Mensagem da manhã

Não insista em tirar da cabeça - à força - o que não sai do seu coração. Dê tempo ao tempo, o senhor da razão, ele encontrará a solução.
Seja feliz, hoje e sempre.

Frase do dia

Eu ofereço ao país ter o PMDB como oposição...
Randolfe Rodrigues - senador e pré candidato do PSOL a presidência dá república

Blablablarina

A arte (?) de dizer tudo que não significa nada!

Friboi e suas vaquinha$

Fazer Roberto Carlos comer carne - ou dizer que come - é fácil, depende do cachê. Difícil é fazer uma vaca comer cachê.

Cartomante política

Por Renato Rovai, em seu blog:
No prazo limite de sua desincompatibilização do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa anuncia a aposentadoria da toga e a filiação a um pequeno partido político. Não terá mais do que 30 segundos. Sua decisão incendiará as eleições.

Aécio dirá que se trata de uma postulação legítima, que o ex-presidente do Supremo é um homem de bem, como Eduardo Azeredo.
Eduardo Campos dirá que é mais um candidato da nova política e que precisa ser respeitado.
Dilma dirá que não comenta pesquisa eleitoral e nem a candidatura dos seus adversários.
A Globo abrirá 10 minutos no Jornal Nacional para repercutir a decisão e fará um Globo Repórter para contar a história do menino que nasceu na pequena Paracatu, Minas Gerais, e venceu na vida. Amigos de infância, professoras, o primeiro médico, os tios e a o dono da padaria da rua onde ele morava darão depoimentos emocionados.
Todos contarão belas história do Joaquinzinho.
A Veja sairá com uma edição especial. Uma foto do ex-ministro tirando a toga com uma frase simples. Rumo a presidência.
Os jornais que se acham grandes farão cadernos especiais.
E todos os colunistas cravarão: o segundo turno agora é certo. E no segundo, serão todos contra Dilma e o PT.
Lula dirá que é melhor assim, que a decisão de Joaquim Barbosa esclarece muita coisa do julgamento do mensalão.
Os petistas que estavam mais sossegados, se sentirão desafiados a mais uma disputa histórica.
O New York Times fará uma matéria comparando Barbosa a Obama.
E o marqueteiro de Barbosa, mister W dirá que ele fará a campanha só pela internet. Que não irá a debates e que a TV será um mero detalhe. O slogan: O Brasil quer justiça.
E redes espontâneas e não tão espontâneas serão construídas para fazer a divulgação dos 10 pontos do Brasil com Justiça, a carta de Joaquim Barbosa ao País.
Haverá uma devassa na vida do ex-ministro realizada na internet. Aécio e Eduardo Campos se assustarão com o crescimento dos índices de Barbosa e iniciarão uma ação de desconstrução da candidatura dele por meios heterodoxos.
O novo candidato perceberá que os ataques subterrâneos que recebe não são do PT. Que partem de outros cantos. De adversários que só lhe desejam como alavanca para o segundo turno.
Mister W, seu marqueteiro, dirá que se quiser ir para o segundo turno, Barbosa terá que enfrentar Aécio e Eduardo. Terá que tratá-los como mais do mesmo. Como farinha do mesmo saco.
A eleição entra na reta final. Dilma na frente, com aproximadamente 50% dos votos válidos nas últimas pesquisas. E os outros três candidatos embolados entre 20% e 14%. Mas Joaquim é o quarto colocado.
De forma surpreendente, uma semana antes do pleito, Barbosa desiste da candidatura. Diz que a eleição no Brasil se tornou um vexame. Que não pode referendar um processo absolutamente viciado. E corrupto. E chama o povo a votar nulo.
Dilma é reeleita, mas o índice de votos nulos e a abstenção é um pouco maior do que nas últimas eleições presidenciais. No dia seguinte a apuração, vários colunistas começam a abordar a “pouca legitimidade do pleito e do governo”. E passam a defender teses de que talvez fosse o caso de encurtar o mandato presidencial e fazer uma grande reforma política no país, aprovando, por exemplo, o voto distrital e acabando com a reeleição. E até o parlamentarismo volta a ser tratado como uma alternativa a um momento que todos chamarão de “crise democrática”. Sim, esse será a tag do assunto. Nos jornais, será o chapéu das matérias.
Ouvi essa história de uma cartomante. Ela jura que leu isso nas cartas. E me disse, não pense em 2014, porque 2015 é que pode ser pior. Eu não sei se devo acreditar.

BlogdoBriguilino ainda está esperando que você participe do Twitter...

 
Top corners image
     
 
   
 
 
 

BlogdoBriguilino ainda está esperando que você participe do Twitter...

 
 
Aceitar convite
 
     

Lula, a verdadeira oposição a Dilma

por Fernando Brito no Tijolaço

A Folha de hoje explicita uma intriga que a direita vem tentando, nos últimos tempos.
Diante da atrofia eleitoral de  seus candidatos, elege Lula como o “opositor” do Governo Dilma Rousseff.
Lamento, mas estão malhando em ferro frio.
Não apenas porque Dilma não tem a menor pretensão de se impor sobre Lula quanto, sobretudo, pelo fato de que o ex-presidente não tem, até por tudo que já conquistou, aeroporto disponível para a “mosca azul”.
Não há nenhuma decisão grave que Dilma tome sem ouvir Lula, e não poderia ser diferente, porque seria um desperdício desprezar a experiência acumulada do ex-presidente.
Não passou pela cabeça senão de marqueteiros de início de governo – daqueles que gostam de poder, mas não de problemas –  dar “uma personalidade própria” a Dilma.
Primeiro, porque – e Lula sempre soube disso – ela já a tem e só quem não a conhecia poderia duvidar disso.
Segundo, porque só os trouxas desprezariam a ideia de continuidade na mudança que a população adotou – e segue adotando, como todas as pesquisas mostram.
A manobra é risível no sentido de intrigá-los.
Vai, ao contrário, dar cobertura política para algo que todos vão perceber mais claramente nos próximos meses.
Que Lula é Dilma, de novo.
E que Dilma é Lula, sempre.
A campanha política vai deixar claro isso, porque Lula, sem entrar no varejo do Governo – o que ele não quer – é o inspirador das políticas de governo.
E que Dilma, sem pretender o lugar de chefe política, é a executora de um programa de Governo que representa mais do que o petismo, mas uma aliança pelo desenvolvimento soberano com justiça social.
Um desafio para o qual não bastam mãos e cabeça de uma presidente e de um líder político.
É preciso uma mobilização da vontade nacional, que nem Dilma nem Lula podem se dar ao luxo de prescindir.