Cartões: governo FHC gastava mais que o de Lula

O governo anunciou medidas que estabelecem restrições aos seus integrantes para o uso dos cartões corporativos.
As medidas foram tomadas na esteira do "carnaval" que a mídia fez em torno da utilização destes cartões.

A revista Veja, por exemplo, entregue hoje a assinantes, como não poderia deixar de ser, sob o título "A farra do cartão de crédito" faz uma planfletagem sobre o assunto.

Mas, é óbvio que, separado o patrulhamento e o noticiário sensacionalista, o acompanhamento deste fato pela imprensa sempre tem um efeito positivo porque leva as autoridades a aperfeiçoarem os métodos de controle e acompanhamento do uso destes cartões.

Eu mesmo, quando ministro-chefe da Casa Civil, tomei providências a respeito em 2004, quando determinei aos secretários-gerais de cada pasta, que fizessem triagens sobre viagens dos detentores destes cartões no governo. Outros aperfeiçoamentos sempre são possíveis.

Entre as medidas anunciadas agora estão a proibição de saques em dinheiro para pagamento de despesas cobertas pelo cartão, com exceção dos "órgãos essenciais" da Presidência da República, vice-presidência, e ministérios da Saúde e Fazenda, Polícia Federal e escritórios do Ministério das Relações Exteriores fora do país.

O que acho interessante, mas que poucos destacam, é que os cartões corporativos foram criados em 2001 pelo governo tucano do presidente Fernando Henrique Cardoso. E que os gastos com estes cartões, naquele período de governo dele, foram muito superiores aos registrados no governo Lula. Levantamento da CGU - Controladoria-Geral da União - prova que enquanto em 2001 e 2002 (dois últimos anos de governo FHC) os gastos do governo federal com o pagamento destes cartões foram de R$ 213,6 milhões e R$ 233,2 milhões respectivamente, a partir de 2003, portanto desde o primeiro ano de gestão Lula, eles caíram para a média anual de R$ 143,5 milhões.
José Dirceu
Como pode-se constatar desde 2003 que estamos mudando para melhor.
Quem não vê isto?
O pior cego, aquele que não quer vê.

2 comentários:

  1. Um crime não justifica o outro.

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  2. É só o chefe da quadrilha indiciada pelo STF inventar uma mentira e seus seguidores, como fanáticos religiosos, transformam em dogma.
    FHC gastou 4,2 milhões com cartões corporativos em 2002. Estão confundindo gastos do governo federal com gastos dos cartões corporativos, que na época de FHC eram poucos cartões e hoje passam de 11.000.

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