Ministério não é propriedade

Após ouvir reivindicações de 11 partidos que apoiam Dilma Rousseff, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, declarou hoje, quarta [10], que "ministério não é propriedade de ninguém". Segundo ele,  "vai ser formado um novo governo e a presidenta eleita é que vai "decidir se vai optar por continuar a ocupação do espaço nos moldes do governo ou se vai propor modificações".

O recado, é direcionado aos aliados em geral, porém se choca mais especificamente com as pretensões do PSB,  que solicita maior espaço, argumentando que saiu fortalecido das eleições, e do PMDB, que defende a manutenção, no governo Dilma, de todas as pastas que ocupa, mais o Banco Central.

Ele vai conceder tudo o que você pedir

Quer ver?
Faça suas preces e inclua o nome de seus familiares na Missa do Sagrado Coração de Jesus. Basta ligar 0800 774 7557 (ou 5083 3003 caso esteja em São Paulo)
Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

"Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário".

Joel,

Toda vez que medito sobre esta mensagem de São Jerônimo, parece que meu ânimo se renova junto com minha fé.

Esta é uma das razões pelas quais eu rezo todos os dias e inscrevo minhas intenções nas Missas que celebramos.

E esta é a razão pela qual lhe faço um convite:

Inscreva seu nome e suas intenções na Missa em louvor ao Sagrado Coração de Jesus.

Ligue 0800 774 7557 (ou 5083 3003 para São Paulo) e um voluntário vai lhe atender com a maior atenção e carinho.

Joel, pare um segundinho, que seja...

Reflita um pouco sobre o que disse São Jerônimo e não feche este e-mail sem ao menos pensar no que você mais precisa em sua vida.

E saiba que Nosso Senhor sempre lhe socorrerá, até nos momentos que parecem não ter solução.

Olha... De coração, nós vamos lhe aguardar e registrar suas preces, fique à vontade para ligar em nosso apostolado.

0800 774 7557 (ou 5083 3003 caso esteja em São Paulo).

Se preferir, responda este e-mail com seu número de telefone e o horário de sua preferência, para lhe retornarmos.

Que o Sagrado Coração lhe proteja sempre.

Elza Maria Franco Soares
Vice-presidente da Associação
Apostolado do Sagrado Coração de Jesus
www.aascj.org.br

Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus
Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

Só nos dois

Detonautas

JÓIA RARA

Atravessando o deserto, um viajante viu um árabe montado ao pé de uma palmeira. A pouca distância repousavam os seus cavalos, pesadamente carregados com valiosos objetos.
Aproximou-se dele, e disse:
- Pareceis muito preocupado. Posso ajudar-vos em alguma coisa?
- Ah! respondeu o árabe com tristeza, estou muito aflito, porque acabo de perder a mais preciosa de todas as jóias.
- Que jóia era essa? - perguntou o viajante.
- Era uma jóia como jamais haverá outra! - respondeu o seu interlocutor. Estava talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo. Adornavam-na vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais agrupavam-se sessenta menores. Já vereis que tenho razão em dizer que jóia igual jamais poderá reproduzir-se.
- Por minha fé, - disse o viajante -, a vossa jóia devia ser preciosa. Mas não será possível que, com muito dinheiro, se possa fazer outra igual?
Voltando a ficar pensativo, o árabe respondeu:
- A jóia perdida era um dia, e um dia que se perde jamais se torna a encontrar.

Homem ou Macaco?

Três macacos sentados num coqueiro
discutindo sobre coisas de que ouviram dizer...

Disse um deles para os outros dois:

" Há um rumor de que pode ser verdade
que os seres humanos descendem
da nossa nobre raça.


Bem, essa idéia; é horrivel!

Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea
ou deixou seus bebês famintos
ou arruinou a vida deles.

E nunca ouviu-se dizer que alguma mãe macaca
tivesse dado seus filhos para outra
ou que alguma delas tivesse passado
os filhos de uma para outra mãe,
até que eles ignorassem
de quem realmente eram filhos.

Há também uma outra coisa que nunca foi vista:
Macacos cercando um coqueiro
e deixando os côcos apodrecerem,
proibindo outros macacos de alimentar-se,
já que se a árvore fosse cercada
a fome faria outros macacos nos roubarem.

Há ainda uma outra coisa
que macacos jamais fizeram:
Sair à noite para roubar,
usando arma de fogo,
porretes ou facas
para tirar a vida de outros macacos.

Sim, os humanos descendem
de uma espécie rude.

Mas, manos ...
Com certeza eles não descendem de nós"

O que há de bom no segundo turno?

 

Do ponto de vista institucional, o segundo turno nas eleições para o Executivo é um mecanismo com uma única finalidade: evitar que o detentor de um mandato seja eleito com uma proporção de votos insuficiente para governar com legitimidade. Se ela não for alcançada, ou seja, se a maioria tiver sufragado outros nomes, o mandato poderia ser questionado e correria o risco de ficar fragilizado. Daí que os dois mais votados são forçados a se enfrentar de novo, para obter essa proporção.

A instituição não existe em todos os países presidencialistas democráticos e não é igual naqueles que a têm. Nesses, a votação exigida para assegurar a eleição pode ser inferior à metade ou estar condicionada à distancia entre os dois primeiros. E pode ser reservada para a escolha dos ocupantes de determinados cargos e não de outros.

No Brasil, temos o segundo turno desde a Constituição de 1988, e o adotamos com exigências maiores que a média internacional. O mínimo estabelecido para a eleição foi fixado em 50% dos votos válidos (isto é, dos votos nominais) e passou a ser requerido nas eleições para presidente, governador e prefeito de capitais e outras cidades com mais de 200 mil eleitores.

Já fizemos mais de cem eleições em que houve a necessidade dos dois turnos e em apenas umas poucas sua utilidade foi inquestionável. Na vasta maioria, ele apenas referendou o resultado do primeiro, pois o mais votado prevaleceu no turno seguinte. Em todas, no entanto, cumpriu seu papel de assegurar ao eleito o endosso da maioria. Com isso, desde então não há governantes eleitos com menos de 50% dos votos dos eleitores que comparecem e escolhem alguém.

Haveria outra razão para dizer que o segundo turno "é bom" para a democracia brasileira? O que mais se poderia querer?

A julgar pelo discurso político, muito. Pois, embora seja uma instituição de alcance circunscrito (ainda que relevante), nossa cultura política insiste em ver nele mais do que é.

Sempre que uma eleição se encaminha para o segundo turno, surgem discursos para valorizá-lo. No final do primeiro turno, de quem percebe que pode perder e o advoga para postergar a derrota. Depois do segundo, de quem, assim fazendo, disfarça a decepção de não ter vencido da primeira vez.

É o que vimos nas eleições presidenciais que acabamos de fazer. Em setembro, quando a vitória de Dilma parecia provável, Serra e Marina se puseram a defender que houvesse o segundo turno, justificando-o como algo "bom" para o processo eleitoral, como se sua ocorrência fosse, em si, desejável.

Agora, depois do resultado, surge uma segunda versão que o valoriza. Nela, se diz que foi "bom" que tivéssemos feito um turno adicional, pois teria permitido ao eleitorado uma reflexão "mais profunda" a respeito dos candidatos e uma avaliação "mais madura" das opções colocadas à sua frente.

Essas argumentações confundem intenções e consequências das escolhas eleitorais. Em outras palavras: os eleitores não votam "para provocar o segundo turno", ele apenas decorre das decisões que tomam, movidos por uma lógica que nada tem a ver com isso.

Dilma queria ganhar no primeiro turno e não foi nada "bom" (para ela) não ter conseguido o objetivo. Serra e Marina queriam que a eleição fosse para o segundo, mas por motivos opostos. Ela para eliminar Serra do páreo e se defrontar com Dilma (fazendo a eleição "entre duas mulheres" que desejava). Ele para capitalizar o voto da candidata do PV e assim se tornar competitivo face a Dilma.

Quem votou Marina não buscava que "houvesse segundo turno", mas que ela ganhasse as eleições. Assim como quem votou Serra.

Quanto ao resultado, por mais que, dentro da campanha Dilma, alguns digam que "foi bom" o segundo turno, a verdade é que foi bom (para eles) somente por que ela ganhou.

Pensando bem, quem gosta mesmo de segundo turno é só quem consegue "virar", vencer depois de ter terminado o primeiro turno atrás. Como isso, no entanto, acontece apenas esporadicamente, é raro que suas "vantagens" sejam defendidas com sinceridade.

Basta perguntar a Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Sérgio Cabral, os governadores dos três maiores estados da federação, se achariam "bom" que tivesse havido segundo turno nas eleições que venceram.

Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Banalização

Um trecho da entrevista autobiográfica de Felipe Gonzalez a El País.

1. O que se está fazendo é seguidismo da opinião pública;  se está banalizando o debate político a tal ponto que não se pode desenvolver projetos políticos que em certo momento podem ir na contramão da opinião pública. Como dizia Azaña, não há nada mais variável do que a chamada opinião pública.

2. Há cerca de quatro ou cinco anos, encontrei-me por acaso no aeroporto de Washington com Henry Kissinger, e ele me disse: "Olha, Felipe, a política está nas mãos de pessoas que fazem discursos pseudo-religiosos e simplistas e que são na verdade ofertas de venda de eletrodomésticos". Concordei. E ele acrescentou: "Desapareceu de tal maneira o debate de ideias, a contraposição de ideias; estamos em uma simplificação tão grande da política, que deixou de me interessar. Aborrece-me profundamente este mundo da política em que estamos vivendo."