Transparência ZERO


O abuso dos cartões corporativos transformou-se no principal evento do início do ano legislativo. Não é para menos. Depois que ministros de Estado foram flagrados gastando dinheiro público em fee-shop, alugando carros com motorista em férias e pagando diárias em hotéis de luxo durante os finais de semana, a crise alojou-se no gabiente do presidente da República, responsável pela gastança ilimitada dos cartões.
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Em 2007, este tipo de despesa do governo federal chegou a R$ 78 milhões, o dobro do no ano anterior. Desse montante, R$ 58 milhões foram sacados em dinheiro vivo. A CPI vai ter de desvendar a razão dos saques. O presidente Lula não está imune a controle. Não adianta alegar risco a segurança nacional porque a Constituição garante amplo acesso da CPI a todos os dados.
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É preciso investigar os servidores responsáveis pelas despesas do presidente Lula e da primeira dama, Marisa Letícia. Esses servidores já gastaram R$ 11,6 milhões com o casal presidencial. O governo recusa-se a detalhar os gastos. Diz que só vai fazê-lo caso a CPI investigue despesas do governo anterior.
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É a mesma estratégia usada no “mensalão”. O presidente Lula, lastimavelmente, não mudou. Em vez de apurar e punir erros, distorções e atos ilegais do governo dele, o presidente só se interessa pela possibilidade de apontar erros e distorções dos outros.

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