Em evento no Instituto Lula, o ex-presidente defendeu uma maior articulação dos partidos de esquerda na América Latina
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, durante evento realizado no Instituto Lula na segunda-feira (5), o avanço de setores conservadores da sociedade contra os governos e os movimentos de esquerda no Brasil e em outros países.
“Estou vendo que as coisas estão ficando mais delicadas, mais agressões, mais críticas. Há uma tentativa de criminalizar os setores de esquerda em vários países do mundo e aqui no Brasil isso é muito forte”, afirmou o ex-presidente.
“Estou percebendo que há um avanço dos setores conservadores. Há um avanço, há mais agressividade, mais determinação de tentar fazer que esse ciclo progressista vá deixando de existir”, complementou, ao lado do vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, durante o evento ‘Bolívia: Dez anos de transformações políticas, étnicas e sociais’.
Como exemplo, Lula citou a eleição de 2014, “muito dura e agressiva”. “No Chile, a Michelle Bachelet está passando por momentos difíceis. Você sabe quantas agressões a companheira Cristina sofreu na Argentina”, relacionou.
Lula disse que o poderia ter contribuído mais na articulação com outras siglas de esquerda na América Latina. “Nós não cumprimos aquilo que nós deveríamos cumprir. Acho que não utilizamos bem a nossa passagem pelo governo para transformar o sucesso que nós tivemos aqui no Brasil em sucesso de relação de política internacional”.
Ele defendeu uma maior união entre os movimentos de esquerda da região. “É preciso começar a trabalhar a possibilidade de criar um instrumento para que a gente pudesse juntar as forças de esquerda na América do Sul para ir construindo uma ação política para enfrentar o momento de adversidade que vivemos”, sugeriu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário