O povo grego disse "Não"!

A quem a França e a Alemanha vão ouvir?...

A extraordinária vitoria do NÃO na Grécia é o reconhecimento que é impossível a nação Helena fazer um ajuste draconiano e ao mesmo tempo pagar a dívida. Em 2010, o governo da Grécia aceitou cumprir um programa de reformas e de ajuste fiscal em troca de um empréstimo do Banco Central Europeu (BCE), da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e recebeu  € 240 bilhões. Cinco anos depois, a situação é insustentável e só uma renegociação da dívida nos moldes do Plano Brady ou da Argentina pode recolocar a Grécia no caminho do crescimento e mantê-la na União Europeia, na Zona do Euro.

Para se ter uma ideia do absurdo do plano de austeridade imposto à Grécia pela Troika, para salvar os bancos alemães e franceses que emprestaram bilhões de euros, mesmo sabendo da situação do pais, basta citar alguns dados: o desemprego era de 8%, hoje é de 25,6%; a pobreza era de -20% e hoje e de +23%; a dívida que era 113% do PIB hoje alcança a cifra de 177%.

Exigir de um país nessas condições que aumente impostos, corte salários e aposentadorias e ao mesmo tempo pague a dívida é cegueira. O resultado e a resposta vieram ontem. 61% dos gregos disseram NÃO à proposta de mais arrocho mas sim ao Euro e a União Europeia, apesar da intensa e vergonhosa campanha de medo e chantagem feita, ameaçando a Grécia de exclusão da UE se votasse NÃO.

Agora é saber quem os governos da França e da Alemanha vão ouvir. Vão ouvir Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, que diz abertamente que a austeridade não funcionou, que é preciso investir e crescer? Ou aqueles que pretendem dar uma lição nos gregos, que ousaram rejeitar a austeridade, para impedir que o exemplo do Syriza contamine países como a Espanha, onde os partidos pró-austeridade podem perder a maioria no parlamento nas próximas eleições?

No fundo a intransigência alemã é mais política do que econômica. A renegociação da dívida grega era e é inevitável e os alemães sabem disso. Mas têm medo do que o exemplo da resistência grega e da altivez do governo de Alexis Tsipras contamine toda Europa.

 por José Dirceu

Mora?

Moro

Geraldinho é um mentiroso ou um comediante?

​Leia o que ele disse ontem na convenção dos tucínicos e deixe sua opinião nos comentários:

(...)" por onde tenho andado eu ouço o povo. E o povo brasileiro está com saudade do governo Fernando Henrique."



Briguilinks

FHC e a credibilidade de uma moeda de três reais

. "Fui presidente da República e enfrentei situações difíceis. Em vários momentos perdi a popularidade. Popularidade se perde e se ganha outra vez. O que nunca perdi foi a credibilidade".

Fernando Henrique Cardoso

Mirem-se no Povo grego

por Luiz Carlos Azenha

Houve terrorismo por parte das autoridades europeias encarregadas de impor a austeridade, sob o olhar severo da chanceler Angela Merkel, que comandou a vilificação dos gregos como perdulários e preguiçosos — "mediterrâneos" está para a direita europeia como "nordestinos" está para a brasileira.

Provavelmente houve manipulação de pesquisas com o objetivo de modificar o resultado, da mesma forma que houve no referendo revogatório de Hugo Chávez em 2004 — uma delas, produzida por uma empresa de Washington, previa derrota chavista por 60% a 40%, mas deu o inverso.

Ainda assim, os eleitores gregos votaram OXI de forma maciça: 60% a 40%.

Saul Leblon, na Carta Maior, produziu uma importante reflexão antes mesmo de saber o resultado.

Porém, acrescentamos que existe uma diferença essencial entre o Syriza e o partido que no papel deveria conduzir a resistência ao neoliberalismo no Brasil, o PT. Este último tornou-se co-gestor da austeridade e, portanto, corre o mesmo risco enfrentando pelos antigos partidos gregos de esquerda e pelo PSOE espanhol: sumir do mapa.

Dilma dá de barato que elege o próximo presidente

- Claro, se Lula não se candidatar -

Qual a segurança que sustenta essa Muié?...

A incompetência infinita da oposição.
Lê algumas baboseiras que disseram na convenção do Psdb:

  • Fhc“Nós não somos os donos, nesse momento, do que vai acontecer nas semanas seguintes, nem nos meses seguintes. Nós somos donos de nós próprios, da nossa consciência… E estamos prontos, sim, dependendo das circunstâncias, para assumir o que vier pela frente, porque o PSDB sabe governar.”
  • Aécio Neves:  “Se prepararem! Dentro de muito pouco tempo, não seremos mais oposição. Vamos ser governo, para limpar a lambança que o PT fez em todas as áreas da administração pública.”
  • José Serra: "nós temos que trabalhar, para fazer um grande sistema de forças que permita recolocar o Brasil na trajetória da democracia…”
  • Geraldo Alckmin: ....
Com certeza o governador de São Paulo nem foi a convenção do Psdb hoje, a imprensa não divulgou.