Telefona Jean-Paul Lagarride. “Olhaqui, o Lula voltou ao tema do operário odiado pela minoria rica?” Digo que, de fato, bateu na tecla sábado passado. “Não seria o caso de renovar o repertório?” “Sei não – respondo,– acho que você não tem lido os editoriais dos jornalões, não perdem a ocasião para espinafrar o Lula, como se ele carregasse todas as culpas do mundo, são eles que, de saída, não mudam o repertório, aí, que quer você, o cara revida”. Jean-Paul murmura: “Se é assim...” Explico que me espanta a raiva da mídia em relação ao presidente, é ódio visceral e irrecorrível. E Jean-Paul: “Ódio de classe velho de guerra?” Acho que sim. E ele: “Você não leva em conta outro condimento da receita, o medo”. “Medo?” “Pois é, medo, a chamada elite brasileira teme qualquer mudança, teme que o povão comece a tomar consciência a ponto de por em risco os seus privilégios”. Chegamos à conclusão de que o medo aduba o ódio de classe, e nos despedimos com a cordialidade de sempre. enviada por Mino
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