Política ou Politicagem?

A rejeição da proposta de emenda constitucional que prorrogava a CPMF até 2011 foi um ato eminentemente político, relacionado com a próxima sucessão presidencial.
Os adversários de Lula na oposição julgaram que não podiam lhe dar mais gás (R$ 40 bilhões) para alavancar obras e realizações no campo social, fortalecendo o candidato que vier a apoiar à sua própria sucessão, nas eleições de 2010.
Isso ficou claro durante os conflitos que colocaram em lados opostos os governadores e a bancada do PSDB no Senado, que jogou disposta a pagar pra ver.
O governo custou a entender que o jogo se dava no plano eminentemente político, tardando a fazer a proposta de aplicar 100% dos recursos gerados pela CPMF na área de saúde e manter a Contribuição só por mais um ano, o que teria sido irrecusável para o PSDB, quando as negociações se iniciaram, não no dia da votação, quando as principais lideranças tucanas já temiam aparecer aos olhos da opinião pública como um partido fraco e hesitante, que capitulava diante de uma pressão mais forte.
Como em tudo na política, prevaleceram os interesses.

Tarcísio Holanda

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