A presidente deve se mudar hoje para a Granja do Torto

A presidenta, Dilma passa o feriado de hoje em Porto Alegre com a família e, quando retornar a Brasília, o que deve ocorre no fim do dia, já deve se instalar na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. O local será a residência de Dilma até a posse, no dia 1º de janeiro, quando ela se mudará para o Palácio da Alvorada.

Na semana passada, enquanto a presidente eleita acompanhava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Seul, na Coreia do Sul, a mudança de Dilma foi transportada da casa onde ela morou durante o período da campanha, no Lago Sul de Brasília, para a granja, que fica a menos de 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes.

A mãe e a tia de Dilma, que atualmente vivem em Belo Horizonte, vão morar com ela em Brasília. Ao se mudar para a Granja do Torto, Dilma Rousseff repete o que fez o presidente Lula em 2002, durante a transição. Lula também permaneceu na granja durante a reforma do Palácio da Alvorada, entre dezembro de 2004 e março de 2006. A Granja do Torto já foi a residência oficial de dois presidentes da República: João Goulart e João Baptista Figueiredo.

Agência Brasil.



Silvio Santos, nem tudo é por dinheiro!

Conheci Silvio Santos há quarenta anos atrás, quando trabalhava na Rádio Nacional, na Rua da Palmeiras, herdou o Baú da Felicidades do saudoso Manoel da Nóbrega.

Senior Abravanel Jr é uma pessoa honesta, sincera, amigo e jamais cometeria qualquer tipo de falcatrua.

O Grupo Silvio Santos é maior do que a dívida e tem como saldar os seus credores. Enfim, nem tudo é por dinheiro. É pelo seu nome e por sua honra que está acima de qualquer suspeita.

Silvio Santos, quer honrar seus compromissos.

Moacir Franco, Carlos Alberto de Nóbrega, Leon Abravanel, sabem perfeitamente que o seu amigo e irmão vai sair dessa enroscada passageira e saldar todos os seus compromissos, como o faz nos dia de hoje.

Sílvio Santos, vem aí !

Nelson Valente
São Bernardo do Campo - SP

Para gostar de ler

I
Se o dinheiro está curto
Até pra comprar cueca
E nem de longe imagino
Visitar um sítio asteca,
Posso em sonhos viajar
Nos livros que encontrar
Dentro da biblioteca.
II
Pego um avião moderno
E saio rasgando o céu,
Entre cortinas de nuvens
Que mais se parecem um véu
Da noiva da esperança,
E vou me parar na França
Conhecendo a Torre Eiffel.
III
Num banquinho de madeira,
Sem tirar os pés da terra,
Nas letras do livro-sonho,
Que tanta grandeza encerra,
Com algumas páginas lidas
Vejo todas as batidas
Do Big Bang da Inglaterra.
IV
Num distante pé de serra
Alguém ouvirá meu grito
A saudar a Palestina,
Seus pastores com cabritos,
Em meio a tanta incerteza,
E mais à frente as belezas
Das pirâmides do Egito.
V
Viajo também nos braços
Do romanceiro de cá,
Das lendas e das estórias
Do povo do meu lugar,
Vou dormir com um poema
E me acordo com Iracema
De José de Alencar.
VI
Cante lá, que eu canto cá,
Dizia com firmeza e fé
O menestrel popular
Patativa do Assaré.
É estudado na França,
Seu livro é luta e esperança,
Mostra a vida como é.
VII
No Rio Grande do Norte,
Prosseguindo meu estudo,
Vou conhecendo a Iara
De belo corpo desnudo.
Pro sonho ficar mais quente,
Ela eu ganhei de presente
Do grande Câmara Cascudo.
VIII
Na vizinha Paraíba,
Vi João Grilo na subida;
Fui ao céu e ao inferno,
Que era um beco sem saída
Por Ariano criado
No enredo bem bolado
Auto da Compadecida.
IX
Nas páginas paraibanas,
Vi quanto Augusto sofreu
Ao escrever Versos Íntimos
No eterno Livro do EU;
Apurando o meu empenho,
De Zé Lins vi o Engenho
Cujo fogo já morreu.
X
Dancei frevo em Pernambuco
Em terreiro, praça e sala,
Maracatu, caboclinho,
Fiquei em ponto de bala,
Gilberto Freire, gentil,
Me apresentou o Brasil
Em Casa Grande e Senzala.
XI
Pelo século 19
Me enfurnei no sertão:
Conheci Maria Moura,
A valentia e a paixão
Que dobravam coronel.
Quem me contou foi Rachel
Na porteira do mourão.
XII
Com Aluizio Azevedo,
Numa Casa de Pensão,
Vi mulato de Cortiço
(Nossa miscigenação),
Andei com Gonçalves Dias,
Indianista da poesia,
Nas terras do Maranhão.
XIII
Fui parar nas Alagoas,
Terra de Graciliano,
Onde a cachorra Baleia
Foi atrás de Fabiano,
Vidas Secas de lamentos,
Batalhas e sofrimentos,
Sem rumo, esperança e plano.
XIV
Vi o Sargento Getúlio
Tomado de valentia,
De posse de uma lazarina,
Caminhar de noite e dia,
Conduzindo sem clemência
Um preso na diligência
Entre Sergipe e Bahia.
XV
Quem contou foi João Ubaldo,
E o fez com maestria,
Bem depois de Jorge Amado,
Escritor-mor da Bahia,
Que soube falar de amores,
Crenças, culturas e dores
Com cheiros de maresia.
XVI
Vejo a Tenda dos Milagres,
Em noite de lua cheia;
Gabriela cheira a cravo
No fogo que incendeia;
Na Cidade Baixa a farra,
Molecagem e algazarra
Dos Capitães da Areia.
XVII
O Nordeste é muito rico
Em termos de criação:
Aqui servimos banquete
De puríssima inspiração.
Só porque nunca fui jeca,
Estou numa biblioteca
Com o mundo em minhas mãos.
Miguezim da Princesa

O Brasil é com S

Lula era o homem certo; sem complexos ou desfalecimentos, o antigo sindicalista esperou e preparou longamente o encontro com o seu povo

Raros são os políticos que dão o seu nome a um tempo.

Os "anos Lula" mudaram o Brasil. É outro país: mais desenvolvido economicamente, mais avançado tecnologicamente, mais justo socialmente, mais influente globalmente.

Uma democracia mais consolidada, uma sociedade mais coesa e mais tolerante. Sabemo-lo hoje: no Brasil, o século 21 começou em 1º de janeiro de 2003, o dia inaugural da Presidência de Lula.

Quero ser claro: Lula mostrou que a esquerda brasileira sabe governar. Causas, sim, mas competência também; princípios políticos, mas também eficácia técnica; realismo inspirado por ideais que nunca se perderam.

Este presidente, oriundo do PT, deu à esquerda brasileira credibilidade, modernidade, força e maturidade. A grande oportunidade da sua eleição não foi uma promessa incumprida ou um sonho desfeito.

Ao contrário, com Lula, a esquerda ganhou crédito e consistência; o Brasil, reputação e prestígio.

Sou testemunha das reservas, se não do ceticismo, com que a "intelligentzia" recebeu a eleição de Lula da Silva. Hoje, na hora do balanço, a descrença transmutou-se em aplauso; a expectativa, em admiração. É essa a "alquimia" Lula.

Os números falam por si: crescimento econômico, equilíbrio financeiro, reputação nos mercados, milhões de pessoas arrancadas à extrema pobreza, salto inédito na educação e na formação profissional, melhoria do rendimento que alargou e consolidou a classe média brasileira.

Lula era o homem certo.

A sua história pessoal e política permitiu dar à esquerda uma nova atitude e ao Brasil um novo horizonte. Sem complexos e sem desfalecimentos, o antigo sindicalista esperou e preparou longamente o encontro com o seu povo. Se falhasse, não falharia apenas ele: falharia um ideal, um sonho, um projeto, esperança do tamanho de um continente.

Foi também nesses anos vitais que o Brasil se afirmou como o grande país que é. "Potência emergente", como é habitual dizer, assume-se -e vai se assumir cada vez mais- como um dos grandes países que marcam o mundo contemporâneo. Pela sua grandeza e pela sua energia, tem tudo o que é necessário para isso.

Portugal tem orgulho deste grande país, com quem partilha uma língua, uma fraternidade, um passado, um presente e um futuro. Tudo isso queremos valorizar e projetar: aos sentimentos que nos unem, juntamos os interesses que nos são comuns; à memória conjunta associamos visão partilhada do futuro.

Para Portugal e para todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a importância do Brasil no mundo do século 21 é um motivo de alegria e uma riqueza imensa, com potencialidades em todos os planos: econômico, cultural, linguístico, político, geoestratégico.

A vida política de Lula é uma longa corrida feita com ritmo, esforço, persistência. As palavras que ocorrem são tenacidade e temperança, clássicas virtudes da política. Tenacidade para fazer de derrotas passadas vitórias futuras. Temperança que lhe ensinou a moderação, o equilíbrio e a responsabilidade que o tornaram o presidente que foi.

Na hora da despedida, quero prestar-lhe, em meu nome pessoal e em nome do governo português, uma homenagem feita de amizade, reconhecimento e admiração. Lembro os laços que firmamos, os projetos que comungamos, os encontros que tivemos, nos quais se revelou, invariavelmente, um grande amigo de Portugal.

Lembro, em especial, o trabalho que desenvolvemos para que durante a presidência portuguesa da União Europeia fosse possível a realização da primeira cúpula UE-Brasil, um ponto de viragem nas relações entre a Europa e o Brasil.

Na passagem do testemunho à presidente eleita, Dilma Rousseff, que felicito vivamente e a quem desejo as maiores felicidades, renovo a determinação de prosseguirmos juntos e reafirmo, na língua que nos é comum, o nosso afeto e a nossa gratidão. Mais do que nunca, "o meu Brasil é com "S'".

"S" de Silva.
Lula da Silva. Saravá!


JOSÉ SÓCRATES primeiro-ministro de Portugal.

Oposição - Poderia ter sido pior

Os resultados das eleições foram ruins para as oposições. E a catástrofe só não foi maior porque uma de suas principais lideranças ficou preservada. Se não fosse a vitória de Aécio em Minas, o panorama seria pior.

As eleições para os governos estaduais não são um consolo. O fato de o PSDB ter mantido o controle do Executivo em São Paulo, Minas, Alagoas e Roraima, tê-lo conseguido no Paraná e o recuperado em Goiás, no Pará e em Tocantins, é relevante, mas não muda o quadro. Assim como não o alteram as vitórias do DEM em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.

Nenhum desses resultados tem projeção significativa fora das fronteiras de cada estado, a não ser, talvez, a mudança de status de Beto Richa, que passou de ator municipal a estadual. Em São Paulo e Minas, a troca de guarda nas administrações tucanas se deu com a substituição de personagens nacionais (Serra e Aécio) por figuras de expressão menos abrangente ou em início de carreira (Alckmin e Anastasia). Nos demais estados, o fato de um partido estar ou não no governo quer dizer pouco para a vida política brasileira (por mais relevante que seja no plano local).

As oposições se estadualizaram e perderam importância nacional. No Senado, diminuíram de tamanho e de capacidade de expressão, com a derrota de alguns de seus representantes mais emblemáticos. Na Câmara, seu recuo foi ainda mais dolorido, pois não era esperado.

Na nova Legislatura, as oposições não conseguirão impedir mudanças constitucionais, e nem instaurar ou bloquear CPIs, duas das prerrogativas que possuem. A menos que consigam se aproveitar das fissuras que existem no condomínio governista, pouco lhes resta, a não ser um papel simbólico.

Não é sempre ruim, para uma oposição, ser pequena. No autoritarismo, pode até ser motivo de orgulho, sinal de como é difícil resistir e da coragem de seus integrantes, como nos mostrou, em passado recente, Ulysses Guimarães. Na democracia, contudo, o caso é outro. Oposição pequena é apenas consequência da indiferença da maioria para com suas propostas e candidatos, e da preferência dos eleitores pelo governo.

O resultado da eleição presidencial é o pior. Perder pela terceira vez consecutiva é preocupante, pois mostra que faz muito tempo que ela não consegue responder ao sentimento majoritário das pessoas. Ficar 12 anos longe do poder quer dizer, entre outras coisas, ir sumindo da referência do cidadão comum, deixar de ser uma alternativa concreta e real. Começa a ser um jogo em que você só tem chance se o adversário errar.

Ter perdido como perderam é ainda mais negativo. Sozinhas, as oposições fizeram menos de 30% do voto total no primeiro turno e só foram ao segundo por obra de Marina Silva. Voltando às metáforas futebolísticas, foi como um gol em que a bola é mal chutada, mas entra, depois de esbarrar no juiz, desviar no defensor e tocar na trave. O gol vale, ainda que o atacante comemore cheio de vergonha.

Do final do primeiro turno ao segundo, a campanha Serra fez um desserviço ao país e prejudicou as oposições no longo prazo. Procurando navegar nos sentimentos mais retrógrados de nossa sociedade, apostou no atraso e se esqueceu de sua biografia. Acabou protagonista de cenas lamentáveis.

Foi uma candidatura errada do começo ao fim. E que quer, agora, uma sobrevida errada. Com ela, as oposições perderam a possibilidade de se renovar e se apresentar ao eleitorado com conteúdo e imagem nova.

Antes de partir em viagem de descanso, Serra disse que não considerava cumprida sua missão e que se despedia com apenas um "até breve". Para ele, ao que parece, seria natural assumir a liderança das oposições ao governo Dilma e voltar a ser candidato a presidente em 2014.

Talvez para ele. Mas não para toda a oposição e, muito menos, para a importante parcela da opinião pública que se identifica com ela.

Só os mal informados achavam que Serra era a solução para as oposições nas eleições deste ano. Agora, qualquer um vê que ele é o problema. Não é o único, mas um dos maiores.

Marcos Coimbra

500 anos esta noite

Rssss num dá para conter kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkks quando leio inVeja e o que os jornalecos Grobo, Rolha e Restadão publicam, é hilário demaisssssssssssssssssssssss Eu gasparu de ri.

Os vadicos inda julgam-se coisa demais. Babacas! Vocês merreram e esqueceram de acender a vela. Meus parabéns.














Os jornais são previsiveis

Não dou conta de ler todos os jornais que assinei durante o período eleitoral. Tenho preguiça. Os jornais são previsíveis: tudo é culpa do Lula ou do governo federal. Mudam as manchetes, mas o foco é sempre o mesmo. Nem parece que a campanha eleitoral terminou. Os jornais são uma campanha eleitoral permanente. O menu é formulaico: em defesa de menos governo, da redução dos gastos públicos, da redução dos impostos, contra "setores radicais" (sic) do PT, em defesa do Palocci e do Jobim, etc.

Curiosamente, nem os jornais cumprem na prática a enfática defesa que fazem das leis do mercado. Tentei cancelar O Globo. O jornal continua a chegar. Recebi uma ligação: o sr. não pagou O Globo. Respondi: não quero mais receber o jornal, cancele o envio e mande-me a conta até hoje. O jornal fez que não era com ele: mandou um boleto de mês cheio, como se eu quisesse continuar recebendo o jornal. O Globo, aparentemente, não aceita  minha decisão de cancelá-lo.

Ligo para o peixeiro de Maresias: fulano, acumulei um montão de jornais velhos aqui em casa. Quando descer, vou levá-los para você. Ele: Olha, agradeço, mas dispenso. Os compradores já não aceitam jornal. Querem papel sem tinta para embrulhar os peixes.

Ligo para o zelador: seo Antonio, tem jornais aqui, o sr. manda buscar e entrega para aquele nosso amigo da carrocinha? Ele: Seo Azenha, ele não leva jornais. Diz que não vale a pena, por causa do peso. Leva papelão, metal ou vidro. Jornal, não.

Ligo para a cooperativa de recicláveis. "Amigo, tenho centenas de jornais velhos aqui em casa. Será que alguém se interessa? ". Resposta: Desculpe, mas nosso problema é portabilidade. Juro que ele falou "portabilidade". Deve ser um daqueles que receberam dinheiro do BNDES, via governo federal. Depois, explicou:

Ele: Jornal não compensa.

Eu: É, eu cancelei.

Ele: Não vale quanto pesa.

Eu: É, ainda mais com os editoriais…

Ele: É sujo.

Eu: Não, amigo, sujos são os blogs.

Ele: Hein?

Eu: E o Merval, alguém merece?

Ele: Mer… quem?

Eu: O cara do Globo.

Ele: Ah, adoro aquele biscoito.

O resumo da ópera é que continuo com os jornais. Os novos e os velhos. Faz diferença?

por Luiz Carlos Azenha

Atenciosamente
Briguilino