Ele não é o culpado, por Fiapo Carlos Araújo

''ELE NÃO é o culpado...🤔
O Bolsonaro, não é o culpado! 
O culpado, é o meu parente, o meu vizinho, o meu amigo... 
O culpado, é o teu parente, o teu vizinho, o teu amigo.
O atual presidente, sempre defendeu a ditadura e a tortura... 
Sempre defendeu a sonegação de impostos. Sempre foi racista, homofóbico, xenófobo e preconceituoso.
Não tinha plano de governo. 
Nunca foi sociável, não compareceu a um debate sequer. 
Ele sempre foi assim, sempre! 
O verdadeiro culpado, é o meu parente, o meu vizinho, o meu amigo....
Ele disse sempre que não entendia de economia.
Ele sempre chamou índios e quilombolas de vagabundos. 
Ele sempre falou, que se eleito, índios não teriam um centímetro de terra. 
Sempre defendeu a caça de animais selvagens, e a liberação dos agrotóxicos.
Várias vezes, demonstrou que não gostava do povo, do povo mesmo.
E fez várias manifestações contra os pobres. Defendia abertamente, que a mulher deveria receber um salário menor que o do homem. 
E mesmo assim, a tua parente, a tua vizinha e a tua amiga votaram nele. 
Ele sempre foi contra a educação pública.
E mesmo assim, a minha amiga, que é professora, votou nele. 
Sempre foi contra a quase tudo que é público, e mesmo assim o meu vizinho, funcionário da CEF, votou nele.
Ele não sabe conversar, e mesmo assim, o meu parente metido a "intelectual" votou nele. 
Ele se diz Cristão, mas defende armas, grupos de extermínio e passou a campanha apontando arminha, p todos os lados. 
E os meus parentes, vizinhos e amigos que não saem da igreja e que p tudo dizem: "glória a Deus, Graças a Deus, Aleluia e em Nome de Jesus", votaram nele. 
Todas a conquistas sociais estão indo p o espaço. 
E os nossos parentes, nossos vizinhos e os nossos amigos ainda defendem a reforma da previdência. 
Que é tão maravilhosa que os políticos, militares e o judiciário não farão parte dela...''
 Fiapo Carlos Araújo

Cada um dá o que tem (?), por Charles Alcântara

O Brasil possui 206 bilionários que, juntos, acumulam uma fortuna de mais de R$ 1,2 trilhão.

Esses 206 bilionários pagam proporcionalmente menos impostos que a classe média e os pobres.

Se o país criasse um imposto de apenas 3% por ano sobre a fortuna de R$ 1,2 trilhão, seria possível arrecadar R$ 36 bilhões anuais, valor superior ao orçamento de 1 ano de todo o programa Bolsa-Família.

A soma de toda a riqueza das famílias brasileiras é de cerca de R$ 16 trilhões de reais, estando a quase metade de toda essa riqueza - ou seja, R$ 8 trilhões - nas mãos de apenas 1 % das famílias.

Se o país taxasse o patrimônio trilionário dessas famílias em apenas 1%, seria possível arrecadar R$ 80 bilhões, o que equivale ao valor de toda a receita estimada em 2020 para o Estado de Minas Gerais, o segundo mais populoso do Brasil, com mais de 20 milhões de habitantes.

Façam as contas: R$ 36 bilhões cobrados sobre a renda dos 206 bilionários (+) R$ 80 bilhões cobrados sobre o patrimônio do 1% das famílias mais ricas (=) R$ 116 bilhões.

Esses R$ 116 bilhões a mais nos cofres públicos sequer representam sacrifício para esse punhado de bilionários, mas equivale a praticamente todo o orçamento federal da saúde. 

Se chamados a contribuir um pouquinho mais com o país, garanto que nenhum desses bilionários deixaria de frequentar os melhores restaurantes do mundo, satisfazer todos os seus desejos mais extravagantes ou deslocar-se nos seus jatinhos executivos de última geração.

Os donos do jornal O Globo fazem parte dos 206 bilionários e também das famílias brasileiras que detém, juntas, um patrimônio de R$ 8 trilhões.

Em editorial publicado no jornal de sua propriedade, edição desta sexta-feira (20), a bilionária família Marinho defendeu a redução dos salários dos servidores públicos como forma de colaborar com a crise gerada pela pandemia da Covid-19.

A família Marinho não se dispõe a abrir mão de uma parcela insignificante da sua fortuna para ajudar o país, mas se acha no direito de propor que os servidores públicos sejam confiscados em seus salários.

A contribuição em termos monetários que O Globo se dispôs a oferecer ao país num momento tão dramático foi um editorial indigno, desonesto e covarde.

Cada um dá o que tem, não é mesmo?

*Charles Alcantara*

O fabricante de zumbis, por Fernando Brito

O psicopata que preside este país, ontem à noite, no programa do Rato – não quero intimidades ao chamá-lo de Ratinho – defendeu que se mantenham os shoppings abertos e que sigam os cultos religiosos, ficando a cargo dos pastores achar que a reunião não oferece perigo de contaminação aos fiéis.

Disse que "a chuva vem aí" e a gente vai se molhar

Hoje de manhã, um grupo de bolsonaristas idiotas (perdão pelo pleonasmo) em Valença, na Bahia, fazia deboches com a "gripezinha", dizendo que iam espalhar coronavírus para as pessoas que ficavam em casa.

Aí está o retrato do que faz o propagandista deste genocídio, transformando as pessoas em zumbis descerebrados

Mensagem da madrugada

Nunca, jamais deboche do sofrimento de alguém pois no futuro, quando o sofredor for você tu escutara o eco das próprias gargalhadas. 
Pense nisso. 

Chega, Bolsonaro: pede pra sair!

Ricardo Kotscho
Colunista do UOL

Tenha pela primeira vez na vida um gesto de grandeza, presidente Jair Bolsonaro: renuncie o mais rápido possível, antes que te tirem daí à força, levado por médicos ou generais.

Seria a solução mais rápida e indolor para preservar a vida e a sanidade de 208 milhões de brasileiros.

Impeachment seria um processo complexo e demorado, o país não aguentaria esperar.

Manifestações de rua pedindo a sua saída seriam inviáveis neste momento em que o país é assolado por uma pandemia e é obrigado a ficar em casa.

Todos à sua volta já sabem que o senhor não tem mais as mínimas condições políticas, mentais e morais de continuar à frente do governo, ainda mais num momento grave como esse.

O que se discute agora, abertamente em Brasília, e por toda parte, até no mercado financeiro, é como e quando se dará o desenlace, quem assumirá a cadeira presidencial.

Pouco importa. O importante é que o senhor saia daí depressa porque se tornou um estorvo de alta periculosidade, que está desonrando a Presidência da República e ameaçando as outras instituições num processo acelerado de destruição dos alicerces do país.

Chega, não dá mais!

Pega uma caneta Bic e escreve uma breve mensagem ao presidente do Congresso pedindo as contas, e vá cuidar da sua saúde física e mental, que parece bastante abalada.

Ainda ontem, ao se perceber cada vez mais isolado, o senhor disse que "se a economia afundar, acaba o meu governo".

Perfeito. Mas o que falta? A economia já afundou bem antes do coronavírus e seus ministros já não sabem mais o que fazer, à medida em que a crise institucional se agrava.

Bastava ver a cara do ministro da Economia Paulo Guedes, completamente perdido, titubeando nas palavras nervosas e sem sentido, ao anunciar medidas paliativas na segunda-feira, que não vão resolver nenhum problema e agravar outros.

Acabou a munição de mágicas neoliberais do "Posto Ipiranga" e ele também parece louco para pedir o boné e se mandar logo daqui.

"Diante da enormidade do desafio, cujo sucesso será avaliado em vidas e empregos poupados, seria desperdício de tempo preocupar-se com as bizarrices de Bolsonaro", escreve a Folha hoje no editorial "Presidente confinado".

É disso que se trata: está em jogo a sobrevivência, não de um governo, mas de todos os brasileiros.

Então, o que falta para tomar a grande decisão da sua vida que pode salvar um país?

Pede pra sair, presidente!

O senhor já chegou a pensar nisso?

A última bizarrice foi montar às pressas um "gabinete de crise" no Palácio do Planalto, chefiado por um general em lugar de um médico, no mesmo momento em que seu ministro da Saúde se reunia do outro lado da praça com os chefes dos outros poderes para discutir o agravamento da situação na saúde pública com o avanço da pandemia, sem a sua presença.

Não poderia haver sinal mais evidente de que o senhor pode continuar sentado na cadeira presidencial, mas já não governa mais, como lhe disse aquele haitiano em frente ao Alvorada num vídeo que circula pelas redes sociais. "Bolsonaro acabou", gritava ele, cara a cara com o presidente vendo a cena, bestificado.

Tenho certeza que a maioria do povo brasileiro hoje pensa como eu e o haitiano anônimo.

Se o senhor mesmo acha que o resultado da eleição de 2018 foi fraudado, para quê prolongar esta agonia?

Vida que segue.

Economia: antes do coronavirus

Esse desgoverno bozo tá enlouquecido mesmo. Prometeram dólar em R$2,5 e está R$5,0. Prometeram dívida pública zerada e ela foi para 80% do PIB. Expulsaram os médicos cubanos e agora os chamam de volta. Até a mulher bibelô do cara não colaborou com a "família cristã". Queriam atrair investidores, mas a fuga de capitais chegou a US$44 bi, sem falar no volume de reservas deixado pela Dilma, sendo queimado. Só tiveram sucesso mesmo em ferrar com o país e os mais pobres. Tudo já estava assim antes do corona-vírus... Rubens Sawaya