Outrora endividado até a raiz dos cabelos de todos os seus filhos, o Brasil migrou da condição de devedor para a de credor externo. Significa dizer que as reservas internacionais do país passaram a somar mais do que o total da dívida. Nunca na história desse país, dirá Lula logo, logo –dessa vez com razão—, ocorrera semelhante ventura.
A boa nova consta de um boletim divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Banco Central. Chama-se “Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil – Evolução Recente.” Informa o seguinte:
"[A dívida líquida externa] passou de US$ 165,2 bilhões, ao final de 2003, para US$ 4,3 bilhões, estimativa para 2007. No primeiro mês de 2008, já se estima que esse montante se tornará negativo em mais de US$ 4 bilhões, significando que, em termos líquidos, o país passou a credor externo, fato inédito em nossa história econômica."
Deve-se notar o seguinte: o Brasil não vai liquidar de uma vez o seu débito externo. Apenas informa que, se quisesse, teria dinheiro para fazê-lo. Um dado que reforça a pregação segundo a qual a economia do país está, hoje, mais preparada para suportar eventuais turbulências que venham de fora.
Resta o problema da dívida pública interna. Em janeiro de 2008, mercê do resgate de um lote de títulos, o governo logrou reduzi-la em 1,71%. Coisa de R$ 20,9 bilhões. Ainda assim, o estoque total da dívida é ainda portentoso: R$ 1,204 trilhão
Se é assim porque os juros continuam altos?
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E a dívida interna?
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Lula não era a favor de dar o calote na dívida externa e pagar a interna?
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