Todos os brasileiros tem direito ao SUS, aquele da "saúde quase perfeita". O brasileiro que quiser mais paga um plano de saúde privado. Quem falou todos? Não é bem assim. Existe uma classe privilegiada de brasileiros, formada por um pequeno grupo de funcionários públicos federais, que recebe os melhores planos privados, sem pagar um tostão por isso. Quer ver?
Em 2007, a Unimed faturou cerca de R$ 57 milhões junto a órgãos e ministérios. A AMIL cobrou cerca de R$ 33 milhões. E a Golden Cross arrecadou outros R$ 24 milhões. Total: R$ 114 milhões em assistência médica e odontológica para funcionários públicos.
Isto sem contar a GEAP - Fundação de Seguridade Social, um dos planos de saúde mais completos do mundo, destinado exclusivamente a funcionários públicos, que recebeu outros R$ 126 milhões do Ministério da Saúde.
A coisa toda soma R$ 240 milhões. Para ter um parâmetro, o gasto total do Ministério do Turismo foi de R$ 203 milhões em 2007. Portanto, essa é fácil, Presidente Lula. Começa com uma auditoria nos sanguessugas do Ministério da Agricultura, que gastaram mais de R$ 35 milhões com a Unimed e a AMIL no ano que passou.
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