Eu disse ontem que ia deixar passar, pela insignificância a que foi reduzido o rapaz, que nem sequer redigiu uma resposta, limitada
desculpas para os "erros" factuais.
Mas pensei melhor e resolvi mostrar a todos este impagável exemplo de como é a fábrica de salsichas da revista
a
é
que
semanal
imagem e semelhança da Veja, apenas – creia! – um pouco mais higiênica.
Vejam que meiga
descrição da longa
Joaquim Barbosa e Celso de Mello, o decano do STF:
(…) ambos se encontraram em Brasília, nos anos 1990. Celso já era ministro do Supremo; Joaquim, um procurador da República pouco interessado no ofício do Ministério
envolvido com
acadêmicas sobre igualdade racial e a Constituição brasileira. Não demorou para que ambos desenvolvessem uma relação de mútua admiração. Joaquim admirava a erudição jurídica de Celso, que já assombrava Brasília. (…) Celso
vigor
o
admirava
Joaquim, que nunca
aprofundar nos estudos.
Mas não era
puramente intelectual.
impressionava com a orgulhosa altivez de Joaquim(…). Num
acentuou com o avanço dos anos e a concomitante ascensão
Direito brasileiro,
permitia, recorrendo
palavras duras, talvez mais do que o necessário, que o reduzissem ao papel do negro subserviente, cordial – do negro que se força
racismo, em nome de uma igualdade racial que, infelizmente,
Brasil. No que
enxergavam um
complexo de inferioridade,
percebia a necessária afirmação do que Joaquim era, por inteiro. E como essa afirmação moral
juiz
o
moldaria
tornaria.
Não foi por acaso, portanto, que, em 2001, Celso escreveu o prefácio de um livro em que Joaquim
legalidade de medidas
raciais: Ação afirmativa
da
constitucional
Celso defende o trabalho – e a visão de mundo – de Joaquim. Como continuou a fazer, quando os dois se encontraram no Supremo em 2003, a partir da posse de Joaquim. Votaram
semelhante em todos os casos que, na década passada,
Supremo como
progressista
comportamentais(…)É
convencionou chamar
judicial – aquilo que a Suprema Corte americana fizera nos anos 1960, e Celso e Joaquim, além de outros ministros, tanto admiravam.
Constituição, o Supremo começara a fazer o trabalho de que o Congresso abdicara.
Quando o caso do mensalão chegou ao Supremo, a afinidade jurídica e moral entre Celso e Joaquim estava completa. Joaquim virou
aconselhando-se amiúde
Isolado na casa de amigos na Áustria, ouvindo música erudita e relembrando as lições de raciocínio
argumentação que tivera na Alemanha, Joaquim preparou o voto de sua vida.
larga parte
aceitou
Nele,
denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Ela descrevia as provas e os raciocínios legais para sustentar a tese jurídica de que os crimes contidos no mensalão envolveram a alta cúpula do governo petista. Os
concordaram com
satisfação de Celso.
Maravilhoso, não é? Faltou apenas a música de violinos…
Ah, e um pequeno, infimo, desprezível detalhe: nada disso aconteceu.
O Celso que escreveu o prefácio do livro de Joaquim é outro e o Celso do texto – o Ministro
conheceu em 2003, quando chegou ao STF.
Tudo é história
conto de ficção desonesto.
Teria sido o primeiro da carreira deste rapaz?
Vejam este trecho de "reportagem" do Dieguinho:
"João Augusto estava
Permanecia inclinado
apoiava-‐se na
antebraços. Batia,
colherzinha de café na borda do pires –e mantinha o olhar fixo no interlocutor. Parecia alheio à balbúrdia das outras mesas no Café Severino, nos fundos da Livraria Argumento do Leblon, no Rio de Janeiro, naquela noite de sexta-‐feira, dia 2 de agosto.
A xícara dele já
segundo copo
também. João Augusto falava havia pouco mais de uma hora. Até então, pouco dissera de relevante sobre o assunto que o obrigara a estar ali: as denúncias de
diretores ligados ao PMDB, dentro da Petrobras." Outro romance ficcional? E seu espelho da Editora Abril, a Veja, não escreveu outro pequeno romance sórdido com as
Donald's na cela de José Dirceu? Se a Época, como a Veja, se anunciasse como "revista semanal de literatura", vá lá. Seria apenas má literatura. Mas se dizem "revistas de informação". Imagine se nós, o que eles chamam de "blogueiros sujos"
historinhas assim? É assim que, lá
carreiras. Que podem ser
menos jornalismo.
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