Artigo semanal de Delúbio Soares

Tsunami e marolinha

A indústria automobilística brasileira experimentou impressionante crescimento durante o mandato do presidente Lula. Ela representa um dos mais importantes seguimentos de nossa economia, altamente sofisticado e que serve de balizamento para avaliação do processo produtivo e do desenvolvimento.

Os resultados da indústria automobilística (veículos e máquinas agrícolas) referentes ao mês passado e ao período janeiro/novembro de 2010, além da estimativa para esse mês de dezembro, são eloqüentes: o mercado interno de veículos atingirá a marca dos 3,45 milhões de unidades em 2010, crescimento de 9,8% sobre os 3,14 milhões de unidades comercializadas no ano passado, segundo a ANFAVEA, associação que reúne as empresas montadoras automotivas. E para 2011 o setor espera uma expansão de mais de 5% na produção e vendas, o que demonstra o excelente resultado das políticas econômica e industrial do governo Lula.

Não são apenas mais brasileiros adquirindo e usufruindo de seus automóveis, utilitários prestando serviços, caminhões nas estradas escoando produção e transportando cargas ou máquinas agrícolas em nossa pujante agricultura. São mais empregos, maior geração de riqueza, aumento das divisas para o país e maior arrecadação de impostos. Pelo 17° mês consecutivo o emprego apresenta números crescentes:  em novembro estavam empregados na indústria automobilística 135,9 mil trabalhadores.  Esse é o maior número de postos de trabalho no setor desde 1990, quando existiam 138,3 mil vagas preenchidas.

 

As exportações devem também terminar 2010 com avanço, segundo a indústria automobilística, já que a base de comparação, que é o ano de 2009, é baixa em função da crise internacional que se iniciou no último trimestre de 2008. Em conseqüência do resultado do mercado interno (20% de importados) e das exportações, a produção deve encerrar-se com 3,64 milhões de veículos produzidos nas linhas de montagem de nosso moderno parque industrial, o que representa uma expansão de 14% sobre a produção do ano passado. Nem em economias do chamado "primeiro mundo" um crescimento assim se faz presente.

 

No governo anterior ao do presidente Lula, reinavam o desemprego e o arrocho salarial. O crédito para a grande maioria da população brasileira estava, simplesmente, bloqueado. Nossa indústria e, também, o comércio puderam sentir as conseqüências dramáticas de uma situação lamentável: o governo FHC só tinha olhos para o setor financeiro, privilegiando os bancos e cumprindo as ordens que lhe ditava o FMI. Agora, felizmente, os tempos são outros: o presidente Lula valorizou o consumo interno, levou o crédito à grande massa trabalhadora, propiciou o pleno emprego através de políticas competentes e incentivou o setor produtivo, que retomou sua vocação com notável dinamismo.

 

Não só na indústria automotiva - que vai das motocicletas aos ônibus e dos caminhões à sofisticadas máquinas agrícolas – pudemos ver o acerto da política desenvolvimentista de Lula, mas, também, no incentivo a outros setores como os fabricantes de fogões, máquinas de lavar, microondas, geladeiras, enfim, dos eletrodomésticos da chamada "linha branca", que nunca, jamais, em tempo algum tiveram tanta presença nos lares brasileiros! Houve um aumento no consumo e uma elevação na qualidade de vida das famílias das classes C, D e E. A base da pirâmide social passou a consumir mais bens duráveis, a viver com mais conforto e dignidade, usufruindo de produtos que antes não estavam ao alcance de seu bolso.

 

De 2003 a 2010 se vendeu bem mais do dobro de eletrodomésticos do que no período de 1995 a 2002, os anos perdidos em governo sem compromisso com o desenvolvimento do país e o bem-estar de seus cidadãos. A política econômica perversa levada por FHC e sua equipe de governo, optou por atrasar o país com os juros altos, sem política industrial, sem apoio às pequenas e micro-empresas, abandonando a agricultura à própria sorte e sucateando a infra-estrutura nacional. Só o setor financeiro, com dezenas de bancos quebrados sendo socorridos pelo bilionário PROER, pode contar com a boa vontade e os cuidados do governo federal...

 

É bom lembrar que quando o presidente da República, visionário que é, disse que a crise de 2008 era apenas uma "marolinha" para o Brasil e incentivou o povo a comprar mais, consumir mais e usar o crédito disponibilizado, não faltou quem o criticasse da forma mais dura e desrespeitosa. De "irresponsável" a "inconseqüente" o tacharam. Da mesma forma apresentavam-se soluções miraculosas para a hecatombe que estava por aportar em nosso Brasil. Bradavam pelo desaquecimento da produção, o corte do crédito, as mais radicais medidas de contenção do avanço da indústria e do bom momento vivido por comércio e serviços. Nossa agroindústria sofreria uma queda brutal. O Brasil estava na antevéspera do caos, apregoavam os profetas do "tsunami" contra a tese da "marolinha". Mas, Lula estava certo e absolutamente coberto de razão. Além de acalmar o país, o presidente impediu um retrocesso econômico e social sem precedentes no exato momento em que se consolidavam as vitórias conseguidas com tanto sacrifício pelo Brasil e seu povo.

 

Hoje o "risco Brasil" é obra dos especuladores e aproveitadores do passado, que o utilizaram de forma desabrida na campanha de 2002 contra o então candidato petista, hoje o grande presidente já consagrado pelos brasileiros. O que agora assistimos é um país amadurecido e lúcido, competitivo nos mercados internacionais, cioso de sua importância no cenário internacional e confiante em seu destino de grandeza. A presidenta Dilma Roussef, com a competência gerencial que se lhe reconhece e um profundo entendimento de nossas estruturas políticas, sociais e econômicas, seguramente consolidará e ampliará as conquistas e avanços obtidos nos dois mandatos de Lula.

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Twitter lança retrospectiva do ano

O Twitter lançou hoje um site que mostra a retrospectiva do microblog em 2010.

"Year in Review" apresenta, por enquanto, apenas os tuiteiros novos e famosos, que abriram sua conta este ano.

Entre eles está a presidente eleita Dilma Rousseff.

Outras quatro categorias ainda estão em construção.

Em um desenho de uma árvore em que cada galho representa um mês do ano, os novos tuiteiros são "pendurados" conforme a data que abriram a conta no microblog.

Segundo o Twitter, mais de 100 milhões de novas contas foram registradas em 2010.

Twitter lança retrospectiva do ano
Dilma aparece entre os tuiteiros novos do microblog.

Atenciosamente
Briguilino
do
G1

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Obama e Lula

A perda rápida de prestigio de Obama revela duas coisas: a primeira é que se pode ganhar eleição centrado no marketing, mas não se pode governar centrado no marketing. A segunda é que não se muda a mentalidade conservadora, forjada durante décadas, em uma campanha eleitoral, embora se possa avançar nessa direção, contanto que esses avanços sejam consolidados por politicas governamentais.

Apesar do enorme apoio popular e mesmo dos meios de comunicação e do apoio irrisório com que contava Bush no momento das eleições, Obama venceu por uma margem pequena de votos – 4%. O que refletia a enorme virada conservadora que os EUA tinham sofrido várias décadas antes – desde a vitória de Nixon, em 1968, apelando para a chamada "maioria silenciosa". Não apenas a opinião publica deu uma virada conservadora, como as estruturas de poder – da Justiça à educação – que passaram, por sua vez, a consolidar um pensamento de direita no conjunto da sociedade.

Na presidência, Obama não se mostrou à altura das suas promessas. Salvou o sistema bancário, com a ilusão de que este salvaria o país e deixou abandonadas as vítimas principais da crise: os desempregados e os devedores das hipotecas bancárias. Na politica externa, mudou a linguagem, mas não os pontos essenciais da estratégia imperial: Cuba, Guantanamo, Iraque, Afeganistão.

Foi penalizado, à esquerda – com a abstenção e a desilusão – e à direita – com forte mobilização conservadora – e perdeu a maioria eleitoral, ficou em minoria na Câmara, terminando penosamente sua lua-de-mel com o eleitorado.

O marketing tinha possibilitado sua vitória, mas ela não se consolidou com política que se enfrentasse à hegemonia conservadora na sociedade, mesmo dispondo da crise social para demonstrar politicas distintas de enfrentamento da crise.

No Brasil, ao contrário, o marketing eleitoral foi positivo, porque se assentava em um governo enraizado fortemente nas camadas majoritárias da população, beneficiárias das politicas sociais. A comparação entre os governos FHC e Lula era inquestionavelmente favorável a este, em todos os níveis. Daí que a oposição buscou um atalho para chegar a setores da população através da exploração de preconceitos de caráter religioso. A retomada da esfera politica como essencial, determinou finalmente a vitória de Dilma.

A diferença entre Lula e Obama é que, com o primeiro, o marketing está apoiado em medidas concretas de um governo de caráter popular, cujas políticas defenderam os direitos da população durante a crise e estendem esses direitos com seu modelo econômico e social. Por isso Lula saiu vitorioso e Obama foi derrotado. Lula fortaleceu os bancos públicos para combater a crise, enquanto Obama confiou em que a recuperação dos bancos privados em crise alavancaria a recuperação da economia, se equivocou e foi derrotado.

Uma imagem eleitoral pode ser construída tecnicamente, porém só se sustenta se estiver apoiada em um governo e em uma liderança sólida e coerente politicamente.

  por Emir Sader