Consiste no custeio de mudanças de funcionários públicos que não se mudam. A pretexto de financiar o retorno de Brasília para seus Estados de origem, dois servidores retiraram da bolsa da Viúva R$ 26.300. Tudo normal, não fosse um detalhe: os beneficiários da prebenda mudaram apenas de um prédio para outro.
Nelson Machado recebeu R$ 18 mil para migrar da cadeira de ministro da Previdência para a poltrona de secretário-executivo da pasta da Fazenda. Pedro Brito embolsou R$ 8.300 para vencer a distância que separa o gabinete de ministro da Integração Nacional da sala de ministro dos Portos.
Inquirido acerca do inadmissível, Nelson Machado recorreu ao inaceitável. "Qual o conceito de mudança? O termo mudança é ambíguo", disse ele. Não bastasse subverter a ética, o servidor deseja agora perverter o vernáculo.
Escrito por Josias de Souza às 19h42
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