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Convite
A proposta do ministro Mantega é uma grande ilusão
"O mundo precisa tomar medidas para controlar a guerra cambial. Nós queremos evitar um grande conflito entre os países. Caso contrário, cada um vai ter que defender o seu. É o salve-se quem puder", afirma Mantega ao antecipar a justificativa da proposta que apresenta nesta reunião do G-20.
Este encontro do G-20 (as 20 economias mais desenvolvidas do mundo e os países emergentes) que se realiza hoje e amanhã conta com a participação do presidente Lula - pela última vez como chefe de Estado e do governo brasileiro - e da presidenta eleita, Dilma Rousseff (PT).
Da ilusão, vamos cair na real
Da ilusão, então, para o mundo concreto, vamos por os pés no chão. Caso não haja nenhum tipo de acordo ou medidas reais nesta última reunião deste ano do G-20 - e este é o desfecho previsível e esperado - vamos nos preparar para o pior.
A partir desta reunião, temos um marco: o Brasil deve reagir para valer, não pode e não deve pagar essa conta. Vamos adotar as medidas adequadas, então, reduzir os juros, e vamos nos proteger, controlando os capitais.
Não há outra saída. A nossa tem que ser, obrigatoriamente, fazer isto, cuidar das reformas e avançar para reduzir os custos de nossa economia, fortalecer nosso mercado interno e a integração sul-americana e latino-americana.
É por aí, que vamos buscar, conquistar e consolidar novos mercados também na África e na Ásia. Até porque não temos razões para esperar um crescimento econômico mais do que moderado na Europa e nos Estados Unidos, na melhor das hipóteses.
Zé Dirceu
Maria da Conceição Tavares
E a solução para o câmbio
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Crise gerada pelo dólar fraco é grave
O governo brasileiro condena ações isoladas, que geram o protecionismo, como as que têm feito os Estados Unidos e a China, por acreditar que essas decisões podem causar desequilíbrio na economia mundial.
Lula e demais autoridades brasileiras querem que seja firmado um compromisso das nações do G20 em favor de ações globais e não individuais para preservação do equilíbrio econômico mundial.
Para Dilma, a adoção de medidas como a anunciada recentemente pelos Estados Unidos, de comprar US$ 600 bilhões do Tesouro para estimular a economia interna – gerando empregos e impulsionando o consumo, por exemplo – representa protecionismo. "Acho que gera um protecionismo camuflado, como forma de se proteger", disse ela depois de um rápido passeio por Seul.
"Acho que é grave para o mundo inteiro a política do dólar fraco. Essa é uma questão que sempre causou problemas. A política do dólar fraco faz com que o ajuste americano fique na conta das outras economias".
À pergunta se pretende tratar do tema durante as reuniões em Seul, Dilma respondeu que está como "convidada" do G20 e não participante. Segundo ela, o papel de representar o Brasil é do presidente Lula e no caso do fórum dos ministros de Estado, do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"Eu não tenho voz aqui ainda [no G20]. Não vou falar. É um fórum entre países, então a representação é do presidente Lula. Mas é muito provável que acompanhe toda a agenda [do presidente Lula], pois já tive alguns encontros bilaterais", disse.
De acordo com a presidente eleita, a ideia sugerida ontem (10) pelo ministro Guido Mantega de adotar outras moedas, além do dólar, nas transações comerciais e como reserva, depende não só do desejo, mas de uma conjuntura mais complexa.
"Não é uma questão de vontade, se fosse uma questão de vontade já teria sido feita. Pode ser uma questão de acordo, como foi em Bretton Woods, lá isso já foi colocado. Acho que essa é uma das posições, há várias na mesa. Acho que vai ser uma questão de negociação", disse Dilma.
A presidenta eleita afirmou ainda que conversou sobre a tecnologia do trem-bala com o ministro dos Transportes da Coreia do Sul, Jong-Hwan Chung, e que os coreanos têm interesse em investir no Brasil.
"Os coreanos têm todo interesse em participar [de licitações no Brasil]. [Ouvi sobre] as obras que estão fazendo, da capacidade deles de construção de aeroportos e do interesse em participar [de obras] no Brasil. E serão muito bem-vindos", disse ela.
Voto do nordestino vale tanto quanto os demais
Maria Inês Nassif
O Brasil elegeu, por dois mandatos, um ex-metalúrgico como presidente da República. Agora elege uma mulher. Ambos de centro-esquerda. Para quem assistiu de fora a eleição de Dilma Rousseff e os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode parecer que o país avança celeremente para uma civilizada socialdemocracia e busca com ardor o Estado de bem-estar social. Para quem assistiu de dentro, todavia, é impossível deixar de registrar a feroz resistência conservadora à ascensão de uma imensa massa de miseráveis à cidadania.
Ocorre hoje um grande descompasso entre classes em movimento e as que mantêm o status quo; e, em consequência de uma realidade anterior, onde a concentração de renda pessoal se refletia em forte concentração da renda federativa, há também um descompasso entre regiões em movimento, tiradas da miséria junto com a massa de beneficiados pelo Bolsa Família ou por outros programas sociais com efeito de distribuição de renda, e outras que pretendem manter a hegemonia. A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas.
Retorno do Lula ao ABC
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OS SAPINHOS
Resposta certa: três sapos! Porque o sapo apenas decidiu pular mas ele não fez isso.
Às vezes a gente não se parece com o sapo? Quando decidimos fazer isso, fazer aquilo e no final não fazemos nada! Na vida temos que tomar muitas decisões. Algumas fáceis, outras difíceis.
Rir é correr o risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento.
Expor as idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los.
Amar é correr o risco de não ser amado.
Viver é correr o risco de morrer.
Ter esperança é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de falhar.
Os riscos precisam ser enfrentados porque o maior fracasso na vida é não arriscar nada.
A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, é nada. Ela pode evitar o sofrimento e a dor mas não aprende, não sente, não muda, não cresce, não vive. É uma escrava que teme a liberdade.
Apenas quem arrisca é livre.