sem que o Brasil aceite pagar uma conta que não é nossa.
Sem desvios do rumo vitorioso
Nossa hoje presidenta eleita assumiu um compromisso com nossa juventude que pela urgência deve ser prioridade no seu primeiro ano de governo. Tem que preparar nossas cidades para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, e dar resposta aos graves problemas que nossas metrópoles enfrentam nas áreas de habitação, transportes, saneamento, lazer e cultura, dando plena continuidade às ações já iniciadas no governo atual.
Assim, não podemos nos desviar de nosso rumo vitorioso. À gritaria dos oposicionistas e do candidato derrotado amplificada pela mídia de oposição devemos responder como fizemos na campanha: com nossa unidade, com ação política e com a implementação da agenda de mudanças e continuidade.
O caminho está pavimentado pela certeza de que temos o apoio da maioria de nosso povo, como as urnas já confirmaram ontem.
Zé Dirceu