VERGONHA É EXISTIR FAVELA



Lula subiu o Cantagalo-Pavão-Pavãozinho (foto) prometendo transformar a favela carioca em lugar “decente”, de dar orgulho aos moradores. Como se decência fosse fruto de água na bica, alguns metros de asfalto e apartamentinhos de quarto e sala. Misturou Guerra do Paraguai com Guerra dos Canudos, ao tentar resgatar o passado da favela, quando a guerra real vivida pelos moradores é aquela dos traficantes de drogas contra a polícia.

Lá, Lula assinou convênios da ordem de R$ 35 milhões. Montou palanque, disse que "rico quando mora no morro é chique, pobre é favela, é vergonha", prometeu “cidadania”, desceu, bateu os sapatos de pelica e foi embora.

No Pan do Rio, Lula despejou R$ 70 milhões somente para ações de segurança pública. Em informática, autorizou outros R$ 140 milhões. Para construir prédios, foram mais R$ 148 milhões. Despejou R$ 358 milhões dos cofres públicos para duas semanas dos Jogos, dez vezes mais do que autorizou, hoje, para a comunidade do Pavão-Pavãozinho.

Povo ingrato. Os cariocas deram a maior vaia à Lula no Pan. Hoje, fechados dentro da quadra do morro, a claque escolhida a dedo, entre os 20.000 habitantes do complexo, aplaudiu entusiasmada.

Um comentário:

  1. Um esclarecimento:

    Lula, em seu discurso, disse que a comunidade do Cantagalo foi criada para abrigar soldados que voltavam da guerra do Paraguai. Na verdade ela foi criada anos depois da Guerra do Paraguai para abrigar soldados que voltavam da Guerra dos Canudos, já na República.

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